— Socorro! — Eu gritei, sabendo que era inútil. — Por favor, alguém me ajuda!As paredes grossas absorveram meus gritos, engolindo-os no nada. Ninguém ouviria. Ninguém viria.O pânico subiu pela minha garganta, ameaçando me sufocar. Me forcei a respirar mais fundo, tentando acalmar meu coração disparado. Era só escuridão, eu disse a mim mesma. Apenas uma queda de energia. Nada com o que se preocupar.Mas a escuridão não estava vazia. Estava viva com memórias, a risada de Eleanor quando me trancou aqui pela primeira vez, as provocações dos criados quando soltaram ratos no porão, sabendo do meu pavor deles.— Não é real. — Eu sussurrei, balançando para frente e para trás. — Não tem nada aqui. Só escuridão.Mas meu corpo não acreditava nas garantias que minha mente oferecia. Cada terminação nervosa gritava perigo, cada músculo tenso, pronto para fugir. O suor escorria pela minha testa apesar do frio do ar do porão.Estiquei os ouvidos, tentando captar qualquer som que indicasse que
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