Jasmine reclinou-se na cadeira, fechando os olhos enquanto uma onda de tontura tomava conta de seu corpo.A sala parecia incomumente quente, e seu coração acelerava de forma desconfortável.Será que ela estava se esforçando demais?Um leve sorriso tocou seus lábios ao pensar em Alex.Talvez aquilo fosse a desculpa perfeita para entrar em contato com ele.Ela pegou o celular e discou o número dele.— Alex, preciso da sua ajuda. — Disse ela suavemente.— Jasmine? O que aconteceu? — A voz de Alex veio pelo celular.Ele estava a bordo de um helicóptero, voltando para Valcura da cidade mineradora, pois ainda precisava verificar a condição do velho na instalação principal da Kingswell.— De repente comecei a me sentir mal. — Admitiu ela. — Minha cabeça está girando, meu corpo está estranho... Parece que estou com febre, e minha respiração está pesada.Alex franziu a testa, sua mente trabalhando rápido. — Isso aconteceu de repente? Você comeu ou bebeu algo diferente?Ela olhou para a xíca

Quando Jasmine se inclinou para beijar Alex, o rugido repentino das hélices de um helicóptero encheu o ar.Rajadas de vento poderosas chicotearam seus cabelos ao redor do rosto, forçando-a a proteger os olhos com as mãos.O helicóptero desceu com precisão impecável, pairando a poucos metros do chão, enquanto a força das hélices fazia os destroços se espalharem pela rua.Reagindo rapidamente, Alex pegou Jasmine nos braços e correu em direção à aeronave.Com um salto fluido, ele subiu a bordo, segurando-a firmemente contra si.— Continue até o destino! — Gritou Alex, sua voz ressoando acima do barulho ensurdecedor.— Entendido, senhor! — Respondeu o piloto, estabilizando o helicóptero enquanto ele começava a subir.Os ventos violentos fizeram os pedestres próximos se dispersarem, e os guardas da Kingston só puderam assistir impotentes enquanto a aeronave subia rapidamente, fora de alcance.Lá dentro, Alex colocou Jasmine suavemente em um dos assentos.A respiração dela vinha em arfadas c

Enquanto Sophia e Alex estavam deitados lado a lado na cama, com um travesseiro estrategicamente dividindo o espaço entre eles, um silêncio desconfortável pairava no quarto.— Sophia. — Começou Alex suavemente, quebrando o silêncio.— Nós já compartilhamos momentos apaixonados, e eu já vi tudo de você. Não acha que essa barreira é inútil?Ela não respondeu.— Isso não é um pouco infantil? Somos dois adultos.Ainda assim, nenhuma resposta veio.— Já está dormindo? — Ele sussurrou, com um leve tom de provocação.Sophia lutou contra o impulso de responder, quase dizendo: "Sim, então fique quieto", mas se manteve firme, fingindo estar dormindo.— Tudo bem, então. — Murmurou Alex, após um momento. — A propósito, o medalhão que você me devolveu... É a única ligação que tenho com meus pais. Obrigado por isso.O coração dela amoleceu diante da sinceridade dele.Criada para sempre demonstrar gratidão, ela sentiu uma vontade de responder, mas resistiu, mantendo a fachada.Depois de mais uma paus

Em um dos salões mais renomados de Valcura, Cathy Black estava reclinada sob mãos habilidosas, aproveitando o ritmo relaxante de uma massagem facial.O ar estava perfumado com lavanda e água de rosas, acalmando seus sentidos, até que seu smartwatch vibrou insistentemente, arrancando-a de seu repouso tranquilo.Ela abriu os olhos, já sentindo a irritação surgir.— O que é? — Respondeu de forma ríspida, atendendo a ligação.— Madame Black, é Jacqueline, a secretária do Sr. Charles. — Disse uma voz precisa do outro lado da linha.Cathy exalou, deixando a impaciência transparecer em cada palavra. — E daí?— O Sr. Charles convidou Sophia Lancaster para o escritório e me mandou sair da minha mesa. — Informou Jacqueline.O rosto de Cathy ficou frio ao ouvir aquele nome.— Sophia Lancaster. — Repetiu ela, como se experimentasse o sabor dessas palavras na língua.A esteticista, ainda espalhando cremes delicados no rosto de Cathy, tentou suavizar o momento.— Ela é a mulher mais admirada de Va

Tim, o motorista de Cathy Black, estava encharcado de suor sob sua fina camisa de algodão.Ele segurava o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam brancos.Ele podia sentir o olhar gélido de Cathy perfurando a nuca dele do banco traseiro.Desde a ligação de aviso de Bernard, Tim havia se preparado para algo terrível, mas isso ia além de seus piores medos.Ele pisou fundo no acelerador, desviando imprudentemente pelas ruas lotadas de Valcura.O trajeto usual de trinta minutos até a Cole Finance precisava ser reduzido para dez, custasse o que custasse.A voz de Cathy ainda ecoava em sua mente: — Me leve lá em dez minutos, ou você vai parar dois metros debaixo da terra.O tom dela não deixava margem para dúvidas.Mais à frente, os capangas do Sindicato Black, montados em motocicletas, rugiam pelo trânsito, forçando os carros a saírem do caminho com espingardas e pura intimidação.Eles criavam uma trilha de caos, rosnando para qualquer um que ousasse desacelerá-los.Tim os