Sophia estava sentada de frente para Alex em um sofá aconchegante do café, os dedos entrelaçados nervosamente em seu colo. — Alex. — Começou ela, com a voz suave. — Quero pedir desculpas por tudo o que fiz com você. Alex a olhou com curiosidade gentil. — Por quê? Ela respirou fundo. — Percebi que grande parte da minha dor vem de me apegar a como acho que as coisas deveriam ser, em vez de aceitar como elas realmente são. Me arrependo de não ter ouvido meu avô. Ele ofereceu um sorriso tranquilizador. — Está tudo bem. Reunindo coragem, ela confessou: — Eu... Eu não tenho os papéis do nosso divórcio assinados. — O que você quer dizer? Ela mordeu o lábio, hesitando antes de continuar. — Quando eu estava planejando me casar com o Chris, ele disse que cuidaria dos papéis do divórcio e da certidão de casamento. Eu pensei que, depois de tudo o que aconteceu, ele não os enviaria. Mas nunca recebi nenhuma confirmação. Alex permaneceu em silêncio. — Isso significa que a

— Rápido, Sophia! Kelly Kingston nos deu apenas dez minutos. — Disse Amelia, agarrando a mão de Sophia e a puxando apressadamente em direção ao salão. Mais cedo, Amelia havia convencido um dos executivos do conselho a atrasar a saída de Kelly, persuadindo-a a esperar mais alguns minutos. Agora, ao entrarem no salão, Kelly já estava se preparando para sair. — Senhorita Kingston! — Chamou Sophia, com urgência. — Minha avó pediu que eu informasse que fui nomeada CEO do Grupo Lancaster. Vou gerenciar diretamente a parceria com o Grupo Kingston. Esperamos que considere nos dar outra chance. Kelly se virou. — Bem, se você está pessoalmente à frente do Grupo Lancaster como CEO, então não há problema. Mas deixe-me ser clara: se qualquer outra pessoa assumir o comando, o acordo será cancelado. — Essa parceria não é um jogo onde vocês podem colocar qualquer pessoa sem competência no comando. — Disse Kelly, lançando um olhar afiado para Amelia e os outros membros da família Lancaste

— Está funcionando. — Sussurrou Lyra, sua voz quase inaudível.Com algum esforço, seu pai, Joe Thompson, conseguiu se sentar. Ele balançou as pernas para o lado da cama.— É como um milagre. — Murmurou ele.Lyra gravava cada precioso momento com seu celular, enquanto sua mente fervilhava de possibilidades.Aquilo era mais do que ela jamais ousara sonhar.Para os ricos, nada era mais valioso do que a saúde.— Pai, vou chamar a mamãe. — Disse Lyra, levantando-se.Ela saiu do quarto em silêncio, o coração batendo acelerado com a emoção.Enquanto isso, Joe olhou para o celular ao lado da cama.Depois de tanto tempo confinado, sua mente estava cheia de pensamentos. Respirando fundo, ele discou um número que não chamava havia anos.— Alfred Kingston? — Disse ele quando a linha foi atendida.— Joe Thompson? — A voz de Alfred carregava uma nota de choque.Joe tinha sido seu maior rival em Valcura.— Ouvi dizer que você estava acamado depois de um derrame.— Minha filha conseguiu um remédio de

Alex estava diante da fachada desgastada do antigo prédio de apartamentos de oito andares, segurando o cartão-postal surrado que Ruth Everheart havia lhe dado, a única pista sobre seu passado esquecido.As letras desbotadas exibiam o número: "813".Subindo os degraus rangentes até o oitavo andar, ele encontrou a porta marcada com o mesmo número. Ele bateu com firmeza, mas não recebeu resposta.Nesse momento, a porta da unidade vizinha, 812, se abriu com um rangido. Um homem idoso espiou para fora, os olhos nublados pela idade.— Ninguém mora aí há anos. — Disse ele, com a voz rouca. — Esse lugar está vazio desde que me lembro.— Obrigado. — Respondeu Alex, acenando educadamente com a cabeça.Enquanto o velho se afastava, Alex voltou a olhar para a porta. Respirando fundo, ele cuidadosamente arrombou a fechadura e entrou.Grãos de poeira dançavam nos feixes de luz que atravessavam as cortinas fechadas. O ar estava pesado, carregado pelo abandono.Alex caminhou cautelosamente pelos cômod

Quando Alex trouxe Josephine de volta ao orfanato, Ruth e as crianças estavam ansiosamente reunidas perto da entrada, e seus rostos se iluminaram ao vê-la.Assim que ela entrou, os menores correram até ela, envolvendo seus pequenos braços em volta de sua cintura. — Irmã Jo, estávamos tão preocupados! — Exclamou uma das crianças, com lágrimas brilhando nos olhos.— Eles machucaram você? — Perguntou outra, com a voz trêmula.Josephine se ajoelhou, envolvendo-os em um abraço caloroso. — Estou bem, de verdade. — Disse ela suavemente. — Está tudo bem agora.Rudyard ficou um pouco afastado do grupo, seus olhos encontrando os de Alex. — Obrigado por trazê-la de volta.Alex sorriu gentilmente, colocando uma mão tranquilizadora no ombro do menino. — Você fez a coisa certa ao me ligar. Ajudou a salvá-la.O rosto de Rudyard se iluminou com uma mistura de orgulho e alívio.Enquanto as crianças puxavam Josephine para dentro, tagarelando animadamente, ela se virou e olhou para Alex, que perm