NARRAÇÃO DE LARA GASPAR...Estou com medo. Foi tudo tão assustador e confuso, lembro-me de ficar contra a parede, olhando Abigail e meu ex patrão rindo, eu nunca havia sido agredida à ponto de desmaiar. Dentro do orfanato eu já apanhei feio, lembro-me de ficar sentada em cima de uma vaso sanitário, por ordens das meninas mais velhas, elas faziam filas no banheiro, para bater em meu rosto até me fazer chorar. Me recordo delas obrigarem uma menina mais nova bater, ela não queria, chorava pedindo pra parar de me machucarem. Elas ameaçavam a menina, dizendo que se não batesse em meu rosto, iria ser ela invés de mim. Ela bateu bem fraco aos prantos, balbuciava pedindo desculpas. Depois as meninas bateram nela por não ter feito o que mandaram. Acho que essa foi a pior lembrança que tive do orfanato. Tudo porque elas tinham inveja, pois Ana Caliana, a mãe social mais rica e elegante, era próxima de mim. Eu é claro, nunca relatei nada, nem mesmo para Caliana, pois elas me aterrorizavam com a

NARRAÇÃO DE MATIAS LOPES...Seu corpo me leva para o céu com muita facilidade. Bastou admirar Lara retirar a toalha da minha cintura, acho que ela aprendeu que isso é a minha maior fraqueza, quando a vejo retirando a toalha. Entendo como uma palavra final...Entre os beijos quentes, meus pensamentos me levavam para um único questionamento. E se eu não fosse rápido? E se por acaso eu não lhe alcançasse à tempo? Perderia minha primeira paixão? Nunca mais olharia em seus olhos de jabuticaba, com seu jeito estabanado. Abracei seu corpo com mais carinho, com muito mais desejo de lhe proteger. Principalmente pois agora consegui um pequeno tempo, consegui um espaço para aproveitar o momento ao seu lado. E graças ao Andrea. Parei com os pensamentos aleatórios, abri os olhos de relance, desejando lhe admirar enquanto nos beijamos. Lara suspirava em meio à nosso beijo, ela sugou minha língua fazendo meu päu pulsar. Seus dedos deslizaram sobre os gomos do meu abdômen, com facilidade explorou a

NARRAÇÃO DE LARA GASPAR...Olha, realmente aquele passeio estava ficando meio pesado. A intenção era distrair-me, apenas para esquecer do baque que foi aquele dia. Tinha que ser uma bela e terrível segunda-feira. Agora estou aqui, sentada na areia me perguntando o que fazer, Caliana simplesmente entrou crises de choros contundentes, eu fiquei realmente preocupada. Queria até mesmo perguntar se ela tem contato de algum familiar, eu não sei! Eu realmente me sinto constrangida nesta situação, eu não sou boa em conselhos e tão pouco sou alguma psicóloga. Apenas brinquei com uma situação que ao meu ver não era tão difícil de falar. Olhei para os lados sem saber o que fazer, haviam poucos banhistas, dava para contar nos dedos. E todos estavam afastados, olhei Caliana novamente pensativa.- Calia... - Perdi a voz quando ela abraçou-me com força, levei um belo susto. Meu pescoço até mesmo doeu, pois não esperava tamanha força em um abraço. - Eu sinto muito, eu sinto muito...- Caliana sussurr