P.D.V de Kaiden O dia amanheceu trazendo consigo um sentimento estranho — uma vitória incompleta, amarga e dolorosa. Perdemos alguns mẹmbros, mas poderia ter sido muito pior. O número de inimigos era imenso e se renovava a cada instante, como se viesse diretamente do abismo. Ainda assim, Helionox, Selenyra, Zarek, Perses e Astéria foram simplesmente incríveis. Nossas habilidades, combinadas ao poder de combate do Alfa Lucian, de meu pai, o Alfa Richard, e dos outros Alfas, revelaram uma força impressionante. Suas técnicas de luta eram realmente essenciais e surpreendentes. Adentramos cada vez mais pelo território e tentamos achar alguém, no caminho ou tentamos contatar o Beta do território e adivinhem não havia ninguém. Isso era algo horrívẹl e intragável além do quase inexplicável. O território estava vazio. Não haviam lobos. Todos foram usados no combate e todos pereceram. Não seria necessário uma apresentação de Alfa, mas a cerimônia de posse de território seria necessária para d

P.D.V de James Ela ainda estava desacordada. Era, sem dúvida, a mulher mais linda que eu já havia visto. Consegui perceber o vínculo rompido com Kaiden — e sabia que ela não acreditaria no nosso. Para que aceitasse, eu teria que colocar em prática o que havia previsto. E isso mudaria completamente a forma como ela me enxergava. Esse seria o ponto máximo da minha vitória. Peguei o artefato e foquei no que desejava alterar. Todo o meu passado seria reescrito — ao menos na mente dela. Eu me tornaria o cavaleiro de armadura prateada montado em um cavalo branco. Só assim ela aceitaria o vínculo. Era agora ou nunca. P.D.V de Kayla Eu estava em um local escuro. Não via Astéria, minha loba. Não sentia a presença de ninguém conhecido. Na verdade, só havia um vazio imenso. Nem mesmo aquela consciência estava mais presente. Era a ausência de tudo. De repente, minha cabeça começou a rodar e, diante de mim, surgiu o orfanato onde cresci. A cena era vívida — eu me lembrava bem. O idịota do pro

P.D.V de James O beijo se tornou mais intenso, como se eu quisesse imprimir nele tudo o que queria que ela sentisse — e acreditasse. Minhas mãos subiram pelo corpo dela com firmeza, guiando seus movimentos, fazendo-a se moldar ao meu toque. — Você sabe... — murmurei contra sua pele, depois de arrastar meus lábios pelo seu pescoço — …que eu sempre vou cuidar de você. Sempre. Não importa quem ou o quê tente nos afastar. Ela fechou os olhos, respirando fundo, e eu aproveitei o momento para apertá-la contra mim, criando a sensação de que ali, em meus braços, era o único lugar seguro. — Eu só preciso que você confie em mim — continuei, a voz baixa, quase hipnótica, enquanto meus dedos se entrelaçavam aos dela, levando suas mãos até meu peito. — Confie em cada palavra, em cada gesto. Porque o que temos, ninguém mais vai entender. Senti o corpo dela relaxar, um suspiro escapando de seus lábios, como se minhas palavras fossem um bálsamo. Mas, ao mesmo tempo, percebi o brilho hesitante e

P.D.V de Kayla O escuro me envolvia como um véu sufocante. Eu corria, mas não sabia para onde. O chão sob meus pés mudava a cada passo — ora grama molhada, ora pedra fria, ora madeira que estalava como se fosse se partir. Meus pulmões queimavam, mas eu não parava. Algo estava atrás de mim. Não conseguia ver, mas sentia sua respiração: lenta, profunda, ameaçadora, sempre no meu encalço. Um uivo rasgou a noite. Cortante, triste, mas também furioso. O som me atravessou como um raio, e um arrepio gélido percorreu minha espinha. Meus olhos procuraram a origem, mas tudo o que encontrei foi o brilho prateado-azulado de um par de olhos emergindo da escuridão. Fixos em mim. Chamando por mim. “Me encontre…” A voz soou dentro da minha mente. Não era a minha. Era mais profunda, selvagem, carregada de um instinto primitivo que eu não compreendia. Tentei gritar, mas minha boca não se abria. Era como se algo tivesse costurado meus lábios. O ar falhava em minha garganta, e o desespero me sufocav

P.D.V de Kaiden A porta explodiu em estilhaços quando a arrebentei, o impacto ecoando pelas paredes como um trovão. Meu coração disparou, mas logo foi engolido pela fúria quando meus olhos captaram a cena diante de mim — Kayla, colada ao maldito James, a respiração dela entrecortada, suas mãos e lábios estavam sobre sua pele. O mundo parou por um instante. Um silêncio sufocante me envolveu, pesado como ferro incandescente. E então veio o rugido, irrompendo da minha garganta. — NÃO! Não era apenas a minha voz. Era a voz do meu lobo. A fera já havia tomado o controle, queimando sob minha pele, rompendo ossos e músculos. Senti o estalar do meu corpo se transformando, cada fibra tomada pelo instinto. Num piscar de olhos, eu já não era apenas homem — era fera, imensa, brutal, faminta por sangue. Avancei sobre James com a fúria de uma tempestade. O chão tremeu sob minhas patas, as presas escancaradas prontas para rasgar sua garganta. O instinto de protẹção, de vingança, de retomar o q