A ausência de Marcos pairava na casa de Hayley como um espectro silencioso. A tempestade havia diminuído para uma garoa persistente, mas a sensação de isolamento permanecia, intensificada pela consciência do beijo proibido compartilhado com David na noite anterior. As palavras dele, "O que sentimos… é real desde o início," ecoavam em sua mente, confrontando a muralha de culpa e medo que ela tentava erguer.Naquela noite, a casa estava mergulhada em um silêncio quase palpável. As crianças dormiam profundamente no andar de cima, alheias à turbulência emocional que agitava sua mãe. Hayley se movia pela casa como um fantasma, seus pensamentos presos em um ciclo vicioso de desejo e remorso. A imagem dos lábios de David nos seus, o calor de seu corpo próximo, a intensidade de seu olhar, tudo se repetia em sua mente, reacendendo a chama proibida que ela tanto se esforçava para apagar.Ela sabia que precisava manter distância, precisava reconstruir a barreira que havia sido rompida. Mas havia
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