Massimo respirou fundo e soltou o ar, ainda não sabia por onde começar, mas precisava convencer aquela garota a fazer o teste de DNA o mais rápido possível. — Paloma, você me disse que tinha perguntas sobre seu pai e que eu era a pessoa que poderia lhe dar as respostas. Talvez eu não tenha todas, mas posso lhe contar quem ele era. — Então me diga, como ele era? O que fazia? Vamos... — disse Paloma, impaciente. - Meu irmão era somente dois anos mais novo que eu, nós éramos muito unidos quando crianças, minha mãe era uma boa mulher, ela não vinha de uma família rica, minha mãe sempre foi assistente do meu pai. Ele se apaixonou por ela e eles se casaram, minha avó apoiava esse relacionamento porque minha mãe era muito boa no mundo dos negócios e, embora estivesse sempre ocupada, via como ela arranjava tempo para a família. Pelo menos foi assim até eu completar 15 anos e Pietro completar 13. Ela adoeceu e não havia dinheiro suficiente para curar aquela doença estranha. No final, seu p

Valeria levantou-se de manhã e seguiu a mesma rotina que vinha seguindo desde que chegaram. Embora houvesse pessoal para todas as tarefas diárias, ela gostava de preparar o café da manhã para o marido. Ele, por sua vez, estava acostumado com o delicioso sabor do café de panela, então preferia tomá-lo no café da manhã e, já no escritório, tomava algo mais forte para passar o dia. Marco adorava vê-la cozinhar, ela fazia isso com tanta delicadeza e cuidado que, por mais ocupado que estivesse, sempre reservava um tempo pela manhã para provar seus deliciosos pratos. O mesmo acontecia com a vida escolar dos filhos, ele sempre, não importava o que fosse, salvo algumas grandes exceções, estava sempre presente em qualquer evento que os filhos tivessem. Ele havia acompanhado Paloma durante sua vida escolar, não importava o que fosse. Valeria sabia perfeitamente que Marco era seu pai em toda a extensão da palavra, exceto pelos pouco mais de dois anos em que perderam contato, ele esteve presen

Valeria ficou parada por um longo tempo, sem se mover, sem dizer nada. Ela ainda não conseguia acreditar na reação de Massimo diante daquela notícia, muito menos acreditar que ele a havia beijado. As mãos e as pernas de Valeria tremiam, com uma mão trêmula ela tocou seus lábios, aqueles que haviam sido beijados de uma maneira que só ele sabia fazer, por um momento, ela se perdeu nas lembranças daquilo que nunca deveria ter acontecido. Valeria estava perdida em seus pensamentos, quando de repente foi abruptamente interrompida pelo diretor de marketing da empresa, um rapaz de somente vinte e poucos anos. “Desculpe-me, não achei que minha reunião fosse se prolongar tanto, a verdade é que me pegou de surpresa, eu já tinha reservado algumas horas para revisar sua campanha, agradeço sua paciência e seu tempo”, disse o jovem, olhando para a mulher com curiosidade. “Não, não se preocupe! Sinto muito, mas preciso ir embora. Surgiu um imprevisto e preciso sair, mas na semana que vem marcamo

Depois de desligar o telefone com o guarda-costas, Marco voltou para a mesa onde Alessia e o cliente com quem estavam jantando estavam. Os minutos se passaram e ele não se sentia à vontade no local. Ele sabia perfeitamente como era difícil para sua esposa visitar aquele lugar. Ele estava prestes a se levantar quando seu celular começou a vibrar e apareceu uma foto enviada por um dos guarda-costas. O rosto do homem ficou frio. Rapidamente, Marco se levantou da mesa, pedindo desculpas, dizendo que precisava ir embora, que tinha um assunto pessoal a tratar e não poderia continuar jantando com eles. Rapidamente, ele saiu do local, sem dar tempo para Alessia detê-lo. Já no veículo, Marco discou o número do guarda-costas. “O que diabos aquele homem está fazendo ali?”, disse Marco em tom muito sério. “Não sei, senhor! Mas a senhora o encontrou e me solicitou para não segui-la. Sei que o senhor toma muitas precauções com essa família, por isso lhe enviei as fotos”, disse a voz do outro la

Massimo, após um longo dia, finalmente chegou a uma casa que lhe era muito familiar. A casa cheirava a umidade, os móveis estavam cobertos com lençóis e tudo estava escuro.O homem, a caminho do que por anos foi seu escritório, procurou como acender a luz, tirou um maço de cigarros, acendeu um e foi procurar um pouco de álcool. Felizmente para ele, a casa permanecia exatamente como no último dia em que ele passou por lá.Ele decidiu abrir um pouco a janela para arejar o ambiente e, em seguida, deixou seu corpo pesado cair na cadeira que por anos havia feito companhia a ele, a seu pai e, certamente, em algum momento, a sua avó.- Caterina, estou de volta em casa! - disse Massimo, olhando fixamente para a janela aberta. - Como você estava certa sobre tudo! Um dia eu me arrependeria de tudo, no final das contas, você era uma velha tão sábia. Agora veja, não resta nada do arrogante Massimo Pellegrini.Ah, Caterina! Se estas paredes pudessem falar, se eu tivesse a oportunidade de voltar no