–o-o que?– a voz de Giovanni saiu falha apesar de sua postura firme. –Você me ouviu, você vai matar essa mulher ainda está noite, e amanhã pela manhã eu quero ver a corpo dela sendo queimado– Só de pensar naquela imagem a mente de Giovanni ficava nublada, matar ela? Queimar seu corpo? –Fui claro?– perguntou o mais velho chamando atenção do neto que tinha se perdido em pensamentos por um tempo. –Avô...– –Eu não quero ouvir nenhuma explicação, Giovanni. você deixou uma mulher o enganar, o seduzir e chegar ao ponto de o envenenar e quase causar sua morte, coisa que em condições normais já seria impossível e isso só mostra o quanto você se deixou vulnerável. Você é o futuro Chefe da Família Santori Di Marino, a Família mais poderosa de Roma que carrega gerações de líderes honrados e fortes. Você não vai ser o primeiro a manchar o nome desta família se envolvendo com uma prostituta enviada para te matar, o que há com você? Parece que perdeu os seus sentidos e bom senso, eu

Lisa continuava esperando o momento em que Giovanni fosse ir até ela, já tinham se passado três dias e nada dele aparecer. Estava ali naquela casa isolada que podia ser considerada simples para alguém no nível da família Santori Di Marino, mas para ela era um casarão, uma casa de campo no meio do nada, cercada por seguranças que estavam sempre rondando a casa. Sua rotina consistia em acordar, tomar o café da manhã sozinha naquela mesa imensa, apenas com a companhia da mulher que ficava parada ao lado dela como um manequim, a mulher um pouco mais velha cuidava dela e estava sempre colada a ela, parecia uma sombra, não falava nada a menos que fosse extremamente necessário, preparava sua comida, e a acompanhava nas caminhadas, só saia de perto dela no banheiro ou na hora de dormir. Apesar da liberdade de poder andar por todos os cómodos da casa e sair para caminhar quando quisesse, aquilo era pior que ficar trancada no quarto de Giovanni, todos os olhares a vigiavam constantemente

Lisa terminou o jantar e viu a mulher retirar a mesa no completo silêncio daquela casa, apenas os passos dela ecoavam pelo cómodo junto ao tick tack do relógio, e aquilo já estava a deixando louca, não aguentava mais aquele silêncio, aquela rotina sufocante onde não podia fazer nada, por quanto tempo pretendiam a manter presa ali. –Com licença.– disse chamando a mulher que se aproximou e parou ao lado dela a encarando esperando ela se pronunciar. –Quando eu vou poder sair daqui?– A mulher permaneceu em silêncio como sempre que ela perguntava algo que ela não considerava importante de responder. Lisa suspirou. –Eu estou grávida, realmente acha esse ambiente saudável? Eu estou aqui isolada e nem posso falar com ninguém, disse que está aqui apenas para me servir no que é necessário mas não pode nem trocar uma palavra comigo, desse jeito eu vou ficar louca– –Aqui tem tudo que precisa para ter uma gravidez saudável e ficará bem até o bebê nascer– –... O que quer dizer com

Giovanni entrou no quarto de hotel e olhou com a expressão indiferente e até com certa raiva para mulher que estava ali deitada na cama seminua. Caminhou até a beira da cama e suspirou antes de se inclinar e a abanar pelo ombro. –Acorde!– disse num tom quase autoritário e não demorou para mulher se remexer Ali na cama e abrir os olhos o encarando confusa. Camila se sentou na cama e esfregou os olhos antes de voltar a olhar para o homem e sorriu. –Giovanni? O que faz aqui?– perguntou olhando ao redor e percebeu que não estava em seu quarto. –Como assim o que faço aqui? Não me diga que um dos efeitos de sua grande tolerância a álcool é amnésia– Giovanni segurou a mulher pelo queixo. –Eu vou ficar realmente muito ofendido e chateado se me dizer que não se lembra da noite passada depois de tudo que me fez fazer em seu corpo, pedidos esses que eu acatei diligentemente, eu não gosto que meu trabalho duro não seja valorizado e isso me deixa realmente muito muito irritado.

–Tudo pronto?– perguntou Giovanni dentro do carro que partia. –Sim senhor– Respondeu Antônio no banco da frente ao lado do motorista. –Cuidaram dos imbecis que estavam me seguindo?– –Sim senhor, provavelmente foi o senhor Emílio que os enviou pois não pareciam querer atacar, apenas estavam observando– –Hum– resmungou olhando pela janela pensativo. –Senhor, tem certeza de que quer fazer isso?– Giovanni olhou para Antônio pelo retrovisor do carro. –Absoluta.– Respondeu sem hesitar. –O meu avô sempre diz que um homem de verdade não age nas sombras como um rato, que sempre se mostra sem esconder sua cara e enfrentar seus inimigos, apenas estou fazendo o que ele me ensinou– –Inimigos?– perguntou Antônio olhando para Giovanni pelo retrovisor. Giovanni ficou em silêncio e voltou a olhar pela janela. –Senhor... Depois de fazer o que está planejando para esta noite, o Senhor Emílio e o conselho podem o achar inapto para o cargo de Chefe da família e...– –Eu e