Dominic Lexington Eu sabia que me oferecer para a merda de oficina de ensino dos pais seria uma péssima ideia, só que eu não fazia ideia das merdas em que eu me meteria ao fazer isso. Depois de beber o leite daquela mulher bizarra, eu havia conseguido evitar frequentar o lugar novamente. Só que Baby havia deixado nossa briga de lado. Agora, ela agia comigo como fazia quando ainda não nos conhecíamos. Éramos Dominic e Baby do início. Eu não queria reiniciar nada com ela, especialmente por que Baby ainda não me amava como eu precisava, e principalmente por que ainda me odiava.E se ela estivesse me odiando agora? Ela fazia tudo pelo bebê, e ter uma convivência de amizade com pai da criança seria o mais esperado. Sua presença me assombrava. Baby andava pela casa com roupas curtas que eu não podia comentar, por que ter crise de ciúmes não m

Baby Ortiz. — Você não se sente pronta para me perdoar. Acredite, eu também não me perdoaria. Sabe que eu nunca vou te pressionar? Há muitas coisas que eu me arrependo de ter feito com você, bebê. Essa é, com certeza, uma delas. Acho que deveria ter me casado com você da maneira certa. Devia ter dito quem eu era e o que sinto por você desde que te arrematei. Nem deveria ter planejado te contratar naquilo, para ser bem sincero. Eu só não esperava que você fosse ser leiloada.Eu me lembrava perfeitamente daquele momento. Chegar para servir as mesas, e perceber que usaria roupas tão curtas que não cobririam praticamente nada no meu corpo. O constrangimento aquecia a baixo dos meus seios a ponto de sentir uma queimação deles. – Eu não fui para isso.Dominic tocou meu rosto. – Eu sei. – Sua voz rouc

Baby Ortiz. — Meu deus, eu não acredito! É você!A assistente do Dominic correu até mim, envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço. Eu estava sorrindo, embora me sentisse um pouco estranha. Ainda me lembrava de como ela havia me conhecido, e do quanto tive que implorar até que ela concordasse em me levar até Dominic. A abracei de volta, fechando os meus olhos. Meu humor não estava dos melhores nos últimos tempos, então, pareceu-me a oportunidade perfeita para um acalento. Claro que eu não diria isso a Dominic. Eu não queria que ele tocasse em mim dessa forma.Oi! – Disse ao nos afastarmos. – Como você está? – Perguntei.Ela ainda segurava na minha mão enquanto analisava a minha roupa. – Não tão bem quanto você. Uau. Você está... – ela piscou algumas vezes, olhando-me atentamente. – Tão gravida! Perfeita, linda demais. Acho que vai matar o Senhor Lexington do coração.Coloquei a mexa que se desprendia do penteado para trás. – Obrigada. – Não queria ter que dizer que a única morre

Dominic Lexington Baby deixou o blazer que eu havia colocado sobre seus ombros em cima do recosto do sofá. Então apenas arrancou os sapatos, usando seus próprios pés para fazê-lo, e em seguida sentou-se no sofá. Ela parecia travessa sempre que agia dessa forma, e eu me dei conta do quanto senti falta dessa cena ao chegar em casa do maldito trabalho cansativo. Ter percebido que o fato de Baby estar em minha casa não significava que ela ainda era minha, preencheu meu corpo com uma sensação mórbida e gélida, que me arrancou um resmungo do fundo da garganta. O quanto foi doloroso perceber que eu a teria matado no passado se ao menos tivesse dado ouvidos ao conselho da Máfia, ou seguido as leis. Eu ainda nem sequer havia cogitado a ideia de que sair da vida dela fosse um ato de proteção no passado, mas sim, no fundo, eu a queria protegida. E eu sabia que teria que seguir os comandos de cima. Eu não desobedeceria, então, a escolha se tornou fácil. Irônico perceber que eu fui abandonado, e

Dominic Lexington Era tarde demais para dizer que eu me arrependeria de arrancar aquela capa infeliz da Baby e agarrá-la com um abraço, fazendo questão de passar meu corpo por seu rosto e deixá-la tão suja com da água imunda quanto eu? Bem, era tarde...Ela vomitou repetidas vezes depois disso, o que fez eu me sentir um pedaço de merda, e não tinha nada a ver com o cheiro. Agora estávamos sentados um do lado do outro, e o motorista lutava com todas as forças para disfarçar que o cheiro o incomodava. Eu conseguia ver, pelo retrovisor, que, enquanto usava um lenço para secar meu rosto perfeitamente mal-humorado, Dilan lutava para não rir da situação no banco de trás. Talvez se eu não estivesse tão tenso, pudesse rir também.— Aprendi duas coisas hoje... – Ela tinha um olhar perdido para o lado de fora.— O que aprendeu... – A encarei, enquanto seu rosto deslizava na minha direção.A janela estava aberta, ou seria impossível aguentar o cheiro bizarro dentro do veículo, então o vento fa