Algumas horas haviam se passado desde minha conversa com Tori na biblioteca, e agora a família estava reunida na sala de estar, conversando tranquilamente enquanto aguardávamos o horário do almoço. Elizabeth havia preparado alguns aperitivos leves, e Richard tocava suavemente uma melodia no piano. Foi quando Tori apareceu com o celular na mão, uma expressão ligeiramente irritada no rosto.— Alessandra mandou mensagem — anunciou. — Ela vai se atrasar por causa do mau tempo, mas disse que podemos almoçar sem ela.Vi o alívio passar rapidamente pelos olhos de Nate antes dele tentar disfarçar.— Então vamos almoçar — disse imediatamente, num tom de quem queria aproveitar a oportunidade para sair antes da chegada indesejada.Elizabeth, sempre diplomática, ergueu uma sobrancelha.— Bem, talvez seja melhor transferir nossa refeição em família para o jantar — disse pensativamente. — Afinal, não seria educado excluir a amiga da Tori, não é mesmo?Nate revirou os olhos de forma quase imperceptí

O celular de Nate estava ali, à vista de todos, no canto da mesa próximo ao seu cotovelo. Não havia apitado com a chegada de mensagem, não havia acendido a tela com nenhuma notificação. Nenhum sinal de que tivesse recebido qualquer tipo de comunicação nos últimos minutos desde que enviei minha pergunta devastadora.Observei discretamente enquanto fingia prestar atenção na conversa animada. Cada segundo que passava sem resposta me dava uma falsa sensação de alívio, como se a ausência de reação pudesse de alguma forma negar a realidade que estava se cristalizando na minha mente.— O seu telefone está no modo 'não perturbe'? — perguntei casualmente, interrompendo minha própria observação silenciosa.Nate parou no meio de uma garfada e me olhou com surpresa genuína.— Não — respondeu, franzindo ligeiramente a testa. — Por quê? Aconteceu alguma coisa?Senti meu coração acelerar ao ter que improvisar uma resposta que soasse natural.— É só para sabermos se Alessandra entrar em contato — exp

~ Nathaniel ~A raiva que senti quando Alessandra soltou aquela bomba sobre Anne quase me fazer ser demitido foi tão intensa que precisei apertar os punhos embaixo da mesa para não explodir ali mesmo. Era exatamente o tipo de manipulação baixa que esperava dela - trazer um assunto delicado e pessoal para a mesa de jantar da minha família, sabendo que Anne ficaria desconfortável e eu não poderia reagir adequadamente sem causar um escândalo.— O quê? — meu pai repetiu, claramente confuso e preocupado.Respirei fundo, tentando manter a voz calma e controlada.— Não foi bem assim, pai — expliquei, lançando um olhar irritado para Alessandra, que assistia à situação com aquela expressão de falsa inocência que eu conhecia tão bem. — Anne foi envolvida numa mentira sobre vazamento de dados corporativos. Como descobriram sobre nós termos... nos conhecido antes dela começar a trabalhar na empresa, alguns membros do conselho acharam que ela poderia estar envolvida em espionagem corporativa. E eu

Assim que saímos da entrada da casa dos Carter e ganhamos a estrada principal, não consegui mais me conter. A risada que havia estado represada desde o momento em que Nate recusou dar carona para Alessandra finalmente escapou, começando como um riso abafado e crescendo até virar uma gargalhada genuína.— Não acredito que você fez isso — disse entre risos, me virando para encará-lo no banco do motorista.— Nem eu acredito que fiz isso — Nate admitiu, balançando a cabeça com um meio sorriso incrédulo. — Quero dizer, ela armou direitinho. Na frente dos meus pais para me obrigar a aceitar.— Mas você não aceitou — apontei, ainda sorrindo largamente.— Não — confirmou, passando a mão pelos cabelos. — Sempre fui criado para ser educado e cavalheiro, especialmente com mulheres. Minha mãe me mataria se soubesse que recusei dar carona para alguém em apuros. Mas Alessandra vem me tirando do sério ultimamente.— Não foi falta de educação — disse com firmeza. — Quero dizer, você tem carta branca

A água quente da banheira de mármore de Nate era exatamente o que eu precisava depois dos últimos dias intensos. Me deslizei lentamente na água perfumada com óleos essenciais que ele sempre mantinha ali - lavanda e eucalipto que criavam uma combinação perfeita para relaxamento. A banheira era grande o suficiente para duas pessoas, com jatos de hidromassagem estrategicamente posicionados e uma vista deslumbrante da cidade através da janela panorâmica. Um detalhe que sempre me fazia sorrir quando pensava em como ele havia claramente investido no conforto para momentos íntimos.Recostei a cabeça na borda almofadada e fechei os olhos, permitindo que minha mente finalmente processasse tudo que havia acontecido nos últimos dias. O vapor subia delicadamente ao redor de mim, envolvendo-me numa névoa quente e aromática que parecia apagar todas as tensões acumuladas.Apesar de Alessandra e todas as suas tentativas calculadas de causar problemas, tudo havia sido surpreendentemente perfeito. O Na