Kael caminhava ao lado de Ivy, subindo os degraus da escada que levavam aos quartos da mansão. Ele estava convicto de que a acompanharia até o quarto e então contaria tudo o que os anciões haviam revelado. Era necessário que ela soubesse os riscos e as implicações do que estava acontecendo. Mas, à medida que se aproximavam da porta do quarto dela, algo dentro dele começou a se agitar.A ligação entre eles estava mais forte do que nunca, pulsando como uma corrente elétrica que percorria cada célula do seu corpo. E não era só ele. Ivy também parecia sentir, pois seu olhar brilhava de maneira intensa, seu corpo parecia inquieto, seus lábios levemente entreabertos como se estivesse prestes a dizer algo, mas hesitasse. Kael sentia seu perfume, doce e envolvente, misturado ao calor que emanava de sua pele, e sua respiração se tornou mais pesada.“ Kael...”A voz dentro de sua mente soou rouca e grave, carregada de desejo. Orion. Desde a última vez que Kael o reprimiu, seu lobo esteve em sil

Kael caminhava a passos largos em direção à floresta ao redor da mansão, onde Damian o esperava. Seu peito subia e descia em um ritmo acelerado, refletindo o turbilhão que se formava dentro dele. A cada passo, as palavras da bruxa ecoavam mais alto em sua mente, como trovões anunciando uma tempestade inevitável. Orion estava louco gritando em sua mente. “Eu sabia que ela era diferente...” rosnou furioso “você a devia ter marcado ela a muito tempo.” Kael rosnou para seu lobo “Não podíamos fazer isso sem saber quem ela era e quais as consequências, Orion. Poderia ser fatal para ela”.  “Ela poderia estar forte agora e segura, nós estaríamos fortes” gritou Orion.  “Já basta, Orion, não ouviu o que a bruxa disse? Isso vai mexer com toda natureza, ela está em perigo de qualquer jeito, não sabemos como será essa mudança nas forças ocultas.” Kael disse com firmeza e Orion se afastou ainda furioso. Ivy não era apenas uma loba. Ela era muito mais do que qual

A noite já havia caído quando Kael e Damian finalmente voltaram para a mansão. Ivy e Nina estavam na cozinha, colocando o jantar na mesa, enquanto Lia arrumava os talheres. O clima entre elas era leve, mas um peso invisível pairava no ar. Desde que a bruxa apareceu, Ivy sentia que algo estava sendo escondido dela.“ Eles chegaram” Lia avisou ao ver os dois entrando na sala.Kael e Damian estavam em uma conversa intensa sobre as alcateias que visitaram nos últimos dias. Ivy observou Kael atentamente. Ele parecia cansado, com olheiras marcadas e o semblante carregado de preocupação.“ As negociações em Lockwood foram um desafio” Kael disse, esfregando a nuca.“ O Alfa de lá não gosta de se sentir pressionado, mas depois da nossa conversa, ele entendeu a gravidade da situação” Damian completou, cruzando os braços.Nina trocou um olhar com Ivy, sinalizando que havia algo a mais naquela história. Elas continuaram colocando a comida na mesa, deixando os dois terminarem de falar.“ Vamos jan

Após dois dias intensos fora, fechando acordos com as alcateias vizinhas, Kael e Damian finalmente voltavam para a mansão. O vento da noite soprava frio contra seus rostos enquanto avançavam pelas densas florestas que cercavam seu território. O silêncio entre os dois não era desconfortável, mas carregava o peso das descobertas que haviam feito.Os acordos estavam selados. Tropas estavam sendo formadas, unindo forças entre as alcateias aliadas, preparando-se para o inevitável. Mas o que mais preocupava Kael não era apenas a guerra iminente. Durante suas visitas, souberam que outros seres sobrenaturais já tinham conhecimento sobre o sangue original e sua existência. Os vampiros estavam entre os mais perigosos, desejando o poder para governar não apenas o mundo sobrenatural, mas o mundo humano também.Ao chegarem à mansão, um dos informantes os aguardava na entrada, seu semblante carregado de urgência.“ Senhor, encontramos a bruxa. Ela os aguarda em sua toca, não muito distante da alcat

Kael respirou fundo, sentindo o peso esmagador da decisão que precisava tomar. Ele observava Ivy deitada na cama, sua pele pálida contrastando com os fios escuros de cabelo espalhados pelo travesseiro. Ela parecia ainda mais frágil sob a luz bruxuleante das velas, como se sua força estivesse se esvaindo a cada segundo. Seu peito subia e descia lentamente, sua respiração irregular, e Kael sentiu um aperto no coração. Ele sabia que não podia esperar mais. Mas também sabia que não podia marcá-la agora, não naquele estado.Ele se ajoelhou ao lado da cama e pegou sua mão fria entre as suas. O contato fez com que Ivy abrisse os olhos devagar, piscando algumas vezes antes de focalizar nele. Seus olhos tinham um brilho febril, como se estivesse lutando contra algo dentro de si. Ela tentou se mover, mas um gemido de dor escapou de seus lábios.“Kael... “sua voz e