Marco tinha uma semana que havia visto Pietro, ainda não conseguia tirar essa estranha sensação de estar fazendo algo errado, mas ele sabia que, se essa notícia chegasse a Valeria, não seria algo fácil de assimilar, seus bebês estavam completando 4 meses e embora tivessem passado da etapa complicada, não podia se descuidar.— Valeria, minha vida, calma! Tudo vai ficar bem, já vai ver, os pequeninos estarão bem... Seguimos as indicações à risca, pare de mexer a perna que me deixa mais nervoso. — Disse Marco ao ver que sua esposa estava um mar de nervos.— Marco, ainda não saio do meu espanto de saber que seremos pais e o tempo continua correndo, os bebês já têm 4 meses, consegue acreditar? — Disse Valeria acariciando sua barriguinha, que de um momento para outro já era bastante notória ao serem dois pequenos.— Senhor e senhora Barzinni, por favor, passem por aqui. — Disse a Dra. Berlusconi. — Vamos ver como vão esses pequeninos.Valeria subiu na maca com ajuda de Marco, descobriu s

Paloma claramente entendeu o que aquelas palavras quiseram dizer. Pietro, por sua vez, lutava com uma dor de cabeça incessante, parecia que, ao ver Paloma, sua mente havia feito curto-circuito; mesmo assim, tentava se manter estoico, não queria preocupar mais a garota que estava ao seu lado, bastante tinha com vê-lo pessoalmente, para carregar com seus achaques.Paloma, depois de um longo e desconfortável silêncio, finalmente decidiu falar.— Teria gostado que nos procurassem... Quero saber como é que está vivo? Todos sabemos que você estava morto, isso é algo de que papai quase não fala, mas minha mãe me disse que ele foi quem entrou para te identificar.Pietro tentava dirigir, só queria distrair a mente, na verdade não entendia por que havia decidido dirigir nesse estado, depois de pensar alguns minutos, concluiu que essa era uma reação estúpida demais, então decidiu estacionar o carro num parque que viu, sinceramente, não se sentia bem dirigindo.— Paloma, sei que tem muitas per

Pietro subiu em sua caminhonete, Marco e Paloma só puderam ver como aquele homem se ia do lugar, ela ainda não cabia no espanto de tudo o que estava ocorrendo, estava imersa em seus pensamentos, quando uma mão calorosa pegou a sua.— Filha... Paloma... — Disse Marco com um pouco de nervos.Paloma se virou para olhá-lo com lágrimas nos olhos.— Me perdoe papai! Não é minha intenção fazê-lo passar por isso, já viveu isso com Massimo e agora com ele. Sei que não é justo para você, me perdoe!— Paloma, filha, não tem por que pedir perdão. É mais, eu é que deveria pedir perdão, vi seu rostinho com medo, sei que quando se tratou de Massimo, não tomei as coisas de uma boa maneira, mas as circunstâncias eram diferentes.Paloma, ele desde que soube que viria ao mundo aceitou ser seu pai, te tomou como sua filha e isso nunca poderia tirar dele, jamais pense que vou negar esse direito, ele é e será sempre seu pai, eu também sou, mas as circunstâncias foram diferentes.Paloma continuava chor

Pietro deixou Celeste na porta, algumas professoras cochicharam quando viram aquele homem elegante ajudar a garota a descer do carro, a maioria das professoras do colégio conheciam Pietro Pellegrini. Aquele homem encantador, possuía um atrativo físico difícil de passar despercebido e ao ver que Celeste descia da mão daquele homem, sentiram ciúmes, o que provocou esses cochichos.Celeste percebeu isso, mas preferiu não dar maior importância, o tema de seu relacionamento recente só dizia respeito a ela e ele, ninguém mais poderia opinar, com isso em mente chegou à sala dos professores, deixou suas coisas e se preparou para a aula. A diretora do colégio se aproximou e lhe pediu para passar em seu escritório, aqueles cochichos rapidamente haviam chegado aos ouvidos da diretora, que queria entre outras coisas confirmá-los ou descartá-los.— Miss Zanini, a senhora sabe que este colégio é um lugar de trajetória familiar e os rumores, não são algo que aceite na instituição. Peço que, por fav

Valeria se levantou da cadeira, querendo ver a quem pertencia aquela voz familiar, grande foi sua surpresa, quando a secretária abriu a porta, uma silhueta familiar, um rosto familiar estava diante de seus olhos, o rosto de Valeria empalideceu, seus olhos se abriram muito mais e depois disso tudo começou a girar. A mãe de Gio quase caiu no chão, mas aquele homem conseguiu segurá-la, era evidente o estado de gravidez daquela mulher, Enzo e Gio se assustaram ao ver a reação de Valeria, correram para tentar ajudá-la.A diretora, ao ver a reação das crianças, levantou-se da mesa e falou com a secretária para que as levasse e trouxesse um kit de primeiros socorros. Pietro por sua vez, carregou o corpo inerte de Valeria e o depositou com muito cuidado no sofá que estava no escritório da diretora, no momento Pietro não pensou no que acabara de acontecer, só pensou que devia sustentar a mulher que tinha diante dele.As crianças foram obrigadas a abandonar o escritório da diretora, ela por su