~ Knox ~A espera era um inferno vivo. A equipe médica havia fechado a área de observação, o que significava que estávamos esperando no corredor fora da sala de cirurgia.Meu corpo me afundou até o chão e eu não me movi desde então. Eu planejava ficar ali o tempo que fosse necessário para terminar a operação dela.Minhas pernas estavam levantadas enquanto minhas mãos puxavam meus cabelos. Meu lobo estava gemendo internamente, sua própria agonia me deixando ainda mais angustiado.Repetidamente, eu ficava imaginando o que deveria ter acontecido, quanto tempo ela deveria ter ficado sozinha… Como eu iria fazer um comentário brincalhão até perceber que ela estava em uma dor imensa.Os olhos do Alfa Hector se moviam para uma ligação mental, mas logo era interrompida e ele soltou um rosnado. Ele estava andando de um lado para o outro pelo corredor, minha suposição era que sua companheira o estava empurrando para fora da ligação mental. Ele mal conseguia se manter no controle.Estávamos ali há

~ Knox ~Não havia como medir o tempo naquele momento; eu nem sequer havia saído do quarto do hospital. Nenhum de nós havia.Eu não saberia dizer se lá fora era dia ou noite. Meus pulmões estavam saturados pela falta de ar fresco, meu estômago já passara do ponto da fome e minha garganta estava seca.Comida e água nos foram oferecidas, mas só pegávamos o suficiente para permanecer vivos. Ninguém queria sair daquele quarto, por precaução.Dias se passaram sem nenhuma mudança, nenhum sinal de que ela algum dia voltaria para nós.Quanto tempo… quanto tempo se manteve alguém em suporte vital? Quanto tempo uma família viveu naquela dor?O chefe da emergência já havia abordado o assunto com os alfas, sugerindo a terminação do suporte vital, mas foi o Dr. Abel quem impediu tudo desde então. Ele se recusava até mesmo a deixá-lo entrar no quarto.Era por isso que eu não deixava ninguém se aproximar, foi por isso que eu não queria que as pessoas se aproximassem de mim… para eu não me apegar.Eu

~ Knox ~— Onde diabos você esteve? — Tanto Jaxon quanto Hector rugiram para Jace quando ele entrou no quarto. Ele devia ter acabado de chegar, ainda segurava uma bolsa preta nas mãos.Tive que olhar de novo… era mesmo o Jace? Já não havia mais aquele charme juvenil… agora ele estava magro, com tatuagens subindo pelo pescoço… era o oposto completo.— Onde diabos eu estive… e o que diabos você pensa que está fazendo? — Ele empurrou o pai e o irmão até que um suspiro preso na garganta o fez parar.— Josie… — A voz dele soava como se estivesse perdendo ela novamente. Ele se virou para Kaia, suas mãos segurando o rosto dela, enquanto sua altura imensa a sobrepujava.— O que você está pensando?— Ela se foi, Jace… precisamos deixar ela descansar.Eu não sabia se poderia estar ali, se conseguiria assistir enquanto a única coisa que a mantinha viva, que a mantinha nesse mundo, fosse desligada.Mas ela já se foi, não é? Então, o que exatamente ver uma máquina sendo desconectada poderia fazer p

~Josie~Não consegui evitar me inclinar ao toque dele, meu corpo se moldando ao abraço… aqueles arrepios ao contato com sua pele estavam ainda mais intensos. Ele estava quente e, por algum motivo, eu estava fria. Muito fria.Não havia dúvida de quem me segurava. Seu perfume potente me chamava… couro e sândalo. Eu ficaria feliz em permanecer assim para sempre, envolta em seus braços e ainda em um estado de sonho.— Josie? — Uma voz feminina chamou meu nome e, por um instante, minha mente tentou calcular o que exatamente estava acontecendo.Se eu estava nos braços de Knox e minha mãe presenciava aquilo… Não, isso não podia ser real. Éramos discretos… isso não fazia sentido.Eu só podia estar sonhando.Ouvi minha mãe ofegar quando abri os olhos e consegui focar ao meu redor. Minha visão estava mais nítida do que o normal. Toda a minha família estava ao meu redor, e eu soube instantaneamente que algo estava errado, porque seus olhos estavam marejados, seus rostos… pálidos como fantasmas.—

~ Josie ~Tudo isso era tão surreal, eu nem sabia se estava acordada, porque parecia algum tipo de paraíso.Eu deveria estar brava com ele, e estava… mas não conseguia negar aquela vontade de estar com ele… ela só aumentava. Se eu já o achava sexy antes… nada me prepararia para o quanto o desejo por ele havia aumentado.Pude sentir ela avançando, seus olhos percorrendo o corpo dele, enquanto seu cabelo ficava molhado debaixo do chuveiro. Ele me puxou para perto, suas mãos me segurando nos quadris enquanto deixei um gemido escapar de mim.Era como um tremor no meu peito, um sorriso se formando em seus lábios enquanto bufei de vergonha.Meus dedos se prenderam no cós da cueca preta dele, apenas para me puxar de volta e me virar.— Vamos manter isso limpo, ok? — Seus lábios pressionaram a ponta do meu ombro.— Acho meio injusto ser eu a que está nua.— Porque estava me custando todo o autocontrole para segurar meu lobo. — A língua dele deslizou pelo meu ombro até o meu pescoço, onde senti