— O que está fazendo Ana Beatriz? — A questionei com o tom zangado, levantando, caminhando até ela e tirando o cesto de suas mãos. — Eu que pergunto, senhor, pode largar o cesto, por favor? — Ela parecia estar brava comigo, eu querendo ajudá-la. Ingrata! — Não, não largarei! — Oxe, por quê? — Seu tom saiu indignado a deixando mais linda ainda. — Olha o tamanho desse cesto para o seu tamanho, Ana Beatriz, você bem não começou e já quer se acidentar? — Isso para mim, é nada, senhor. — Debocha. — Já carreguei cestos de roupas maiores. — Sua resposta sincera e ousada me deixou surpreso. Fez-me imaginar como um alguém tão pequeno consegue carregar algo pesado, como o cesto de roupa está. — Para onde você vai com isso? — Isso são lençóis. — Respondi com ironia e a minha vontade era beijar a boca atrevida dela, naquele momento. — Deixaria no quarto onde estou, até perguntar o local que posso colocar. — Os lençóis ficam na lavanderia, não reparou que tem um enorme armário?
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