— Não!— O que a Euro Company disse? — Perguntei, me referindo a empresa responsável pela reforma.— Em uma semana me entregam.— Mas já? Que rápidos!— Verdade! Amanhã vou escolher os móveis com a decoradora.— Cintia? — Ele afirmou. — Ela fez um bom trabalho decorando a empresa.— Verdade! Por isso tratei logo de ligar para ela.— Que bom!— Assim que a Euro Company me entregar as chaves, será a vez da Cíntia trabalhar na decoração. No próximo domingo, acredito que poderei dormir em minha casa.— Maravilha.— Isso não aconteceria se você não me presenteasse. Obrigado...— Ei! Pode parar. Você já me agradeceu. — Falei com um rápido sorriso. — Só falta você saber a resposta dela... — Declaro deixando minhas palavras subentendidas.— Sim, verdade! — Felipe diz e suspira me fazendo franzi minhas sobrancelhas.— O que foi? A conversa com ela não foi o que você esperava?— Mais ou menos. Eu queria ir até ela, mas ela pediu que eu não fosse, pois precisava resolver um problema.— E você nã

— ANA BEATRIZ! — Edward exclamou alto me fazendo estacar no lugar. Merda, por essa eu não esperava! — Edward! — Sussurrei largando o mop e o balde no chão, e correndo em direção a ele. Mas, antes mesmo de me aproximar dele, ele estendeu seu braço me barrando. Franzi minha fisionomia ao notar seus olhos furiosos em cima de mim. — O que foi? Você está bem? — Suspirei ao perguntar, imaginando o motivo. — Por que está me olhando assim? — Tornei a perguntar fechando o sorriso, me sentindo constrangida, como se eu tivesse sido pega fazendo algo errado. O que não deixa de ser errado. Critiquei-me. — O que você está fazendo aí, Ana Beatriz? — Ele me interrogou com o tom tão grosseiro, que me fez estremecer por dentro. — Eu... — Eu nunca te proibi de fazer nada aqui, a única coisa que pedi foi para não entrar nesse quarto. — Seu tom passou de grosseiro a frio, não sei qual era o pior. — Deixe eu explicar, não é... — Explicar? Está muito claro para mim. — O que está claro para

— Por que esse painel é amarelo, Felipe? Não achei que você gostasse dessa cor. — Perguntei curioso fitando o painel atrás do sofá. — A Lourdes gosta, para mim, isso já importa. Não é muito chamativo, comparado a cor que observei na casa dela, mas é amarelo... — Eu gostei! — Falei admirando o belíssimo painel. — Eu também! — Ele afirmou. — Gostei de tudo. — Gostei também! Toda a casa é tão bela quanto a sala de estar. — Concordo. — Ele respondeu orgulhoso, em seguida, me fitou desconfiado. — Sabe de uma? Não venha mudando de assunto. Me responde logo. — Você não fez pergunta nenhuma, seu idiota. — Você ou a Bea pressionam mutuamente para fazer coisas que vocês não querem? — Claro que não! Sei respeitar o tempo e as decisões das pessoas, que estão ao meu lado, Felipe. Ana Beatriz jamais vai se sentir pressionada a fazer nada sem a decisão dela. Aquela situação no puteiro nunca mais se repetirá. — Sei disso! Hum... Você gosta de ouvir o que a Bea tem a dizer? — Claro! — E c

BEATRIZMais uma segunda-feira e pela primeira vez em três meses, morando aqui em Santa Catarina, tudo parece chato e monótono, o dia parece triste e sem graça para mim. A chuva, caindo lá fora, também não estava colaborando. Fiz tanta coisa "armengada" hoje, coloquei panos de pratos na gaveta dos talheres, panelas no armário de mantimentos, até queimei uma sopa que tentei fazer, para o café da manhã, que acabei não tomando. As coisas saíram tudo mal feitas e sei muito bem o porque. O Edward não estava em casa quando cheguei. Não tivemos tempo para conversar ainda. No sábado, acordei com um convite de Maria, ela me chamou e a Levi para passar o final de semana com ela e as crianças, em comemoração ao seu aniversário de 30 anos. Não me sentia preparada para a nossa conversa naquele dia, então o convite de Maria, foi a oportunidade que eu queria, então não hesitei em aceitar. Passar o tempo com ela e as crianças foi bom, mas eu não parei de pensar em nenhum momento no Edward, me perg

— O que está olhando, mulher? — Se você está ferida. — Não estou ferida, falei a você que nada aconteceu. — Eu te conheço muito bem... Você dizer que está bem não quer dizer muita coisa, só vendo para ter certeza. — Sua misera, está me chamando de mentirosa? — Questionou-me rindo. — Eu mesmo não. — Respondi rindo também. — Você está linda! — Declarei olhando-a com atenção. Ela vestia o vestido amarelo que fiz para ela e um grande e grosso casaco preto por cima. Terminei o vestido faz alguns dias, então pedi a Paulo para enviar pelos correios. O intuito era que o vestido chegasse antes do dia 17 de outubro, hoje, o aniversário de Lourdes. — Mulher, para quê esse casaco? Mesmo chovendo, sabe que está um calor brabo aqui, né? — Ela assentiu rindo. — Agradeço, amiga! Amei o meu presente. — Seus olhos enchem-se de lágrimas. Eu a abraço antes de segurar nas suas duas mãos. — Feliz aniversário, amiga, muitos anos de vida, paz, saúde, muito amor... E dinheiro no bolso! — Eu e ela excl