Calábria | CatanzaroEstava exausta da viagem, passamos uma semana em Zermatt, os dois últimos dias não foram assim tão legais, fiquei resfriada devido ao frio, não estou acostumada com o tempo na Suíça, então imagine só você ficar doente na lua de mel? Só assim para Matteo me deixar em paz, porque ele não deixava nem que eu respirasse longe dele, e ter relações toda hora não é tão agradável, principalmente para mim.O carro seguia para casa, só queria tomar um banho e dormir, meu corpo estava pedindo socorro.Folheei mais uma vez a revista que estava em minhas mãos, porém nem prestava atenção em nada específico.Matteo mexia no celular e digitava freneticamente, o que também achei desagradável na viagem foi isso, sempre que tinha tempo, ele estava trabalhando.— Matteo? — chamei seu nome suavemente.Ele não me olhou, apenas respondeu.— Hum?Quanto tempo ficaria nesse carro? Por que tínhamos que morar tão longe?Olhei disfarçadamente para ver se o motorista prestava atenção, mas ele

Estava sentindo muita raiva do Matteo, quem ele pensa que é? Eu não sei porque estou agindo assim, pareço uma maluca, porém pela primeira vez eu não queria ficar calada.— Angeline? Angeline?Estava na sala de jantar, minha comida intocável em cima da mesa, até mesmo a fome havia passado. — Sim?— Não está com fome?Olhei para Alessandra que devolveu o olhar preocupada, nesse meio tempo ela estava sendo como uma mãe para mim.— Não, me desculpem…Se meu apetite estava ruim, ele havia acabado de ficar péssimo com a chegada de Matteo. Levantei-me da mesa para sair quando ele segurou meu braço.— Para onde vai?— Para algum lugar bem longe de você!Fiquei surpresa com minhas palavras, e pelo jeito o resto da família também.Matteo me olhou como se eu tivesse criado duas cabeças, fechou os olhos e respirou fundo.— Poderia cortar sua língua… Porém, gosto dela… — me soltou.Ele se sentou e olhou para mim.— Sente-se e coma!— Estou sem apetite.— Não perguntei. Sente-se! Bufei irritada e

Hoje era o jantar de noivado de Sofia, ela estava uma pilha de nervos e acabava me deixando igual. Entendia a sua revolta. Sofia era uma menina de espírito livre, sonhava em estudar e cursar moda, porém a vida não é como desejamos, principalmente para nós que nascemos nesse meio, temos obrigações a cumprir.— Calma, Sofia!— Como posso ficar calma? Odeio o Matteo!— Sabe que a decisão foi do Ivan, né?Ela me olhou de cara feia.— Aquele bastardo! — Jogou uma almofada na parede.— Não vai adiantar esse showzinho, seu irmão não vai mudar de ideia.— E se eu fugir?— Sabe que isso não vai adiantar e também não é a solução.— UFF! — bufou irritada.Alguém bate na porta.— Entre!Uma das empregadas entra.— A Senhora Fontana tem visita.— Quem é? Não estou esperando ninguém.— O seu irmão, Senhora.Me tremi inteira apenas com a possibilidade de ser o Leonardo, ele me causa repulsa.— Qual dos meus irmãos?— O Senhor Luigi.Assenti aliviada.— Já estou indo.Ela saiu rapidamente.— Volto lo

Sofia / Cena, bônus. O casamento para uma mulher da máfia é a nossa maior sentença, você estará presa até que o seu cônjuge faleça ou até que você faleça, parece coisa de filme, né? Infelizmente, nós pregamos muito o que nos é ensinado quando criança, os homens devem ser fortes e não demonstrar fraquezas, as mulheres devem ser obedientes e submissas, como podem ser mais machistas? — Aperta um pouco mais no busto. O vestido é extremamente bonito e luxuoso, como era típico dos Fontana. — Acho que o decote está muito exagerado, melhor colocarem uma renda por cima. — Não vão fazer mais nenhum ajuste que não seja necessário, quero meu vestido assim, mãe. — Vai se casar como uma cagna? Abri um sorriso debochado. — Serei uma em breve, a única diferença é que servirei apenas ao Ivan. — Não seja infantil, Sofia! Ivan terá um treco se entrar vestida assim. — Seria uma pena ficar viúva antes de casar. — Dei de ombros. Minha mãe saiu nervosa, batendo a porta. Horas se passaram comigo

Eu sentia medo do Matteo, perceber o quanto seu humor era instável me assustava e muito, o que poderia fazer? Nada! Precisava pisar em ovos para ficar bem, ainda mais agora que Sofia vai embora, já aprendi que na máfia ninguém vai te defender, você precisa se defender sozinha.— Está linda!A maquiadora terminava a maquiagem de Sofia.— A única coisa que me conforta…— Preciso começar a me arrumar, você vai ficar bem sozinha?— Não se preocupe, qualquer coisa mordo alguém.Neguei com a cabeça e saí do seu quarto.Estava quase entrando no meu quarto, quando alguém segurou meu braço.— Podemos conversar?Sergei, o homem que me perseguia até mesmo nos sonhos, não entendia essa estranha conexão. — Claro!Andamos um pouco até o final do corredor e entramos no quarto onde está hospedado.— Desculpe te parar assim… Serei direto, não sei se sente o mesmo que eu, se essa atração é visível… — gesticulou com as mãos entre nós.Fiquei um pouco apreensiva com o assunto.— Quero você e imagino que