Arícia não ouviu a outra voz muito bem, ficou próxima à porta, ouvindo Taylan ainda falando - Como eu posso te ajudar tio?- Quer que eu chame a sua mãe ou o seu pai?- Ahhhh mais quem te leva no médico então?A porta abriu, Yusuf foi saindo colocando a máscara descartável no rosto - Eu vou sempre sozinho. Já sou grande!Olhou Arícia sério desconcertado - Olá. Não sabia que viria hoje!- Tudo bem?Arícia também ficou séria apreensiva - Oi, só vim ver a minha sala. Tudo ótimo!- Vem Taylan, vamos logo. Lavou as mãos?O menino foi saindo indignado, indo atrás de Yusuf - Tio eu levo você no médico se quiser.- Mamãe ele estava quase morrendo lá no banheiro. - Essa é a minha mamãe.- Podemos te levar no médico. Yusuf começou rir o achando muito inteligente - Não precisa se preocupar cara, pode voltar ao trabalho. - Vou voltar também. Arícia deu alguns passos para perto deles- Tudo bem Yusuf? Precisa de alguma coisa?Ele disse que não, agradeceu e se afastou tentando evitá-los,

Jardam, tentando se defender, afirmou que todas as alegações dela eram exageradas, mentiras, insistiu que só queria casar com Arícia e ser feliz ao seu lado, disse que ela não o valorizava. Suas palavras pareciam um esforço desesperado para restaurar a boa vida que tinham, mas para Arícia, já fragilizada pela traição, o abu so, era difícil acreditar em suas promessas.Arícia permaneceu em silêncio, incapaz de encontrar as palavras certas, Taylan, com a inocência de uma criança, perguntou confuso- Papai, eu sou seu filho ou de outro pai? - Porque ouvi vocês dois falando isso.- Por isso tem outra namorada?- É minha culpa? A pergunta de Taylan piorou tudo, deixando Jardam e Arícia ainda mais atordoados pela complexidade da situação, ela se sentou o olhando dando sinal que não, como quem dissesse para ficar quieto.Jardam começou a contar, em um tom suave e nostálgico, que desde criança sempre teve um carinho especial por Arícia. Ele relembrou momentos do passado, falando sobre como

Taylan prometeu se comportar, deu a mão e foi, enquanto entrava na sala de Yusuf, seus olhos brilhavam de curiosidade. Sem perder tempo, ele se sentou na cadeira ergonômica e começou a girar, rindo de alegria. Entre risadas, Taylan disse que um dia seria como Yusuf, um homem rico, inteligente e importante. Yusuf, observando o entusiasmo do menino, não pôde deixar de sorrir, a sala estava impregnada de uma energia positiva e leve, que lhe fazia bem, ele não sabia se era o fato do menino ser filho de uma ex ou dele realmente ser uma criança cativante, enquanto Taylan sonhava em voz alta, admirado pelo ambiente ao seu redor, Yusuf sentou em uma poltrona pensativo.Taylan, com a sinceridade típica de uma criança, ficou indignado ao saber que Yusuf não sabia se sua doença seria curada ou não. Ele começou a contar sobre o bisavô, que estava doente da mesma forma, e compartilhou muitos detalhes sobre sua vida quase perfeita.Enquanto Taylan falava, Yusuf ouviu atentamente, absorvendo cada p

Trevor, talvez pela primeira vez em muito tempo, decidiu dar espaço para a neta, ele não ficou insistindo em ligar ou tentar interferir, optando por respeitar o momento de Arícia, mesmo que isso significasse lutar contra sua própria preocupação silenciosa.Enquanto isso, Yusuf chegou ao hotel no final do dia, movido pela determinação que havia acumulado desde a manhã. Ao entrar no restaurante do hotel, seus olhos rapidamente a encontraram. Lá estava Arícia, prestes a jantar, em um momento de genuína liberdade, ela havia se permitido algo raro, estar completamente à vontade. Seu cabelo estava natural, bagunçado em ondas suaves que emolduravam seu rosto de maneira despretensiosa. Sem maquiagem e vestindo roupas simples, sem o brilho do glamour habitual, ela parecia mais verdadeira do que nunca, como se estivesse redescobrindo uma versão de si mesma que raramente deixava transparecer.Taylan estava com os olhinhos brilhando enquanto analisava o cardápio, tentando decidir o que queria

Arícia o olhou nos olhos com um peso quase palpável em sua expressão, sua voz saiu embargada, como se cada palavra lhe custasse um pedaço de si mesma. Ela sentia um turbilhão dentro de si, tristeza profunda que sufocava o peito, vergonha por se sentir tão vulnerável e humilhada, como se a sinceridade que estava prestes a oferecer fosse uma rendição dolorosa. Suas mãos tremiam levemente, enquanto o olhar buscava forças para permanecer firme, apesar do abismo de emoções que transbordavam, ser honesta naquele momento era necessário, mas também cruel consigo mesma. Arícia começou desabafar, contou que enfrentou uma fase de grande vulnerabilidade, se emocionou dizendo como se sentiu usada e desiludida ao término do namoro, mencionando que, na época, se considerava imatura e teve dificuldades emocionais para lidar com a descoberta da gravidez. Esses momentos, apesar de desafiadores, revelaram uma força interior que possivelmente a ajudou a seguir em frente e crescer como pessoa.Disse qu