A noite estava ainda jovem quando Kiara acordou. Ela não sabia quanto tempo havia se passado desde que adormeceu, mas o ambiente ao seu redor parecia ter mudado. A luz suave da manhã mal penetrava pela janela, filtrada pelas cortinas que balançavam levemente com o vento, mas o cheiro de café fresco no ar era um alívio familiar, um lembrete de que, apesar de tudo, a vida continuava. Mas o peso do que acontecera entre ela e Sergey ainda pairava sobre sua mente, como uma sombra, obscurecendo seus pensamentos. A lembrança das sensações intensas, do prazer avassalador que a consumiu, estava ali, viva em cada fibra de seu corpo. Mas também havia algo mais, uma confusão, um turbilhão de emoções que ela não sabia como processar.Ela se sentou lentamente na cama, os dedos tocando sua pele onde as marcas dos toques dele ainda estavam frescas, como se a cada movimento sentisse a lembrança do prazer, da intensidade, do abandono. O corpo parecia vibrar em sintonia com a memória daquele encontro, m

O sol havia se posto, e com ele, a cidade assumia sua essência de mistério, onde sombras se alongavam e as ruas se tornavam labirintos silenciosos. Kiara, envolta em um manto de dúvidas e desejos, caminhava pelo corredor que levava ao andar de cima da mansão. Seus pensamentos estavam dispersos, mas sua mente estava claro quanto ao que se passava entre ela e Sergey. Cada toque dele, cada olhar, parecia ter fisgado algo profundo nela, algo que ela não sabia se era amor, desejo ou algo mais sombrio. Ela parou diante da porta do quarto, os dedos repousando sobre a maçaneta fria. Sabia o que queria. Sabia o que ele queria. Mas o medo ainda a dominava. As memórias da última noite, de como o corpo dele a tomou, a maneira como ele a havia desnudado, tanto fisicamente quanto emocionalmente, estavam frescas em sua mente. Aquela necessidade de ser tocada, de ser possuída por ele, havia se tornado algo visceral. Mas havia uma parte de si mesma que hesitava. Algo na intensidade de Sergey a fazia

A noite estava mais fria do que o normal, e o silêncio dentro da mansão parecia apertar o peito de Kiara a cada minuto que passava. Ela estava deitada na cama, sem conseguir dormir. O toque de Sergey ainda a percorria, como se ele tivesse deixado algo de si em sua pele. Cada lembrança do que acontecera entre eles fazia seu corpo tremer de desejo e ansiedade. Ela sabia que ele a havia marcado de uma maneira irreversível. Mas, ao mesmo tempo, algo nela se rebelava contra a ideia de ser uma peça em seu jogo, de ser apenas mais uma mulher que ele controlava.O som da porta se abrindo a tirou de seus pensamentos. Ela se virou rapidamente, e lá estava Sergey, como sempre, imponente e silencioso. Seus olhos dourados pareciam refletir a luz da lua que entrava pela janela, e o olhar penetrante dele foi direto até ela, sem disfarces. Ele a estudava, como se tentasse decifrar cada parte de seu ser.— Não está dormindo? — A voz dele era grave, mas havia algo de mais suave, quase um convite em seu

O som suave do motor da SUV parecia distante enquanto Sergey conduzia Kiara por ruas cada vez mais exclusivas. Ela observava, pela janela, os prédios imponentes e as lojas de grife que passavam como fantasmas na noite. O mundo lá fora parecia um reflexo perfeito de um sonho distante, um lugar onde ela nunca se imaginara, mas que, de algum modo, agora fazia parte da realidade.O dia começou tranquilo, mas Sergey havia sugerido um passeio. Para Kiara, isso parecia ser apenas mais um daqueles momentos sem explicação, mas o convite para “conhecer o mundo dele” estava recheado de uma promessa de mistério e mudança. Ela não sabia o que esperar, mas, ao olhar para o rosto impassível dele, sentia que não poderia questionar a decisão.— Onde estamos indo, Sergey? — perguntou ela, tentando esconder o nervosismo na voz, embora, no fundo, a curiosidade estivesse mais forte.Sergey a olhou por um momento, seus olhos âmbar brilhando sob a luz suave do carro. Ele parecia mais relaxado do que o norma

A noite estava abafada e silenciosa, o único som que quebrava a quietude era o sussurro suave do vento que se movia pelas árvores do jardim. Kiara estava deitada na cama grande, mas a sensação de estar confortável estava longe de seu alcance. A mansão ao seu redor parecia ecoar com as lembranças de tudo o que havia acontecido nas últimas semanas. Cada passo que ela dava dentro daquele mundo de luxo e perigo a levava mais longe de sua realidade. E, ainda assim, uma parte de si mesma a queria, desejava mais. Mais dele.Sergey não estava na casa naquele momento, mas sua presença estava em cada canto, em cada pensamento dela. Era como se ele fosse uma sombra que nunca a deixasse em paz. E, por mais que tentasse se convencer de que não precisava de mais disso, de que ele era uma ameaça constante à sua liberdade, algo em seu peito se apertava sempre que pensava nele. Era como se ele fosse uma chama irresistível, e ela estivesse em constante risco de se queimar.Era tarde quando ela finalmen