Capítulo 41: Meias Verdades Laura mal teve tempo de reorganizar os pensamentos antes de ouvir a batida suave na porta do quarto. O som fez seu coração disparar, e ela sabia que era Ethan. Respirou fundo, tentando reunir forças para enfrentar o turbilhão de sentimentos que a consumia. Ao abrir a porta, lá estava ele, tão imponente quanto sempre, mas com um olhar que transbordava carinho e preocupação. Seus olhos a analisaram por um momento, como se quisesse se certificar de que ela estava realmente bem. — Laura... — ele disse com a voz baixa, quase um sussurro, enquanto dava um passo para dentro do quarto. — Posso entrar? Ela assentiu em silêncio, sentindo uma mistura de alívio e tensão. Ethan fechou a porta atrás de si, e o ambiente pareceu ficar ainda menor com a presença dele. — Eu sei que você está lidando com muita coisa... — ele começou, a voz cautelosa. — E talvez eu esteja pressionando demais. Mas preciso que você saiba que, seja qual for o resultado daquele exame, i

Capítulo 43 : Por que Não Me Fala a Verdade?O corredor do hotel parecia interminável enquanto Laura caminhava em direção ao seu quarto. As palavras de Carla ainda ecoavam em sua mente: "A professorinha... Ela foi a única que realmente mexeu com ele." Algo dentro dela remexia, como se uma peça importante do quebra-cabeça estivesse prestes a ser encontrada.Assim que entrou no quarto, trancou a porta atrás de si e encostou-se nela, fechando os olhos. Tentou respirar fundo, mas as memórias confusas de Daniel e os sentimentos por Ethan a consumiam. Ela se jogou na cama, sentindo o peso de tantas revelações.Quem era essa professora? Por que Carla parecia tão certa de que essa mulher foi tão importante para Ethan?Laura se levantou e foi até a janela, observando a movimentação das luzes de Londres. Sua mente a levava novamente à lembrança de Ethan a chamando de "minha estrela". Ela pressionou as mãos contra as têmporas, como se pudesse afastar a sensação de que algo estava escapando por e

Capítulo 45 - O Mistério No Hospital O ensaio havia sido exaustivo, mas, de alguma forma, a música a ajudava a esquecer por um momento a tempestade de sentimentos e dúvidas que se formavam em sua mente. Laura retornou ao hotel, exausta, mas não podia deixar de sentir uma crescente necessidade de respostas. Ela não sabia exatamente por onde começar, mas algo dentro dela dizia que deveria entender melhor o que havia acontecido durante o período em que esteve no coma. As peças do quebra-cabeça estavam começando a se alinhar, mas ainda havia muitas lacunas. Ao chegar no quarto, Laura se permitiu um breve descanso, mas a curiosidade não a deixava em paz. Pegou o celular e, com mãos trêmulas, discou o número do Dr. Santiago, o neurologista que a havia acompanhado durante a recuperação. Ele foi uma das poucas pessoas a demonstrar paciência e compreensão com sua amnésia, então talvez ele soubesse algo mais. O telefone tocou algumas vezes antes que a voz calma do médico preenchesse a li

Capítulo 47 – O Jogo de Palavras Laura se sentou em frente ao computador, o coração disparado. A videoconferência com o Dr. Emmanuel Girard estava prestes a começar, e ela não sabia o que esperar. A chamada conectou, e a imagem de um homem de meia-idade com óculos e um sorriso gentil apareceu na tela. — Olá, Srta. Laura. Espero que esteja bem — disse ele, com uma voz calma e acolhedora. — Obrigada, Dr. Girard. Estou bem, mas confusa. Preciso de respostas sobre meu tempo no Hospital São Gabriel — respondeu Laura, tentando manter a compostura. Girard assentiu. — Entendo sua necessidade de esclarecimento. Farei o possível para ajudar dentro dos limites que me foram impostos. Laura franziu a testa. — Limites? Quem teria imposto limites? Girard hesitou por um instante antes de responder: — Vamos por partes. Seu estado, quando chegou ao hospital, era delicado. Foi um longo caminho até sua recuperação. Sua transferência foi organizada por alguém que se importava profundamen

Capítulo 49 – O Encanto do Palco As luzes do palco iluminaram o piano de cauda no centro do salão. Laura respirou fundo, sentindo o peso de todos os olhares fixos nela. Havia um misto de expectativa e admiração no ambiente, e ela sabia que precisava canalizar tudo o que sentia para sua música. Na primeira fila, Carla sentou-se com um olhar desafiador, tentando chamar a atenção de Laura. No entanto, Laura permaneceu indiferente, focada apenas no que estava prestes a fazer. A primeira nota ecoou pelo salão, e o silêncio tornou-se quase palpável. Cada melodia parecia dançar pelo ar, tocando as emoções do público de maneira única. Laura fechou os olhos, permitindo-se mergulhar completamente na música. Era como se cada tecla pressionada contasse uma parte da sua história: os altos e baixos, as dúvidas, a busca pela verdade. Quando terminou a última peça, o salão explodiu em aplausos. Laura abriu os olhos, surpresa com a intensidade da reação. Pessoas aplaudiam de pé, algumas até mesmo