— Até de manhã cedo você é linda! Allef diz assim que eu saio do condomínio e me aproximo dele. Não, eu não pedi ele pra subir, estávamos nos conhecendo ainda e não queria que ele tivesse acesso ao lar dos meus filhos, não agora pelo menos.— Você é exagerado! Digo rindo.— Não sou não, sou até sincero demais. Ele abre a porta do carro pra mim.— Ok, vou acreditar que sou tão bela assim! Digo debochada e arranco um sorriso dele também. — Vamos em qual praia? — Surpresa! Fico quieta e deixo ele seguir o trajeto. O caminho até a praia mais linda que já conheci na vida foi de muita conversa, Allef falou um pouco da sua vida pessoal, disse que era filho único, que não tem pai e que sua mãe apesar de controladora era uma pessoa legal. Eu aproveitei para tocar no assunto da separação dele e o mesmo disse que apesar do processo ainda estar na mão do juiz que ele e Perlla já não vivem na mesma casa. — Mas dizem que quando não se tem filhos o processo de separação é rápido. Questiono.

Não demora e os moleques chegam com tudo, ela coloca as luvas, pega seus equipamentos, sua mão treme... Pega a garrafa de bebida e me entrega. — Toma! Bebe bastante, isso vai doer! Dou uma longa golada.— Pode ir! Dou ordem e ela respira fundo assentindo com a cabeça. Primeiro ela joga álcool no ferimento e eu me seguro para não gritar, ela treme mais ainda.— Preciso de você sem estar tremendo, é meu braço aqui embaixo!Digo ainda gemendo.— Eu... Eu nunca fiz isso em gente! Ela está tremendo e acho melhor tentar acalma-la, meu braço agradece.— Ok... Qual o seu nome? Pergunto tentando lhe passar calma.— Débora... Ela responde com a voz falha.— Então Débora, pense que eu sou um dos seus pacientes peludos e fofos do curso e que você tem que dá o seu melhor para eles não sofrerem, então faça o seu melhor. Ela está me encarando paralisada.— Ok... Vou tentar. Ela enfim diz um pouco mais firme.— Ótimo! Então deixa eu beber mais um gole!Tomo mais um gole da bebida e olho para

Dia de conhecer a sogra, eu estava muito ansiosa, já havia trocado de roupas milhares de vezes e optei por colocar um vestido comportado, floral e até o joelho, queria causar boa impressão, não queria que ela achasse que eu era uma qualquer. Allef avisa que já chegou e eu desço correndo. — Você está maravilhosa! Ele diz me beijando. — E se sua mãe não gostar? Eu estava em pânico. — Não tem como não gostar de você! Bom, foi o que todo mundo disse, mas a verdade é que ela me odiou. Assim que Allef bateu na porta e ela abriu, dona Celina me olhou de cima a baixo com cara de nojo. Ela abraçou Allef com um sorriso enorme e se direcionou a mim com um sorriso forçado e só disse: — Seja bem vinda!Na hora eu murchei, sabia que aquele almoço seria um fiasco e foi! Dona Celina quase não conversou comigo, o tempo todo falava que tinha feito a comida preferida de Perlla, aliás, ela fazia questão de tocar no nome da Perlla o tempo todo, Allef já estava sem graça. Mas nada é tão ruim q

Oito meses depois...— Então quer dizer que você faz aniversário nesse final de semana e não me contou nada? Allef diz enquanto me abraça na cama. Hoje é quarta e aproveitamos que as crianças foram passar as férias de meio de ano com o pai. Estou no apartamento de Allef, tínhamos acabado de fazer amor e ainda estávamos nus na cama. — Como você sabe? Levanto a cabeça do peito dele e o encaro. — Sorte que tenho seus dados no presídio ainda, estava arquivando seus documentos e sem querer apareceu pra mim essa informação. — Normalmente eu não comemoro, depois que minha mãe sofreu o acidente, eu nunca mais comemorei... Faço só um bolinho e pronto. — Queria te propor um jantar no sábado, convida suas amigas, seus pais, vamos comemorar... Fico pensando e chego a conclusão que seria legal e um ótimo motivo para apresentar Allef as minhas amigas. Como a vida está uma correria só, Anne e Nathy não conheciam pessoalmente Allef, claro que elas sabiam tudo sobre ele, nossas conversas bas

Acordo com milhares de chamadas de Ju, mas não tinha mensagem nenhuma, então resolvo ligar de volta pra ela, fiquei preocupado. “Me ligou?” Pergunto assim que ela atende. “Não vamos brigar, sheik... Já disse que você é importante pra mim, vamos conversar.” Sua voz está triste. “De boa Ju... Vou ser sincero com você, a parada é o seguinte, eu amo você, quero você de volta, mas sei que isso não vai ser possível, eu vi nos seus olhos que você gosta dele realmente, perdi, fui burro... Então só me resta seguir. Eu quero o seu bem, o que precisar é só ligar ou aparecer, mas não, não quero ter contato com você, não quero acompanhar de camarote sua felicidade com outro e não quero passar o resto da minha vida me martirizando em como eu fui idiota de ter te perdido desta forma.” “Não faz isso! Ela chora. - Eu preciso de você perto...”“E você terá , sempre que precisar, somos uma família, lembra? Mas essa amizade que você almeja, não vai rolar.” Ju ficou um bom tempo em silêncio, mas no