Serenity…Já passavam das seis de uma segunda-feira maldita à noite quando fui convocada ao escritório do meu pai. Ele nunca me chamava para o seu escritório, exceto em situações de emergência. Perguntei-me o que estaria acontecendo desta vez. Da última ocasião, meu rosto figurara em todas as redes sociais, jornais e revistas por conta do meu divórcio.Percorri o empreendimento da Clifford como se detivesse o prédio. Recusei-me a cumprimentar as pessoas, pois todas me pareciam inferiores a mim. Não culpava ninguém pelo fato de os pais delas não serem ricos. Talvez se dedicassem mais aos estudos, mas algumas pessoas simplesmente demonstravam preguiça.Cheguei ao escritório do meu pai, ignorando sua secretária. Bati na porta uma única vez e a abri mesmo sem a permissão dele. Ao adentrar o ambiente, deparei-me com um homem parado ao final da mesa, com as costas voltadas para mim. Ele trajava um terno branco e ostentava cabelos pretos. Perguntei em silêncio quem seria esse homem. Seria um

Rosa…Já era mais um dia no escritório, e todos comentavam sobre a festa de aniversário de Ashton e o quão gentil fora da parte dele mandar a galera para um clube de alto padrão – ele até pagara as bebidas de todos. Agora eu sabia como ele se livrara daqueles. Afinal, quem recusaria uma noite de festa grátis? E, claro, corriam boatos de que eu era a namorada de Ashton. Eu já devia ter sabido.Ashton estava na casa dos pais. Sua mãe o chamou naquela manhã, logo depois que ele me deixou.— Rosa, querida. Você e seu namorado estiveram nas capas de quase todos os jornais dos Estados Unidos. — Disse Brigitta, colocando um jornal à minha frente.Era uma foto de Ashton me beijando na noite de sábado.— Como é que isso foi parar nos jornais? — Pensei, sabendo que ele convidou apenas seus amigos íntimos e alguns colegas de trabalho.— Alguém deve ter tirado a foto e vendido para os jornais. — Disse Darana, encolhendo os ombros.— Provavelmente, mas eu não me importo. Eu sabia que não conseguirí

Rosa…Dois meses depois.Na noite passada, dormi no meu próprio apartamento. Ashton deixou-me em casa depois de termos preparado o jantar juntos. Mal tive tempo para trocar-me para o pijama e escovar os dentes antes de desabar na cama e adormecer. Ontem foi um dia exaustivo, porém não pude reclamar, pois passei a maior parte dele na companhia do homem que amo; mesmo que tenhamos trabalhado no escritório, conseguimos desfrutar de momentos a sós.Nos últimos dois meses, minha rotina foi tomada por reuniões e viagens a outros países. Desfrutei de conhecer lugares que, até então, residiam apenas em meus sonhos. Afinal, essa é uma das vantagens de ser secretária de um CEO.Hoje, havíamos combinado encontrar a família de Ashton no Central Park, e eu estava nervosa. Não fazia ideia se eles me aprovariam, já que meus círculos sociais eram totalmente distintos dos deles. Perguntava-me quais comentários fariam ao verem alguém como eu, namorando o filho deles.Dirigi-me ao meu guarda-roupa para d

Rosa…Hoje era domingo. Ontem se transformou em um dia maravilhoso. Eu adorei a família dele. Eles me receberam de braços abertos e senti-me aliviada por não me julgarem por causa do meu status ou do meu divórcio. A mãe dele me convidou certa vez para passar no seu café, e aceitei o convite com um sorriso caloroso. Isabella não esteve ontem, pois estava em uma sessão de fotos para a Victoria's Secrets. Soube que ela era uma das anjinhas secretas da Victoria.Hoje, Adam e Brigitta nos encontraram em um restaurante que eles mesmos escolheram. Queriam passar um tempo conosco, mas Ashton não demonstrava muita disposição. Ele queria passar o dia comigo, porém acabei convencendo-o a ir, já que nos víamos com mais frequência do que ele via seus amigos e sua família.Acabamos de chegar ao restaurante, onde Adam e Brigitta já nos aguardavam, quando o celular de Ashton começou a tocar.— Tenho que atender. São os nossos clientes do Japão. — Disse ele, antes de atender e se afastar.— Quem foi aq

Rosa…Ashton tinha a cabeça repousada no meu peito enquanto vasculhava seus e-mails. Já estávamos na Suíça há dois dias e, finalmente, conseguimos resolver o problema que surgira. Alguns homens entraram em greve porque o gerente não os pagou, e descobrimos que ele se apropriou do dinheiro destinado ao projeto. Felizmente, Ashton e sua equipe localizaram o responsável, que foi preso no aeroporto enquanto tentava sair do país usando um nome falso. Ashton prometera ao Senhor Brunner que tudo voltaria ao normal em poucos dias e pediu desculpas pelo ocorrido, deixando clara que a culpa era do gerente.Ashton estava completamente imerso em seu mundo, concentrando-se em seu trabalho e em sua empresa. Ainda assim, sempre encontrava tempo para mim assim que terminava suas tarefas e ligava para sua família sempre que surgia uma oportunidade. Eu não conseguia deixar de observar meu namorado enquanto ele continuava digitando em seu celular; meus dedos percorriam suavemente as rugas ao redor dos se

— Parecia um bom plano para mim. Adoraria foder você sem fôlego.Antes que eu pudesse me dar conta, ele já me imobilizara na cama, aprisionando-me com seu corpo. Ele baixou os olhos até o meu rosto e pressionou nossos lábios. Começamos a nos mover em sincronia, e soltei um gemido ao sentir sua mordida em meu lábio inferior.— Vou adorar transformar você num amontoado de súplicas, Amore.Ele sussurrou em meu ouvido e beijou minha cabeça.Seus lábios desceram da minha boca até o meu pescoço, depositando um beijo suave em minha clavícula, para depois alcançarem meu mamilo e fazerem com que eu jogasse a cabeça para trás de prazer enquanto um gemido escapava de meus lábios.Ele moveu a mão pelo meu corpo enquanto seus olhos me percorriam, e então baixou a cabeça novamente, desta vez em direção aos meus seios. Comecei a me contorcer sob seu toque, ficando cada vez mais excitada e molhada.— Ashton.Eu o chamei enquanto ele continuava a lamber meu mamilo, movendo-se de um seio para o outro. S

Rosa…Acabamos de voltar para Nova York, pois, assim que chegamos ao aeroporto, algo urgente aconteceu. Adam ligou para ele e perguntou se já estávamos voltando para Nova York. Ashton parecia irritado ao encerrar a ligação.Perguntei-lhe o que se passava, e ele me confidenciou que Serenity e Armando haviam se dirigido à imprensa para divulgar algumas novidades bem suculentas sobre mim. Fiquei chocada ao saber o que disseram. Já percebi que Armando e Serenity jamais desistiriam facilmente. Eles fariam da minha vida um verdadeiro inferno.Ashton me aconselhou a descansar, pois enfrentaríamos um longo voo de retorno a Nova York. Ele havia prometido que me levaria de férias assim que pudesse, mas férias não me interessavam. Eu só desejava resolver aquela confusão que os dois haviam provocado.Logo após aterrissarmos, Ashton solicitou a um dos membros da tripulação que levasse nossas malas até o carro que nos aguardava.— Vamos esperar aqui até que eles voltem. — Disse Ashton.Quando a equi

Oh, não! Isso não podia acabar bem se ele fosse ver Armando. Eles acabariam se matando.— Ashton! — comecei, mas ele já havia saído do carro. Ele abriu a porta e pegou minha mão.— Relaxa, Amore, eu prometo que não vou nem tocar nele. Eu o encarei com certa descrença.— O que o Adam fez? — Perguntei.Ashton riu e fechou a porta.— Venha, meus pais estão nos esperando. — Disse ele enquanto pegava nossas malas antes de subirmos as escadas. Eu só pude rezar para que Ashton não espancasse o Armando. Estava tão absorta com esses pensamentos que nem sequer olhei para o local para onde ele me conduzia. Tratava-se de uma mansão, e eu me peguei imaginando o custo para manter aquele lugar.Ao entrarmos, Ashley e Adrian já se encontravam na sala de estar. Diante deles repousavam não apenas um, mas vários jornais com meu rosto estampado em todas as páginas. Quis pegar um deles para ler o que diziam sobre mim, mas Ashton segurou minha mão.— Mãe, pai. Eu vou levar a Rosa para o meu quarto. — Não,

Rosa…Ashton me olhou como se lesse meus pensamentos. Balançou a cabeça e me tomou em seus braços.— Não vou te deixar ir, Rosa. Vou lutar contra isso. Não vou permitir que eles se interponham entre nós. Fico me perguntando como o pai dela deixou que ela fizesse uma façanha dessas. — Ashton balançou a cabeça, parecendo irritado.— Você acha que seria melhor terminarmos enquanto resolvemos essa situação? Não quero que seu nome seja arrastado pela lama.Ashton estreitou os olhos e, segurando-me com mais firmeza, replicou:— Não, vamos lutar contra isso juntos, Rosa. Vamos limpar o seu nome, e eu vou garantir que processe Serenity e Armando. Serenity fez isso quando nos divorciamos. Ela se fez de vítima enquanto me transformavam no monstro.— Como você sabe que foi Serenity? Quer dizer, por que a imprensa os ouviria?— Porque a imprensa ama dinheiro e fará qualquer coisa por uns trocados, e Serenity sabe disso.De repente, Ashley interveio, chamando nossa atenção para si:— Acho que seria

Rosa…Logo após o almoço, Barbara chegou.— Bom dia, Rosa, é um prazer revê-la. — A mulher mais velha me cumprimentou com um sorriso acolhedor.— É um prazer revê-la também, Barbara. Por aqui, Ashton está esperando em seu escritório.Sorri e conduzi-a até o escritório. Bati uma vez e esperei Ashton nos receber. Assim que ele me chamou para entrar, abri a porta e anunciei:— Barbara está aqui. — Afastei-me para que ela pudesse entrar primeiro.— Posso trazer algo para beber antes da reunião começar? — Perguntei a Ashton e Barbara.— Um café está ótimo. — Barbara sorriu e Ashton assentiu.Dirigi-me rapidamente à cozinha, onde preparei o café para eles, depositei o açúcar e o leite na bandeja e retornei ao escritório.— Certo, vamos começar. Analisei as evidências que você me enviou e acho que a melhor opção seria prestar queixa contra Serenity, contra as pessoas que divulgaram a notícia e contra a fonte. Ainda precisamos de alguma evidência de que foi realmente Armando quem contou as his