VivianO incômodo começa como uma pontada discreta, quase imperceptível. Estou na sala com Felipe, tentando distrair a minha mente com um filme qualquer, mas a sensação cresce a cada minuto.— Está tudo bem? — ele pergunta, os olhos preocupados fixos em mim.— Não deve ser nada. Só um incômodo — respondo, forçando um sorriso. Tomo um analgésico e subo para o nosso quarto, convencida de que um pouco de descanso resolverá tudo.Felipe, no entanto, não tira os olhos de mim. Ele se mantém por perto, como sempre faz quando estou vulnerável, a preocupação estampada em cada movimento. O tempo passa, mas o desconforto se transforma em algo mais intenso, uma dor chata que não pode mais ser ignorada.— Acho que está na hora, Felipe — confesso, tentando soar o mais calma do que me sinto.Sem perder tempo, ele liga para a minha médica, que nos orienta a ir direto ao hospital. Minutos depois, estamos no carro, e a cada curva parece prolongar a jornada. Ao chegarmos, sou levada para exames enquanto
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