Capítulo 71Helena observava Adrian enquanto o avião cortava as nuvens. Percebeu a tensão no olhar do marido. Ele estava absorto, os olhos fixos, com uma preocupação que ela reconhecia bem.Ela segurou a mão dele suavemente e perguntou:— Está tudo bem?Adrian desviou o olhar e apertou a mão dela, suspirando.— Para ser sincero, não muito. Logo vamos ter as respostas sobre essa viagem estranha do meu tio… e tenho medo do que possamos descobrir. Ele sempre foi uma referência, uma figura maravilhosa na minha vida. Se ele estiver envolvido no roubo da empresa...Helena assentiu e completou, sem rodeios:— ...significa que ele é mais falso que nota de 500 dólares.Adrian soltou uma risada nervosa, mas era claro que a preocupação ainda estava ali. Ele afundou-se na poltrona e fechou os olhos por um momento, tentando processar tudo.— Sabe, eu gostaria de estar errado, Helena. Gostaria muito. Mas as evidências apontam para ele, e se confirmarmos... Não sei como vou encarar isso.Ela o obser

Capítulo 73Enquanto isso, na mansão dos Turner, Lucila, fazia sua habitual ronda noturna pela casa, fechando todas as portas e janelas. Caminhava com passos cuidadosos e, de vez em quando, levava pequenos sustos ao ouvir o som de um galho batendo contra a janela ou alguns estalos pela casa.Quando finalmente desceu para o andar térreo, pusou no primeiro degrau e parou, com o coração disparado. Havia escutado um barulho vindo dos fundos, perto da cozinha. Engolindo seco, tomou coragem e foi até lá, tentando não fazer barulho. Aproximou-se da porta da cozinha e, tremendo de medo, girou a maçaneta com cuidado. Assim que abriu a porta, avistou um vulto e soltou um grito estridente.— AAAAAH!O vulto gritou de volta, em resposta ao susto dela.— AAAAAH! CALA A BOCA, PIRRALHA! — respondeu o homem, tentando controlar o susto, enquanto cobria os ouvidos com as mãos. Ele abaixou as mãos e soltou um suspiro impaciente quando ela parou de gritar. — É só você, Lucila!— Ai, meu coração... — Luci

Capítulo 75Enquanto Miguel e Lucila estavam escondidos, abraçados, seus corações batiam acelerados pelo medo. Ele tentava acalmar Lucila, que tremia de nervoso, sussurrando para ela se manter quieta. O som dos tiros lá fora parecia aumentar a cada segundo, preenchendo a mansão com um barulho insuportável.— Vai ficar tudo bem, Lucila — Miguel disse, apertando-a um pouco mais contra ele. — Só fique comigo.— Eu... eu estou com medo, Miguel — ela respondeu, quase num sussurro. Seus olhos brilhavam de pavor, mas havia também uma pontinha de confiança nele.Lá fora, os seguranças continuavam trocando tiros intensamente com os invasores. De repente, o som das sirenes policiais cortou o ar, enchendo o ambiente com uma sensação de esperança. Lucila e Miguel se entreolharam, ambos aliviados, mas ainda tensos.Quando a polícia entrou no jardim da mansão, tiros foram disparados contra os invasores, que começaram a recuar, forçados pela força dos agentes e pelo apoio dos seguranças. Richard, c

Capítulo 77Na manhã seguinte, após um desjejum tranquilo com a família, Helena decidiu se afastar um pouco. Foi até a área da piscina, onde sentia uma sensação momentânea de paz. Contudo, sua expressão ficou séria assim que desbloqueou o celular e viu a mensagem do seu contato.A mensagem começava com um tom urgente:“Encontrei o paradeiro do tio do Adrian.”Logo em seguida, surgiram fotos e vídeos de Edward em locais suspeitos, acompanhado por uma gangue que parecia fortemente armada.Helena franziu a testa ao observar as imagens, onde Edward aparecia ao lado de homens desconhecidos, todos com semblantes perigosos e armas nas mãos. Ela aumentou o volume para ouvir melhor o áudio anexado:— "Ele tem se encontrado com essa gangue há semanas. Aparentemente, estão planejando algo grande. Estamos investigando, mas ele é cuidadoso. Pelo visto, não quer deixar rastros."Helena sentiu um frio percorrer sua espinha. O fato de Edward estar se envolvendo com pessoas tão perigosas aumentava ain

Capítulo 79Ela se aproximou com cautela, olhando ao redor. O homem parecia ter se afastado, mas algo no comportamento dele fez sua intuição disparar. De repente, ela sentiu um arrepio na espinha e, sem pensar duas vezes, achou melhor voltar para dentro da delegacia.Ela deu meia-volta, mas antes que pudesse dar mais um passo, uma explosão cortou o ar. O som ensurdecedor foi seguido pela dor aguda e uma onda de calor. O chão tremeu sob seus pés enquanto uma chuva de destroços e vidro era lançada pelo ar. O corpo de Helena foi jogado com força contra o parabrisa de outro veículo. Ela sentiu a dor intensa no peito, a visão ficando turva à medida que a consciência começava a fugir dela.O impacto a fez perder os sentidos por um momento. O som das explosões ao redor ainda ressoava em sua mente, mas tudo parecia se distorcer. Os alarmes dos carros começaram a disparar, um eco frenético e repetitivo no caos que se instalava. Ela sentiu o calor e o cheiro de queimado no ar, mas não conseguia