Antes, Gustavo só tinha aqueles bilhões dados por seu avô, mas agora ele tinha por trás toda a família Codelle. Mas se não era a pressão do trabalho, o que mais poderia ser? Poliana continuou a encarar o rosto adormecido de Gustavo, e uma sombra passou por seus olhos. Gustavo era mais sortudo que muita gente, seus pais estavam vivos, sua família não tinha preocupações financeiras, e os sofrimentos que ele enfrentava só começaram depois que eles ficaram juntos. Mas esses problemas o deixariam triste, não ansioso, certo? Pensando nisso, Poliana balançou a cabeça, sentindo que talvez estivesse exagerando. Afinal, aqueles remédios talvez nem fossem para Gustavo, mas para outra pessoa, como Edmar, ou talvez seu secretário ou assistente. Ainda assim, esses remédios lhe trouxeram uma pontada de esperança. Esses remédios podiam garantir uma noite de sono tranquilo! Com medo de que Gustavo acordasse, Poliana, enquanto o observava, rapidamente pegou dois comprimidos do frasco e

Marcelo observava o emoji da gatinha fofa segurando duas rosas que Poliana havia enviado, como se estivesse olhando diretamente para ela. Ele não respondeu, mas fixou a conversa com Poliana no topo das mensagens. Em seguida, largou o celular, deu mais uma tragada no cigarro e o apagou no cinzeiro antes de se levantar e ir ao banheiro. Ainda havia uma fina camada de vapor no banheiro, ele havia acabado de tomar banho quando enviou as mensagens para Poliana. Pegou o secador e secou o cabelo. Depois, guardou o notebook de trabalho que estava na mesa ao lado do sofá, junto com o carregador e o celular, e saiu carregando sua bolsa. Quando a avó o viu, seu rosto logo se iluminou com um sorriso. — Marcelo. Marcelo se aproximou e se sentou ao lado da avó. — Vovó, eu vou voltar agora. A música é boa, mas a senhora também precisa descansar. A avó assentiu com a cabeça. — Pode ficar tranquilo, querido. Eu sei cuidar da minha saúde! Com apenas uma frase, Marcelo conseguia ent

— Quem é, papai? Vai atrás dela!— Não posso. — Marcelo abaixou o olhar, com uma leve melancolia em sua expressão. — Você ainda é muito jovem, seu foco agora deve ser nos estudos. Não vou te contar mais detalhes, só queria que soubesse que eu não quero passar o resto da vida com alguém só por conveniência.Vic assentiu e disse:— Eu só quero que você seja feliz, papai.— Que querida. — Marcelo suspirou novamente. — Ah, a Poli foi para o Resort N para uma reunião, então, se você queria convidá-la para comer bolo, hoje não vai ser possível.Vic franziu as sobrancelhas.— Ela está viajando a trabalho...O sorriso de Marcelo voltou, e seus olhos brilharam com um toque de diversão.— Mas podemos fazer dois bolos, entregar um para a Poli no dia em que ela voltar, e quando você comer o seu, vocês fazem uma videochamada.— Papai, você pensa em tudo! Eu quero fazer o bolo com minhas próprias mãos!— Combinado!...Ao meio-dia, o despertador do celular de Bárbara tocou de repente. Ela, que só t

Otávio parecia não ter mulher, e sua vida era extremamente saudável. A bebida que aparecia com mais frequência era água pura. Além disso, muitos dos seus tweets eram postados por volta das sete ou oito da manhã, o que sugeria que ele provavelmente acordava às seis. Isso era completamente oposto a ela.Seus hábitos eram irregulares, ela frequentemente virava a noite, e quase todos os dias precisava beber um pouco de álcool. Inclusive, quando bloqueou o Twitter de Breno, estava assistindo a vídeos de si mesma bebendo. Em seguida, ela olhou novamente o Twitter de Otávio e, sem perceber, engoliu em seco. Talvez fosse porque ele vivia o tipo de vida saudável e tranquila que ela tanto desejava. Uma vida com um ritmo tão lento e prazeroso que, se ele não fosse o irmão de Breno, ela certamente se sentiria atraída por um homem assim. Na verdade, até agora, ela já não conseguia mais controlar a súbita afeição que brotava em seu coração por ele, devido ao contraste gritante entre suas vidas. I

Depois de falar, ela lançou um olhar irritado para Gustavo, enquanto seu coração batia acelerado. Com passos firmes, Bárbara se dirigiu ao belo homem à sua frente.— Sr. Otávio, por que chegou tão tarde?Otávio também a observou de cima a baixo.— Srta. Bárbara, você está deslumbrante hoje. — Ele completou depois. — Meu celular ficou sem bateria, tive que carregá-lo por um tempo.Gustavo levou a mão ao queixo, sentindo a barba por fazer, e de repente teve a sensação de que um disfarce de palhaço tinha aparecido em seu rosto.Exatamente.Ele propositalmente não se arrumou nem lavou o rosto, tudo para evitar qualquer mal-entendido com os amigos de sua esposa. Afinal, eram todos jovens, e Gustavo sabia da importância de manter a distância apropriada dos bons amigos de sua esposa. Depois de tanto esforço para convencer Poliana de que não havia nada entre ele e Fernanda, ele não queria mais problemas.Logo depois, eles se sentaram no restaurante. Gustavo e Otávio de um lado, enquanto Bárba