Hotel Califórnia A Camareira do CEO O perdão Eu observava Eros se recompor rapidamente, vestindo a camisa que antes estava jogada sobre a mesa. Ele fechou os botões com pressa, enquanto organizava a escrivaninha, tentando apagar qualquer vestígio do que havia acabado de acontecer. Meu coração ainda estava acelerado, e eu tentava ao máximo não demonstrar o quanto aquele momento tinha me afetado.— Só um momento, mamãe. Estou no telefone com um cliente. — Ele mentiu com a mesma facilidade com que lidava com qualquer situação de pressão. Eu, por outro lado, tentava manter a calma, ajeitando meus cabelos e alisando o vestido que, apesar de meus esforços, ainda estava um pouco amassado.Eros caminhou em direção à porta, mas antes de alcançá-la, ele parou. Seus olhos encontraram os meus mais uma vez, e, sem dizer uma palavra, ele voltou e depositou um beijo suave em meus lábios. Aquele gesto, tão inesperado e silencioso, parecia dizer que ele estava feliz por aquele momento estar acontec

Hotel Califórnia A Camareira do CEO A Carta Despedi-me de todos no escritório, o coração leve, mas a mente ainda em um turbilhão de pensamentos. As conversas e emoções que atravessaram o dia pareciam pesar em meus ombros, e ainda havia tantas coisas por resolver. Carmem estava radiante. O brilho em seus olhos, depois de conhecer sua neta, era de pura felicidade. Ela me abraçou com carinho, e suas palavras me trouxeram um alívio inesperado.— Beatrice, o que você precisar, eu estarei aqui para ajudar — disse ela, visivelmente emocionada. Agradeci com um sorriso sincero e me inclinei para dar-lhe um abraço apertado. Eu sabia que, independentemente de tudo, ela seria um apoio importante daqui em diante.Quando me virei para Eros, meu coração acelerou. Não queria demonstrar afeto íntimo na frente de todos os outros. Ainda havia a questão com Endreric que eu precisava resolver. Então, controlei o impulso de beijá-lo como realmente queria e, ao invés disso, deixei apenas um beijo leve em

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Endreric em Paris Receber a notícia foi um soco no estômago. Por mais que Suellen merecesse todo o meu desprezo, não consegui ignorar o que havia acontecido. Ela havia perdido o bebê, meu bebê. Era uma situação que eu jamais imaginaria enfrentar, e mesmo com todas as nossas diferenças, eu sabia que não poderia deixá-la sozinha nesse momento. Eu tinha que ir a Paris.Ela podia ser a pessoa mais tóxica que já conheci, mas algo me dizia que, em algum lugar, dentro dela, havia uma chance de redenção. Quem sabe, com o tempo, eu conseguisse despertar o melhor lado de Suellen, um lado que ela mesma talvez não soubesse que existia. Mas, por ora, eu precisava focar no que era mais urgente.Antes de partir, porém, havia algo mais para resolver. Beatrice. Só de pensar nela, um turbilhão de emoções me atravessava, bagunçando a minha cabeça. Não estava pronto para encará-la, não naquele momento. Ainda havia muito para ser dito, mas, por mais que a distância e

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Sinfonia O jantar havia sido perfeito. As conversas leves e as promessas veladas flutuavam no ar, enquanto as luzes suaves do salão criavam um ambiente acolhedor. Estávamos quase terminando quando uma pequena orquestra se aproximou. Quatro homens, cada um com um instrumento, começaram a tocar uma melodia suave e romântica. Meu coração deu um salto quando reconheci a música — "Hotel Califórnia". Fui pega de surpresa, e tudo apontava para um único responsável por aquele momento mágico: Eros. Antes que eu pudesse processar tudo, senti sua presença ao meu lado. Eros estava ali, oferecendo-me a mão com um sorriso encantador. A princípio, pensei que ele queria me tirar para dançar. Hesitei por um segundo, mas logo me levantei, aceitando sua mão. No entanto, ele tinha outra intenção. Com um movimento suave, Eros tirou uma pequena caixinha de veludo vermelho do bolso. Quando ele a abriu, eu mal consegui respirar. Dentro, repousava o anel mais li

Hotel Califórnia A Camareira do CEO O Casamento Eu olhava para o vestido de noiva com as mãos trêmulas, envolta no roupão felpudo que me abraçava com suavidade. Meus cabelos recém-arrumados caíam em cachos perfeitos, cada fio cuidadosamente colocado para o grande dia. O dia que eu sempre sonhei. Minha mente flutuava entre a realidade e a fantasia. Aquele vestido representava não apenas o momento que sempre esperei, mas também tudo o que passei até aqui. Todas as lutas, as lágrimas, as incertezas... E agora, estava a poucos passos de começar uma nova jornada. Minha mãe estava ao meu lado, sorrindo com os olhos marejados. Clara, como sempre, mantinha sua presença calma e confortante, enquanto penteava os cabelos da pequena Aurora. Minha filha. Só de pensar nisso, meu coração se enchia de alegria. Ela parecia uma bonequinha, concentrada enquanto Clara fazia o possível para que tudo saísse perfeito. Elza e a mãe de Clara também estavam lá, compartilhando comigo cada segundo