Enxugo as lágrimas que teimosamente rolam pelo meu rosto. Meu tio, meu guia, enfrentava essa tormenta sozinho. Levanto-me da cama, cuidadosamente pego a carta e a guardo no bolso. Em seguida, pego meu celular e envio uma mensagem ao grupo do clube:Preciso falar com todos vocês urgentemente. Vou avisar o Lorenzo e chamar as garotas. Nos encontramos na sala vermelha.Deslizo o celular de volta no bolso e parto para encontrar Lorenzo, que está brincando com Aurora no colo, enquanto Deana está sentada no sofá com Luna ao seu lado. Quando me aproximo, Aurora estica seus bracinhos, e eu a pego no colo, depositando um beijo suave em sua testa.— Oi, minha princesinha. Que cheirinho gostoso. — Brinco, ganhando um beijo babado como resposta. Um risinho escapa dos meus lábios, e ela também emite um som alegre. — Exatamente assim, princesinha. Beijinhos só para o papai.— Vai sonhando, Dom. Aurora me conheceu bem antes de saber que tinha um pai. Aliás, quem garante que ela não me considera como

— Dominik, acho que é Deana batendo na porta.Vejo-o confuso, mas ao passar a mão pelo rosto, ouvimos mais uma das batidas e ele finalmente fica em alerta.— Estou indo. — Grita enquanto se veste rapidamente, e eu faço o mesmo. Quando ele abre a porta, encontramos Deana segurando Aurora em seus braços.— Mas o que houve? — Ele pergunta, assustado, enquanto olha para nossa filha. Eu passo à sua frente para vê-la de perto, só que graças a Deus está tudo bem.— Luke quer falar contigo no clube. — Avisa, e então se dirige a mim. — Acabei de dar uma vitamina para ela e agora estou indo para o seu quarto, tudo bem?Dominik profere um entendido e deixa um beijo na testa de Aurora antes de se afastar.— Claro que sim. — Olho para trás e vejo que Dominik foi tomar um banho, e decido fazer isso junto com ele. — Vá, daqui a pouco encontro com vocês duas lá, certo?— Sem dúvidas, cunhadinha! — Fala, sorrindo, e sai antes que eu possa rebater. Sorrio também e fecho a porta, indo atrás de Dom. Após

Dominik SantoroLorenzo chegou cedo, e entendo sua necessidade de descobrir de uma vez por todas quem é esse maldito que vem arruinando as nossas vidas, pois também é a minha. Lembro-me das palavras enigmáticas do meu tio, mencionando que a chave está onde ele se sentia livre. Minha mente mergulha em recordações dos lugares que ele frequentava, tentando encontrar uma resposta para o mistério.Subitamente, levanto-me de forma abrupta, fazendo a cadeira cair para trás. Lorenzo se assusta com o meu comportamento e me segue, confuso e curioso sobre o que se passa em minha mente turbulenta.Direciono meus passos rapidamente em direção à garagem, onde a moto do meu tio está estacionada, e uma faísca de esperança se acende dentro de mim.— A moto. — Digo, com a voz carregada de excitação e emoção.Meu amigo me olha perplexo, sem compreender o que está acontecendo, mas não tenho tempo para explicar, já que a resposta está bem diante dos nossos olhos.Nesta moto está o que meu tio tanto amava.

Dominik SantoroApós concordar que devo aceitar as investidas da Lisa, mas recusar a ir para cama com ela, sinto-me um lixo quando me deito com a Luna. É como se eu tivesse me tornado um traidor, mesmo que Lorenzo tenha afirmado ser necessário se quisermos realmente pegar o ordinário do traidor.E agora, em meu escritório do clube, Lisa entra, me encontrando totalmente desarmado. Levanto-me para pedir que saia, que volte uma outra hora; entretanto, ela se aproxima e começa a questionar a maneira como a venho tratando, especialmente como me comportei da última vez.Assim, me afasto, precisando disfarçar o asco e soltar um maldito pedido de desculpas, afirmando apenas que tomei as dores da minha filha.— Sinto sua falta, Prez! — A puta mia feito gata no cio enquanto arruma a bagunça em cima da minha mesa; nada que possa ser útil para ela.— Também estou sentindo falta da sua boca gostosa em mim. — Digo em um ranger dos den

Dominik SantoroTudo está em silêncio pela casa. Abro a porta do quarto de Deana e, com a ajuda da luz que entra pela janela, provavelmente de algum poste, noto que ela dorme tranquilamente, então, sigo para o quarto das minhas garotas. Enquanto Luna dorme, Aurora está sentada no berço, brincando.— Venha, princesa. Vamos deixar a mamãe dormir. — Sussurro para ela, que balbucia "papa" ao mesmo tempo em que a pego no colo para sairmos do quarto. Ao entrar no meu, coloco Aurora na cama e tomo um banho rápido, colocando uma calça de moletom. Me deito próximo a ela, que está sentada, me olhando e sorrindo, achando-a ainda mais parecida comigo.— Perdeu o sono, princesa? — Faço perguntas como se ela pudesse me responder. Até que a ponho deitada sobre o meu peito, e ela passa as mãozinhas em meu rosto.— Papa.— Sim, princesa, eu sou o seu pai e a amo tanto que não permitirei que nada aconteça com você e sua mãe. — Prometo isso a ela, beijando seus cabelos macios e acariciando-a até vê-la d