Melissa com certeza já tinha avisado. Quanto a se Nina voltaria ou não, Melissa não sabia. ... E a própria Nina? Ao ouvir sobre o acidente de avião de Joaquim, desaparecido desde então, ela desmaiou de tanto chorar em um hospital no exterior. Ela tinha apenas dois filhos: uma que, nesta vida, talvez nunca mais acordasse, e o outro, acabou se envolvendo em mais um incidente. Mesmo a pessoa mais forte não suportaria uma série de golpes como esses. Quando acordou, recebeu um telefonema do Brasil informando que Helena havia falecido. Nina não demonstrou nenhuma emoção. Seu coração já estava destroçado, e ela simplesmente não conseguia se importar com mais nada. Além disso, Helena, para ela, era apenas uma sogra. Deveria voltar para procurar Joaquim ou ficar para cuidar de Daniele? Nina não conseguia decidir. "Quem teria ânimo para pensar no funeral de Helena numa situação dessas?" ... Melissa também imaginava quais seriam os pensamentos de Nina, então não esper

Quando a bolsa estourasse, seria preciso ir imediatamente ao hospital. Mas o caso de Melissa parecia ser diferente do das outras pessoas. A bolsa dela havia estourado, mas o parto ainda estava longe de acontecer. A situação se arrastou até quase dez da noite, e o ventre de Melissa continuava tranquilo, sem qualquer sinal evidente de trabalho de parto. Ela nem mesmo havia sido transferida para a sala de parto, continuava na sala de pré-parto. Enquanto isso, as outras pacientes da sala de pré-parto entravam e saíam, uma após a outra, sendo substituídas por outras. Mas Melissa permanecia sem nenhum progresso aparente. Larissa e Bernardo, sendo jovens e sem nenhuma experiência com partos, estavam visivelmente preocupados com a demora no caso de Melissa. — Eu li na internet que, quando a bolsa estoura, o parto não demora muito. Mel, por que está demorando tanto? — Perguntou Larissa, impaciente. Raquel, que originalmente deveria ter ficado com a família Amorim para cuidar de ou

Já haviam se passado vários dias desde que o incidente aconteceu, mas, durante aquele período, uma coisa aconteceu atrás da outra, e Melissa simplesmente não teve tempo de pensar direito em como Joaquim estava. Nico havia enviado pessoas para procurar ele. As notícias que chegavam até o momento eram sempre as mesmas: ainda estavam procurando. Não haviam encontrado Joaquim, nem o avião. Não haviam encontrado absolutamente nada... Melissa só conseguia se consolar pensando que, pelo menos, o fato de não terem encontrado nada poderia ser uma boa notícia. Joaquim certamente estava vivo e bem em algum lugar. Com certeza estava! ... Talvez porque estivesse realmente exausta, Melissa acabou adormecendo novamente. Dessa vez, Joaquim não apareceu em seus sonhos. Melissa foi despertada por uma dor aguda e lancinante. Antes de dormir, a enfermeira havia lhe dado uma bomba de analgesia para ajudar ela a descansar melhor. Ela havia explicado que o efeito da bomba de analges

Ivone abriu caminho pela multidão e foi direto até a enfermeira, despejando uma sequência de perguntas sem pausa: — Em que estágio estamos agora? O aparelho de analgesia não funcionou, então já aplicaram a anestesia peridural? O hospital permite acompanhante de parto? A enfermeira finalmente suspirou aliviada ao ver que alguém com algum conhecimento apareceu. Até aquele momento, aquele grupo só sabia ficar ao redor dela, ansiosos, mas sem ajudar em nada. Pior ainda, estavam atrapalhando seu trabalho! Ela respondeu rapidamente: — Pouca dilatação. O aparelho de analgesia não teve efeito, estamos nos preparando para aplicar a peridural. A parturiente ainda não assinou o termo de consentimento. Temos acompanhantes de parto, mas, depois da anestesia, só serão chamados se necessário. Normalmente, a peridural funcionava bem, e, por enquanto, não seria necessário um acompanhante. Ivone ouviu e assentiu com a cabeça. Ela já havia passado por tudo aquilo quando deu à luz fora do

Nina estava completamente fora de controle do lado de fora da porta de vidro no corredor. Aquela mulher, que antes transbordava elegância e orgulho, parecia irreconhecível, tomada por uma fúria histérica. Talvez os eventos sucessivos envolvendo Daniele e Joaquim a tivessem levado à loucura. Ela bloqueava o caminho, impedindo que o hospital realizasse a cirurgia. Melissa sentia dores intensas no abdômen. Embora já estivesse no momento certo para dar à luz, o bebê simplesmente não dava sinais de vir ao mundo, permanecendo imóvel em seu ventre. Se continuasse daquele jeito, a cesárea não seria uma escolha, mas uma necessidade. No entanto, com Nina barrando o caminho, ninguém podia fazer nada. Bernardo e Luiz trocaram olhares. Cada um se posicionou de um lado de Nina, segurando ela firmemente e tentando levar ela para fora. Nina lutava violentamente, enquanto gritava sem parar: — Hoje, se alguém ousar fazer essa cirurgia, eu vou garantir que essa pessoa nunca mais consiga