Depois que Antônio se levantou, Joaquim permaneceu sentado sozinho por muito tempo. Breno, um tanto preocupado, espiou pela porta algumas vezes e percebeu que ele continuava imóvel, com o olhar perdido. Queria dizer algo para consolar ele, mas não sabia como começar. Suspirando, decidiu que o melhor seria esperar até voltarem ao país, para que Melissa tentasse convencer ele. Do outro lado, Antônio, ao perceber a situação, soltou um riso frio. Breno, com os olhos levemente estreitados, perguntou: — Ouvi dizer que, no momento do acidente, Lorena também estava no carro. Onde ela está? Ao ouvir isso, Antônio ficou surpreso por um breve momento, mas logo soltou outro riso frio e apontou para Joaquim, que ainda estava sentado na sala. — Lorena sempre dizia que eles dois estavam apaixonados. Olhe só... Conversamos por todo esse tempo e ele sequer mencionou uma única palavra sobre ela. As pessoas da família Amorim sempre foram assim: frias e insensíveis. Breno permaneceu em sil

Melissa se apressou de volta à antiga mansão da família Amorim. Depois de acordar daquele sonho, ela simplesmente não conseguia mais dormir. Joaquim não atendia o telefone e, depois de pensar um pouco, Melissa decidiu ir até Helena. Quem diria que, ao entrar na mansão, ela daria de cara com Raquel, que saía correndo enquanto enxugava as lágrimas. Melissa franziu a testa: — Raquel, o que aconteceu? Ao ver Melissa, Raquel parecia ter encontrado uma âncora. Correu diretamente até ela e segurou sua mão com força, dizendo, ansiosa: — Sra. Helena vomitou sangue. O corpo de Melissa vacilou, quase caindo. Ela mordeu a ponta da língua com força, tentando se acalmar, e disse: — Raquel, não se apavore. Chamaram o 192? Precisamos levar ela ao hospital. Raquel acenou com a cabeça, confusa e aflita. Melissa compreendeu e segurou Raquel pela mão, conduzindo ela de volta ao quarto de Helena. Devido à fragilidade recente da saúde de Helena, a família Amorim já havia contratado

Zeca não aguentou mais e desferiu um soco no rosto de Alexandre. — Essa é a sua mãe biológica! Ela está à beira da morte, e você a impede de ir para o hospital? Você quer matar ela? Você ainda é humano?! Nos três anos em que morou com a família Amorim, Melissa nunca tinha visto Zeca perder a paciência com alguém. Era a primeira vez que ele falava de forma tão descontrolada com alguém. Um filete de sangue surgiu no canto da boca de Alexandre. Ele o limpou com o dorso da mão e, em seguida, sorriu com desdém. — Zeca, você cuidou da minha mãe a vida inteira e conhece nossa família melhor do que ninguém. Me diga: sendo eu também filho dela, por que ela deu tudo ao meu irmão? Quando o Hugo morreu, ela passou a guardar tudo para o filho dele. E eu? Só sirvo para ser coadjuvante? Eu sou mesmo filho dela, Zeca? Me diga, eu realmente sou? Ele nunca havia visto uma mãe tão parcial! Quando Hugo ainda estava vivo, até conseguia suportar, pois pelo menos tinha o papel de coadjuvante.

Helena foi levada às pressas para a sala de emergência. Melissa segurou a barriga e respirou fundo, aliviada. Enquanto a Sra. Helena estivesse recebendo tratamento, ainda havia esperança. Mas, ao se lembrar da expressão pálida de Helena, o coração de Melissa afundou novamente. Alexandre estava detido por Álvaro na velha mansão, sem permissão para sair. Melissa e Nico não se atreveram a perder tempo, deixando Zeca e Raquel cuidarem de Helena enquanto voltavam apressados para a empresa. Ela sabia exatamente suas limitações e não se atrevia a assumir grandes responsabilidades sozinha. Por isso, chamou Felipe de volta para ajudar ela a resolver os negócios junto com Nico. Além disso, como a maioria dos funcionários da empresa haviam sido promovidos por Joaquim, a situação finalmente foi estabilizada sem grandes problemas. Quando todos saíram, Melissa desabou na cadeira, incapaz de esconder a expressão de cansaço em seu rosto. A dor na barriga era constante. Ela já est

Melissa ficou de pé, firme e serena, lançando um olhar discreto antes de desviar os olhos novamente. Zeca, ágil, organizou a sala de velório e levou Helena para ser acomodada. Luiz, por sua vez, ficou encarregado de avisar os parentes. Carolina foi a primeira a chegar. Ao ver Melissa ocupando o lugar de um membro mais jovem da família, o olhar de Carolina vacilou por um momento antes de empurrar Sandro para a frente. — Está parado por quê? Você, que é neto de sangue, deveria estar ali. Não fique no lugar errado e vire motivo de piada. Melissa entendeu perfeitamente o que Carolina queria insinuar, mas escolheu ignorar. Quando Sandro se aproximou, ela não cedeu espaço e permaneceu exatamente onde estava. Sandro arqueou as sobrancelhas, e um brilho peculiar passou por seus olhos, mas ele não disse nada. Apenas ficou ao lado de Melissa. Carolina quase perdeu o fôlego de tanta raiva. "Sandro é o neto legítimo, é ele quem deveria estar mais próximo de Helena. Quem Melissa