- Você está me enganando, não está?! Você deve ter lembrado. - Eu realmente não me lembrei. - A voz de Viviane era desprovida de emoção, como a de um morto. - Então, você me disse o nome dele de propósito para me provocar.Ela se lembrou do casamento, onde Gustavo também a provocou daquela maneira.- Quando soube o nome dele, fiquei profundamente abalada, mas para ficar com ele, suportei aquela dor e não desmaiei. Foi justamente por isso que ficamos juntos. - Ao dizer isso, Viviane se lembrou da atitude ambivalente de Ricardo naquela época.Ela achava irônico. Ricardo, para não a perturbar, tinha que ser extremamente cuidadoso. Mas e Gustavo?- Embora eu tenha esquecido o que aconteceu neste último ano, tudo o que aconteceu esta noite me deixou claro. Parece que durante este ano, você continuou a me machucar, Gustavo. Como pôde fazer isso comigo? Todos esses anos de juventude dedicados, e é isso que recebo em troca...Gustavo ficou parado, atordoado, olhando para Viviane. Por um mom

- E como você pretende revidar? - Ricardo ouviu seu coração batendo descontroladamente.Viviane lançou um olhar para Ricardo, sem dizer nada.- O que houve? - Perguntou Ricardo, nervoso.- Se eu te contar, você promete não rir de mim?- Pode falar, não vou rir.Viviane mordeu os lábios:- Quero derrotar a família Barros!Assim que ela disse isso, Ricardo começou a rir. Sua risada era clara como um riacho, não era uma gargalhada zombeteira, mas mesmo assim, Viviane corou.- Não disse que não ia rir de mim?Ricardo riu enquanto segurava as mãos agitadas de Viviane. Ele olhou para ela, e mesmo sob a máscara, a pinta no canto de seu olho ainda brilhava intensamente.- Não estou rindo do seu plano. Estou rindo porque tivemos a mesma ideia.- Você... - Viviane olhou para Ricardo, incrédula.- O que tem eu?Viviane baixou a cabeça, um pouco envergonhada:- Você realmente acha que eu posso derrotar a família Barros?A família Barros era a maior do país TZ, e mesmo somando três famílias juntas,

Viviane respondeu com um aceno e abaixou a cabeça para revisar os documentos de outros parceiros comerciais. Embora já tivesse resolvido as questões com Emerson, ainda restavam algumas empresas difíceis de negociar. Essa seria uma batalha árdua. Ela passou um bom tempo analisando os documentos, até que sentiu sede. Ao levantar a cabeça, percebeu que Rosa ainda estava parada no mesmo lugar, e curiosa, perguntou:- O que foi?Rosa olhou para Viviane, hesitando antes de falar. Após um momento, finalmente disse:- Viviane, eu estava pensando se não deveríamos esclarecer a questão do assassinato primeiro, porque muitos dos altos escalões estão refletindo sobre isso. Devido a esse caso, alguns parceiros comerciais que já estavam convencidos e dispostos a continuar a colaborar conosco começaram a ter dúvidas. Eu acho que, se esclarecermos, talvez esses parceiros...Viviane ponderou por um momento antes de responder:- Entendo a sua preocupação, mas a Clara também não é fácil de lidar. Ouvi d

O diretor e os outros decidiram expulsar Laura do grupo de filmagem. No entanto, a série era financiada por Duarte, e Clara era a futura senhora da família Machado, então o diretor pensou em falar diretamente com Clara, esperando que ela assumisse o papel da vilã. Ele presumiu que ela ficaria feliz com a ideia. Afinal, qualquer pessoa no set podia ver que Clara estava mirando em Laura. Para sua surpresa, ela deixou essa tarefa complicada para eles resolverem. Pelo visto, Clara ainda prezava sua própria reputação.— Sendo assim, vou conversar com os outros. Srta. Clara, não vou mais interromper seu descanso.Clara curvou os lábios em um sorriso, sem dizer nada.Após a saída do diretor, a agente de Clara deu um passo à frente e comentou com um sorriso:— Clara, a Laura provavelmente já conseguiu as gravações das câmeras de segurança.— Oh? Tão rápido?— Sim, ouvi dizer que a agente da Laura passou a manhã toda tentando encontrar alguém que pudesse restaurar as gravações. É hilário, qu

Ricardo claramente não acreditava nas palavras de Viviane, mas mesmo assim, apontou a direção do banheiro.Viviane não conseguiu mais se conter e correu direto para o banheiro. Assim que fechou a porta, ela deslizou pela parede, tremendo ao sentir o contato frio contra sua pele.A sensação angustiante parecia explodir de seu coração. Ela pressionou o peito com força, mordendo os lábios para conter um grito. Deixou a dor se espalhar pelo corpo sem emitir um som.Logo, seu rosto estava coberto de suor, que pingava como gotas de chuva, escorrendo pelas bochechas e caindo no chão.— Viviane! — A voz severa de Ricardo já soava do lado de fora da porta. — Você está mesmo com dor de barriga?Viviane lentamente soltou os lábios machucados, respondendo com um fio de voz:— Estou, Ricardo. Você pode comprar um remédio para mim?Ricardo franziu a testa, hesitando por um momento:— Certo, vou descer para comprar o remédio.Ele fechou a porta com força.O som da porta se fechando soou como uma rede