Zúria estava diante da urna, lutando contra seus próprios dilemas internos. A memória de seu tempo aprisionada, a maldição que a atormentava e a incerteza sobre o que fazer com o Alfa (Lion) recém-acordado. O tempo parecia se arrastar enquanto ela avaliava suas opções.Finalmente, a decisão foi tomada. Ela não queria arriscar que um novo líder tirano assumisse o controle, tornando o mundo ainda mais sombrio para aqueles que viviam nele. Zúria se aproximou da urna e, com uma força sobrenatural, abriu o cadeado que a prendia. Seus olhos se encontraram com os de Lion, e ela reconheceu imediatamente o antigo líder.No entanto, Lion estava enfraquecido, com uma adaga atravessando seu peito. Ele estava em um sono profundo, uma forma de aprisionamento que o mantinha afastado do mundo. Zúria hesitou, lembrando-se dos horrores que ele havia causado em seu passado sombrio.Mas, então, uma preocupação mais premente surgiu em sua mente: o que aconteceria com o mundo agora? Quem assumiria o contro

Zúria adentrou o quarto com uma expressão pensativa. Ela ponderou sobre a conveniência de manter Lion escondido por um período prolongado. Compreendia que Lion tinha inimigos poderosos que não hesitaram em tirar-lhe o trono. No entanto, enquanto a tempestade da adversidade persistisse lá fora, aquele quarto seria o refúgio de Lion.As memórias do passado retornaram, lembranças dolorosas que continuavam a assombrá-la. Zúria refletiu sobre sua própria existência como vampira, uma criatura imortal, e imaginou o que aconteceria após os seus 132 anos de vida. Questionava-se se algum dia sua alma encontraria a paz eterna. Se ao menos ela pudesse compartilhar o privilégio de Lion de se transformar apenas quando desejasse.Observando pela janela, Zúria notou que era mais uma noite de lua cheia. Ela desejou ter o controle sobre sua transformação, uma liberdade que, até então, lhe escapava.Lion, o Alfa, reconheceu que havia cometido uma grande ousadia ao confiar a vida daquela criança a uma fe

Zayon estava determinado a aumentar o número de seus seguidores lobisomens. Ele sabia que depender da vila para entregar suas mulheres, não era uma estratégia viável. Sua única opção seria atacar fora da vila e converter pessoas em lobisomens, o que seria mais rápido e eficaz. Após sair de seu quarto, Zayon avistou Sue passando pelo corredor, e ela evitava seu olhar. Ele estava decidido a estabelecer sua autoridade sobre Sue e Dana, deixando claro quem estava no comando agora. — Espere, Sue. — Ele a chamou. Sue parou e perguntou: — Deseja alguma coisa? — Claro que sim, que me trate como o seu macho. Que se curve diante de mim! — Zayon respondeu com ousadia: Ele colocou a mão entre os cabelos de Sue, trazendo seu rosto para perto e a beijou. Mesmo sabendo que Sue não o queria, Zayon encontrava ainda mais prazer na situação. — Esta noite, te quero em meu quarto. — Zayon mordeu o lábio inferior de Sue e a soltou, deixando claro suas intenções .Lilith estava chocada ao flagrar Zayo

Naquele mesmo dia, Dana observou enquanto Zayon reunia os poucos lobisomens que ainda tinham em Sangria. Eles planejavam invadir e converter humanos em lycans, aproveitando a última lua cheia desse ciclo. Dana desejava falar com Sue, mas não teve a oportunidade.— Voltarei e então, será a sua vez! — Zayon acariciou o queixo de Dana, enquanto Radesh a observava de longe e sorria para Lilith.Gustave e mais um dos homens da vila estavam de vigilância em Sangria quando viram os monstros saírem na direção oposta da vila. Sabiam que o sol se poria em poucas horas e que os lycans se transformariam novamente para atacar. Felizmente, eles não pareciam estar indo em direção à sua vila, mas Gustave sabia que naquela noite, várias vidas seriam tomadas por aquela maldição. Ele desejava poder impedi-los de destruir mais pessoas em um mundo que já tinha poucas almas para perder.— Vamos voltar para a vila antes que anoiteça. Anthony precisa saber o que está acontecendo.Gustave e seu companheiro mo

Lion (Alfa) observou enquanto Daniel optou por permanecer na cabana e ajudar Zúria, mesmo que esta não tivesse grande afeição pelo garoto. No entanto, ele notou a preocupação genuína de Daniel pela mulher e sua relutância em deixá-la sozinha.Enquanto caminhava pela região, Lion farejou os animais próximos, mas sua presença ali não estava relacionada à caça. Seu propósito era outro.Ao pular nas águas límpidas do rio, uma sensação de paz o envolveu, embora a tempestade constante de saudade por Eugênia persistisse em seu interior. Mergulhando fundo, seus olhos captaram a silhueta de uma mulher nas águas, distante dele. Ela era uma bela mulher de cabelos negros, e o vestido colado ao corpo revelava suas curvas à medida que emergia da água.A beleza da mulher era inegável, mas algo em Lion fez com que seu instinto de defesa se acendesse. Um alerta urgente tomou conta dele.— Há um lobo esperando por ela entre os arbustos! — Lion exclamou, não podendo ficar impassível diante da ameaça imi