Camila trocou de roupa e optou por um conjunto simples e elegante.Uma blusa branca de gola V com mangas largas combinava com uma calça de cintura alta em tom amarelo-pálido, com uma faixa de cetim amarrada no lado esquerdo, fluindo graciosamente. Era um visual simples, mas estiloso.O garçom os levou até a porta de uma sala mais reservada, onde aguardavam dois seguranças de terno preto.- Mestre Rodrigo. - Cumprimentou um dos seguranças com um aceno de cabeça, abrindo a porta.Dentro da sala, havia um homem de meia-idade sentado à mesa, com mais ou menos cinquenta anos, sua presença impunha respeito sem demonstrar raiva.Aquela presença dele não deixava dúvidas de que era o pai de Rodrigo. Uma família influente como a família Duarte certamente teria altos padrões para uma nora. Ela teria que ser no mínimo uma princesa ou filha de algum magnata.Rodrigo envolveu a cintura de Camila com os braços e a trouxe para perto:- Pai, eu trouxe a sua nora.Camila ficou em silêncio. Sr. Pedro a

- Para você, pode ter sido apenas um acidente. - Rodrigo fixou seu olhar nos olhos dela, com um tom sereno. - Mas não foi para mim.Se ele tivesse considerasse o acontecido apenas um acidente, ele não a teria procurado. Foi aquele acidente que o fez conhecer a mulher que o deixaria louco.Seu corpo, sua beleza. Seu jeito lhe dava saudades.Ele já havia passado por esse ciclo antes, conhecido inúmeras mulheres bonitas, mas nunca havia encontrado uma que despertasse nele um sentimento tão intenso, nem mesmo Cláudia.Rodrigo levantou levemente o queixo dela, seus dedos deslizaram pelos lábios ligeiramente abertos, vermelhos: - Mesmo que Cláudia tenha ficado ao meu lado durante seis anos, eu nunca dormi com ela, porque você é a fonte do meu desejo, não ela.Camila ficou chocada.Ele estava sendo tão vulgar! Estava descontrolado!- Rodrigo, você... Seu beijo era selvagem e feroz, como um incêndio. Uma vez aceso, era difícil apagar as chamas.- Você não se sente assim também? - Rodrigo af

Foi graças à recém adquirida fama que Cláudia foi convidada para o baile.Helena sentia-se orgulhosa por sua filha poder participar de um evento tão grandioso!Miguel se levantou silenciosamente e subiu as escadas. Os ânimos no ambiente abaixaram um pouco.Helea sorriu:- Vou subir para ver seu pai.Helena o seguiu até o quarto e viu que o seu rosto não estava bom. Ela se aproximou e segurou o braço dele: - Querido, o que aconteceu?Miguel afastou sua mão: - Você, como mãe, está permitindo que sua filha se torne esse tipo de pessoa?Helena ficou perplexa com a repreensão: - O que há de errado com Cláudia?- Aqueles designs de joias, eles não são dela, são? Vocês podem enganar os outros, enganar minha mãe, mas não podem me enganar.Miguel conhecia muito bem sua filha.Se aqueles designs de joias fossem de Camila, ele poderia acreditar, ela tinha talento comprovado. Mas dizer que eram de Cláudia, ele simplesmente não conseguia se convencer.Helena se aproximou e o abraçou: - Querido,

- Não é surpresa que muitos jovens ainda não conheçam seu nome hoje em dia.Cláudia ouvia falar dessas coisas desde pequena, através de sua mãe, que havia entrado no mundo do design de joias por causa de sua admiração pelas obras de Dila.O motivo pelo qual ela queria incorporar o estilo gótico era simplesmente para demonstrar que joias de estética obscura tinham tanto charme quanto as retrô.Cláudia mordeu o lábio. Essa maldita Camila, usando uma pessoa falecida para confrontá-la, ela estava claramente com inveja do sucesso de seus designs!- Sim, é verdade, Dila faleceu há muito tempo e eu sou nova nesse meio. É normal eu não ter me lembrado dele. Cláudia simulou uma expressão de arrependimento. Camila arqueou uma sobrancelha:- Isso é curioso. Se você nem conhece Dila, qual é a inspiração dos seus designs góticos?A expressão de Cláudia começou a endurecer. As pessoas ao redor pareciam atraídas pelas palavras de Camila e aguardavam ansiosas pela resposta de Cláudia.As duas sociali

Depois disso se instaurou no ambiente uma desordem completa.- Camila! - Frank se apressou para ajudá-la.Quando ela caiu, acabou derrubando as garrafas e os copos de vinho que estavam na mesa atrás dela. Não apenas seu vestido branco estava tingido de vermelho, como também seu braço fora cortado pelos cacos de vidro.O salão todo se virou para Neusa, lançando olhares acusatórios. Ela ficou parada, um pouco pálida: - Não, não é isso. Eu... eu não queria derrubar ela... Ela mal usou força!- Camila, você está ferida? - Frank ficou alarmado ao ver o corte em seu braço.Frank ficou alarmado ao ver o corte em seu braço.Cláudia, observando de longe, estava radiante. "Embora ela não tenha se machucado gravemente, causar tal escândalo provavelmente será suficiente para expulsá-la."- Estou bem, Frank. - Camila se levantou lentamente, indiferente ao estado deplorável em que se encontrava, e olhou para Neusa, cuja face estava pálida. - Senhorita Neusa, eu tinha a intenção de alertá-la. Sua