Stella sente alguém puxando o seu lençol e, ao se virar, vê a sua amiga Esmeralda deitada ao seu lado, já toda enrolada com a sua cobertura. Ela não entende o que ela está fazendo ali. Stella pega o seu relógio para verificar a hora e o desânimo a encher ao ver que ainda são duas horas da madrugada. Ela pensa que essa capetinha deve ter arrombado a porta e ninguém ouviu. Com certeza, ela ameaçou os seguranças para deixá-la entrar.— Vai me dizer que você foi expulsa de casa e decidiu vir até aqui, acaba com meu sono, e isso? — Stella odeia ser acordada. Dormir é uma arte que poucos apreciam, contudo, Stella não é uma folgada que passa o dia na cama. Ela estava em um sonho tão bom que ficou com vontade de chorar agora.— Quando isso acontecer, trarei todas as minhas coisas para seu quarto, não se preocupe! Meu pai teve uma briga com a namorada de novo, na verdade, agora é ex-namorada. Não suporto aqueles dois discutindo então vir até aqui. — Diz, colocando a coberta em seu rosto.— El

Ela está adormecida, profundamente imersa em seus sonhos, quando ouve um chamado baixinho. Sua mente vagamente reconhece a voz, mas ela não consegue identificar de quem é. Mas esse chamado é suficiente para acordá-la de repente. Ela senta-se na cama, os olhos arregalados, o coração batendo forte como se tivesse acabado de correr uma maratona.Alexandre se assusta com o repentino movimento da filha. Ele olha para ela com uma expressão preocupada, tentando entender o que está acontecendo. — Aconteceu alguma coisa? — Ele observa, esperando uma resposta rápida.— Responda, Stella. — Diz calmamente. — Nenhum problema, pai, apenas sonhos maus! — Diz, percebendo que Esmeralda e os rapazes saíram do quarto.— Está bem, se arrume e desça, pois só falta você para o café da manhã. — Ele diz, se virando para ir embora.— Pai, o senhor viu Esmeralda? — Ele arqueia as sobrancelhas para ela. — Ela não me avisou que estava indo! — Stella sorri para ele, como sempre faz.— Não, não a encontrei indo

Ela chega no hotel onde Aslan está hospedado e fica esperando no carro. Ao vê-lo na porta de saída, ela sente seu ventre contrair, uma sensação que não consegue descrever. Aslan está delicioso e sua aparência é impecável como sempre. Sua barba estilo lenhador o deixa com cara de homem bruto e sedutor. Ela está imersa em seus pensamentos quando é surpreendida pela voz masculina que a tira de seus devaneios. O som é rouco e delicioso de se ouvir, fazendo com que ela se sinta atraída. Ela se vira lentamente para vê-lo, ela sente sua pulsação acelerar.— Um beijo quente por seus pensamentos, o que acha? — Aslan propõe com o seu jeito sedutor.— Pois serão muitos beijos que daremos. — Essa proposta é irresistível para Stella. Sentado no banco do carona ele puxa a nuca dela e afunda os seus dedos nos  cabelos macios e sedosos de Stella.  Tomando os lábios dela num beijo intenso, o ar fica escasso em seus pulmões enquanto eles se beijam fervorosamente

Os dias passam lentamente para ela e, durante esse tempo, dedica-se inteiramente à universidade, tornando-se uma pessoa mais caseira e introspectiva. Seus amigos, Esmeralda e Fillipo, fazem frequentes visitas, este último permanecendo por causa da boate e dela. A sua aparência intimidadora afasta a maioria das pessoas, mas quando estão sozinhos, ele se mostra atencioso e preocupado com o ambiente em que estão. Parece quase um irmão mais velho, sempre muito protetor.Ela está agora em seu quarto, se preparando para dormir, bastante exausta após semanas cansativas. A corrida das colinas se aproxima e, para ela, será um desafio bastante intenso. Nos últimos dias, ela tem feito testes com o seu carro, buscando ajustá-lo para o grande dia. Sabe que a competição não será fácil, mas tem foco e determinação para ser a primeira mulher a sair vitoriosa. Assim, enquanto se deita na cama, fecha os olhos e visualiza a corrida, buscando se preparar mentalmente para tudo que virá pela frente.Stella

Stella, impaciente, decide ir ao terraço ver a lua. Isso a deixará mais calma. Então, ela caminha lentamente até as escadas e sobe. Porém, ela não imaginaria que encontraria ele de costas para ela, admirando a paisagem negra à sua frente.— É tudo tão bonito! Principalmente em lua cheia. O ar fica diferente, cheio de mistérios. — Ela fala, o assustando.— Verdade! O que faz aqui? — Ele pergunta-lhe, dando as costas novamente.— Estou sem sono, então decidi vir até aqui tomar ar fresco. — Responde. — Seu pai pode brigar por estar aqui fora! — Ele fala, sua voz parece carregada de gelo.— Antes de vir, passei no quarto dele; ele apenas me disse que não impediria! — Ela fala. — Porém, tenho quase certeza que ele sabe sobre nós. Você, sendo amigo dele, deve ser difícil digerir essa história. — Sim, deve ser muito difícil para ele, assim como para mim. — Sua expressão é serena, enquanto permanece olhando a escuridão ao redor. <