ETHANQuando eu vi Kate pela primeira vez, foi em um arquivo na tela do meu computador. Eu tinha acabado de sair das forças especiais e o que eu menos queria na vida, naquele momento, era voltar a trabalhar com o meu pai. Não me leve a mal, a vida inteira eu sonhei em trabalhar na Hamilton Security. Desde muito novo eu acompanhava meu pai em suas reuniões. Passava o dia inteiro vagando pela empresa, conhecendo pessoas e aprendendo coisas novas. Eu me capacitei para isso e toda a minha formação foi voltada para a área de segurança. Eu falo vários idiomas, sou bom em computação, desde muito jovem aprendi tudo que há pra saber sobre armas e pratiquei em uma infinidade delas. O período em que atuei nas forças especiais foi apenas a cereja do bolo. Lá, eu coloquei em prática tudo aquilo que eu ainda não havia conseguido fazer pela HS e aprendi outras tantas coisas que você só aprende em locais como esse. Bem antes de deixar a empresa da família e ir para as forças especiais, eu e o meu p

KATEDomingo, 25 de agosto de 2013- Vai dar tudo certo.- Está tão na cara assim? – eu pergunto a Ethan quando paramos o carro em frente à casa dos seus pais – É a terceira vez desde que comecei a me arrumar que você me diz essa frase. Então eu devo supor que eu estou visivelmente nervosa.- Não visivelmente, mas eu conheço você bem o suficiente para saber que esse silêncio não é normal.- Você está certo. Eu estou um pouco nervosa.- Do que você tem medo exatamente?- Do seu pai. Eu temo que ele não goste de mim.- Mas você já o conheceu na noite passada.- Sim. Mas não nessas circunstâncias e depois do que você me contou... sobre ele esperar que você se case com outra pessoa.Ethan segurou minha mão e a levou aos lábios. Em seguida acariciou com seu polegar o local recém-beijado – Eu não devia ter falado isso pra você. Não teria feito se soubesse que a deixaria assim. Isso foi há bastante tempo. Eu acredito que ele não tem mais essa esperança, mas mesmo que tenha, o que ele pensa o

Segunda-feira, 26 de Agosto de 2013 Eu estava acordado desde as quatro horas da manhã, embora meu corpo estivesse cansado, minha mente não parava de trabalhar. Eu estava um pouco assustado com a maneira como vinha reagindo à Kate nas últimas semanas. Pois, mesmo depois daquele nosso primeiro beijo em Las Vegas, eu mantive um autocontrole impecável, embora deva confessar que muitas foram as vezes em que eu me masturbei depois de passar uma noite inteira fazendo a sua segurança ou apenas em vê-la na casa do seu pai, no hotel ou na casa do seu irmão. Meu corpo simplesmente a desejava já há muito tempo, mas diante dela eu sempre mantive um autocontrole aparente. Agora é como se tivessem feito um pequeno buraco na represa e ela de repente estourou. Meus sentimentos em relação à Kate estão em ascendência incontrolável e o meu desejo por ela idem. Eu estive assistindo-a dormir por horas e eu não me cansei disso. Eu passaria o dia inteiro assim se pudesse, observando e mentalizand

ETHAN Eu sabia que, uma vez que Samanta fosse embora, conviver com Jake seria um inferno. Mas eu não estava preparado para assistir a cena que eu presenciei na noite seguinte. Eu deixei Kate em seu apartamento e subi para o meu escritório na cobertura. A casa estava silenciosa e eu imaginei que ele estivesse dormindo. Mas um barulho vindo do escritório me disse que eu estava errado. Eu oscilei, em dúvida se eu deveria seguir para o meu escritório e deixá-lo sozinho ou se eu deveria ver se ele estava bem. Normalmente eu o teria deixado sozinho. Não queria interromper nada nem invadir sua privacidade. Mas a maneira como ele estava quando o peguei no escritório hoje me dizia que eu deveria manter um olho nele. Quando dei por mim, eu já estava parado na porta do escritório olhando para o Grenn curvado com os cotovelos sobre a mesa e as mãos enterradas em seus cabelos, ao lado de uma garrafa de Whisky pela metade. A porta estava escancarada, mesmo assim eu bati na p

Após deixar todos na GE eu parti em direção à HS. Inacreditavelmente, o cartão de acesso que eu tinha há anos me permitiu acesso irrestrito e então eu percebi que quase nada havia mudado por aqui nos últimos anos. Desde o prédio até o esquema de segurança. Eu também me dei conta de quanto tempo eu não venho aqui. Eu me dirigi para o último andar do prédio, onde costumava ser o escritório do meu pai e lá estava do mesmo jeito, eu passei por algumas pessoas conhecidas, poucas, e passei por um monte de gente desconhecida, mas ninguém me parou. Ninguém perguntou aonde eu ia e nem me pediu identificação. Ao sair do elevador no último andar, as portas duplas de vidro se abriram assim que eu me aproximei delas e, pra ser honesto, eu quase me encolhi com o olhar da recepcionista sobre mim. Pra enfatizar sua admiração, ela ainda deslizou a língua sobre os lábios, finalizando com uma mordida canto direito do lábio inferior.- Bom dia, Senhor. (ênfase na última palavra) O que eu posso fazer por