Apesar de não gostar da afirmação de Scott, dei de ombros ainda sentindo o toque quente de seus dedos em minha mão. Encaramos uma fila de quase três metros e depois de alguns minutos acabamos entrando no estabelecimento grande. O show que haveria ali na verdade era a apresentação de um DJ, então música eletrônica já ressoava por todo canto, as luzes piscavam no mesmo ritmo acelerado e as pessoas já dançavam na pista, fazendo com que a temperatura do lugar estivesse bem alta.Sem esperar, saí caminhando entre os corpos, guiando Scott que andava atrás de mim. Chegamos no bar com dificuldade, mas chegamos, e quando nos acomodamos em banquetas fixas no chão de linóleo, separamos nossos dedos, para minha insatisfação, e pedi duas doses de uísque. Inevitavelmente, amava a bebida porque era o que costumava roubar dos armários escondidos do papai, então o paladar já estava acostumado, e o corpo também.— Acho que já encontrei quem queria — sussurrei um tanto alto no ouvido do loiro e ele

→ Alguns anos antes.Fazer parte da Família era sinônimo de ter segredos.Você não podia sair por aí gritando aos quatro ventos que era membro de uma Organização que fazia coisas fora das leis para criar um ciclo de sua própria visão de justiça.Abrir a boca, seja para qualquer pessoa que não fosse membro, era um risco enorme. Não só porque podíamos levantar suspeitas, mas porque a pessoa que soubesse sobre nós e permanecesse viva poderia muito bem não continuar respirando por tanto tempo. Mas isso não era algo tão relevante no momento. Não é como se tivéssemos aberto a boca para alguém, agora, quanto aos segredos, é, cada um tinha os seus também. Scott, por exemplo, estava abrindo a porta de um loft bonito e distante, localizado na direção oposta da mansão, há quilômetros de distância do nosso lar.Entrei observando atentamente cada canto do lugar assim que ele acendeu a luz. O bom gosto da decoração não me surpreendeu, Scott era muito bom com isso, assim como Marisa. Os tons do

Eu mal estava preocupada com o fato de estar sem roupa em sua frente. Foi como se nós dois tivéssemos mesmo nos desligado do mundo para aproveitar aquele momento. E nem foi tão difícil.Ele tirou os sapatos e as meias dos pés, arrancou a calça ficando apenas de cueca e com a gravata clara ainda no pescoço, e então voltou até mim.— Ainda não me beijou — sussurrei rindo.Por mais que agora já sabia que seus lábios eram deliciosos, ainda não tinha sentido o sabor deles, e eu queria, queria vê-lo desejando o mesmo que eu.— Por medo, talvez.— Medo de quê? — Franzi o cenho.— Você não sabe? Estudos científicos comprovam que beijos podem ser viciantes. Eles liberam adrenalina, oxitocina, endorfinas, testosterona e estrógenos — falou como um perfeito nerd, me fazendo rolar os olhos. — Se eu já estou terrivelmente excitado sem nem ter te beijado, tenho medo de beijar e ficar viciado em uma coisa que não posso ter com frequência.Não evitei um riso frouxo. Então não íamos nos beijar, era iss

→ Alguns anos antes.Eu nunca havia sido pega daquela forma, e o mais engraçado era que eu sentia certo medo mas estava terrivelmente excitada.Minhas mãos ainda estavam bem amarradas pela gravata, e minha posição ainda era a mesma, só que agora também tinha um tecido cobrindo meus olhos, me privando de ver qualquer coisa e eu sentia o colchão se afundando ao meu redor. Scott estava em pé sobre ele, foi o que consegui constatar.Já havia visto algo parecido em alguns vídeos pornôs, e a questão é que as mulheres pareciam ter que ser bem fortes para aguentar todo o membro as invadindo naquele ângulo, era como se o homem conseguisse se sentar sobre elas. Parecia entrar tudo, até o fim, e esse era meu principal receio. Recebê-lo por completo quando eu não recebia ninguém há algum tempo.— Se eu te machucar, ou se não estiver gostando, não hesite em falar a palavra de segurança — avisou.Contudo, antes que eu abrisse a boca para protestar, fui calada com a ardência e o tesão.Foi muito r

Elevei o tronco o suficiente para esticar meu braço e puxar o de Scott, o fazendo soltar meu tornozelo. O homem caiu em cima de mim apoiando as mãos no colchão para sustentar o peso do corpo grande.Seus olhos azuis brilharam em excitação, e sim, eu estava disposta a fazer qualquer coisa para tê-lo só pra mim. Eu o queria e isso era incontestável, e o queria de forma exclusiva. Não ia repartir aquele corpo delicioso com mais nenhuma outra mulher.— Você vai me enlouquecer se continuar com isso. Era para ser só uma noite…— Sério? Começou a contar desde o dia que eu te fiz o boquete ou desde hoje?Ele riu, umedecendo os lábios.— Afiada como sempre.— Afiada e pronta para receber seu pau! — Entrelacei minhas pernas em sua cintura sentindo o membro me tocar. — Pode ser normal agora, mas depois eu te mostro que não é o único que sabe o que fazer e como fazer.Sem esperar que novamente uma conversa se iniciasse, puxei ele pela nuca e o beijei fervorosamente, deslizando a mão livre por s