Em uma das favelas mais conhecidas da cidade com codinome de Rocinha, foi nascido e criado Júlio, mais conhecido na comunidade como Julinho, menino esperto e astuto, sempre ativo, alto, negro, nariz afinado, traços delicados, cabelo encaracolado e lábios carnudos, tinha traços mestiços pois sua mãe na adolescência se envolveu com o filho do seu patrão, homem rico e bem sucedido, quando descobriram que a sua mãe estava grávida lhe expulsaram da casa e a ameaçaram que se voltasse a procurar aquela família, iria amanhecer morta. Assim, Julinho nunca teve pai e foi criado somente pela sua mãe Joana e sua avó materna, ele ajudava os moradores locais e se comunicava com todos da favela, quando criança gostava de empinar pipa e jogar bola no campinho do morro, sempre ajudava a sua mãe com as tarefas domésticas, lavava suas roupas, lavava os pratos e varria toda a pequena casa que tinha apenas dois quartos e um banheiro e ainda ia para a escola, sua mãe nunca estava em casa pois trabalhava co

Júlio passa na casa de Maria Isabel as 19 horas como combinado e ela foge pelos fundos apesar de ser filmada pelas câmeras, os seguranças não conseguem alcançá-la, quando sobe na garupa da moto do amado e os dois saem o mais rápido possível. Júlio então leva a garota para uma festa na comunidade que mora, no morro da Rocinha, chegando ao local, onde tem muita comida churrasco de linguiça, cerveja e música funk nas alturas, pessoas rindo, se divertindo, Maria Isabel conhece Joana mãe de Júlio, que abraça e a menina e diz como ela é bonita, a mãe sente-se incomodada ao saber que a garota mora na zona sul e teme pelo relacionamento dos dois, Júlio pergunta a Maria Isabel se ela está gostando e ela responde: estou gostando muito, nunca vi gente tão animada. Os dois trocam carícias e se abraçam na frente de todos.No decorrer da festa Júlio oferece uma bebida para Isabel, que aceita, os dois conversam e em meio a risos eles se beijam, Júlio então sugere que os dois se dirijam até a sua cas

No dia seguinte, Júlio recebe a visita do advogado de buiu Esperando para ver o que o advogado iria lhe dizer Júlio é avisado pelos carcereiros o que tem um advogado à sua espera, ao entrar na sala Júlio se depara com um homem branco de cabelos pretos lisos paletó e gravata um óculos preto com lentes brancas, Homem Sério olhou para Júlio e disse: então você é o famoso Julinho? Deu risada, não se preocupe eu vou te ajudar, quer dizer que lhe pegaram com 300 g de pó isso é fichinha para mim você sabe com quem eu ando e com quem eu lido, buiu é meu chefe há muito tempo, se ele mandou lhe tirar daqui é isso que vou fazer.Júlio respondeu: quero muito sair daqui, o poder dormir acordar na minha casa ao lado da minha família nem que para isso custe a minha vida.O advogado então lhe disse: amanhã você estará em casa.Júlio então voltou para sua cela porém muito apreensivo com o que estava para acontecer com a sua vida, agora mais do que nunca não tinha esperanças de uma vida melhor, estava

Júlio tinha acabado de acordar e mandou uma mensagem para Maria Isabel:Gata, hoje não vai da pra beijar essa boca gostosa, vou sair com uns manos;Ela responde: Como assim ? Vai preferir sair com os amigos do que me ver ?Ele: hoje não vai da amor, deixa para amanhã, seu pai não tá na marcação hoje ?Ela: está, mas queria ficar com você.Ele: fica de boa, amanhã vou te fazer uma surpresa.Ela: tá bom bebezinho, espero que não se arrependa depois, tchau.Ele: tchau.Júlio dentro do seu quarto, nervoso, ansioso e pensando em tudo que poderia acontecer em um assalto, era perigoso, se tomasse um tiro ? Se ele se ferisse ? Se morresse ? Se alguém o desvendasse ? Se não conseguissem pegar as joias? Era muito arriscado, em contra partida pensava no dinheiro e tudo que poderia fazer com ele, poderia consertar sua moto que estava dando defeito diariamente, poderia até reformar a cozinha de sua mãe, comprar uma geladeira nova e fazer a alegria da sua coroa, poderia até comprar uma pulseira par

Júlio ocupando aquele lugar no morro como bandido, com uma arma na mão sente seguro, Pensa na sua mãe, pensa em Maria Isabel começa a relembrar sua infância e lembra de quando era moleque.Lembra de quando ainda era pequeno e perguntava a sua mãe pelo seu pai e ela lhe dizia Que ele não tinha pai, que ela era pai e mãe, isso causava nele uma sensação de abandono, outros meninos tinham pai e ele não.Saía de casa sozinho de farda que era fornecida pela prefeitura e com a mochila nas costas indo em direção à escola, chegando lá, gostava de brincar, gostava da professora mas gostava mais da hora da merenda, Quando se aproximava do Dia dos Pais sentia-se sozinho todos os outros meninos levavam presentes para os seus pais e ele ficava no canto da sala sem participar das atividades, saia da escola e passava no campinho de futebol, via os meninos maiores jogando bola, se sentia excluído pois nunca conseguia ganhar dos outros meninos no futebol.Quando os donos do morro chegavam no campinho,