Thea não tinha outra opção senão desembolsar o dinheiro e encerrar o assunto. Já que o dinheiro não era originalmente dela, a moça não se sentiu tão mal por deixá-lo ir. Gladys se acalmou quando viu que sua filha havia cedido à insistência.— Obrigada, Thea. — Virando-se para David, a matriarca foi severa: — A partir de hoje, você não pode sair de casa sem a minha permissão. — — Sim, senhora. — David sabia que não tinha escolha a não ser concordar. Após a discussão acalorada, Thea decidiu que o melhor caminho a seguir era pagar as dívidas de seu irmão. Naquele momento, no entanto, uma batida veio da porta e interrompeu seus pensamentos. — Atenda a porta, Benjamin! — Gladys disse ao marido. Benjamin obedeceu. Aguardando na entrada havia um homem e uma mulher, os dois em trajes típicos de trabalho em escritório. O patriarca olhou para eles e perguntou: — Posso ajudar? — — Thea Callahan se encontra? — O homem perguntou. — Quem deseja saber? — O homem respondeu: — Bom

Os Callahan se encontravam na pior situação possível, então tinham que pensar em uma maneira de resolver o problema. Deixando o empréstimo de David com o agiota de lado, eles ainda teriam que devolver o que deviam aos Xenos, o mais rápido possível. Thea tinha uma boa quantia na conta da empresa para sacar, mas ainda era pouco em relação ao que devia. Podiam vender a mansão que o Dragão Negro lhe dera de presente, ou entregá-la como pagamento, mas talvez ainda faltasse dinheiro, porque a quantidade transferida pelos Xenos foi ridícula de tão alta. Afinal, onde diabos ela poderia conseguir tanto? A moça vagou sem rumo e, antes que percebesse, chegou à entrada da Majestic. Ela queria se encontrar com o misterioso senhor Caden. Havia rumores de que ele estivera nas Planícies do Sul, lutando contra lutadores de elite na Montanha do Trovão, e que se encontrara cercado por um exército inteiro. Alguns diziam que o Dragão Negro conseguira sair vivo, mas outros acreditavam que ele morrera no

Thea não tinha outra opção, então reconheceu que o único que poderia tirá-la daquela situação era Zavier. Assim, as duas moças o esperaram no restaurante. O rapaz apareceu o mais rápido que pôde, como sempre, muito bonito e charmoso. Exagerado, vestia um terno de grife e um relógio caríssimo. Entrando no lugar, ele cumprimentou as duas mulheres: — Olá, Thea. Ei, Quincy! — Thea se levantou e o respondeu: — Senhor Watson! — Quincy permaneceu sentada, então apenas deu a ele um pequeno sorriso. Ela apontou para uma cadeira vazia ao lado de Thea e disse: — Sente-se ali, Zavier. — Thea se sentou de novo, agora com Zavier ao lado. A moça tomou algum cuidado para manter distância do rapaz. O ricaço encarou a moça e perguntou, com um sorriso encantador: — A propósito, onde está seu marido, James? — — Ele está em uma viagem de negócios. — — É mesmo? — Zavier deu de ombros enquanto ainda sorria. Ele sabia da identidade de James. O marido de Thea era o dono da Majestic e e

Os Watson há muito planejaram aquilo. Todos aqueles anos, eles só conduziram negócios legais e nunca se envolveram em negócios escusos com todo o poder que podiam. Aquela, no entanto, era oportunidade perfeita. A família queria um fantoche, e Maximus era o candidato perfeito. Como seria inapropriado para o resto dos Watson se mostrarem, Zavier era o rapaz certo para o trabalho. O herdeiro acenou com desdém, recusando o entretenimento das mulheres em roupas reveladoras. Ele olhou para Maximus e disse: — Ouvi dizer que o irmão de Thea Callahan, David, te deve uma fortuna. — — Sim, senhor Watson. Os Callahan têm algo a ver com você? — — Não, mas eu gostaria que você aplicasse pressão sobre eles. É melhor se você puder até sequestrar David, para que os seus familiares entrem em pânico ainda mais. Sinta-se à vontade para fazer o que quiser. Contanto que as coisas não fiquem fora de controle, os Watson vão encobrir isso para você. — — Entendido. — Maximus assentiu. Zavier tin

A nação reservou dez minutos de silêncio para homenagear o Dragão Negro, o Deus da Guerra. Depois de informar a imprensa sobre as circunstâncias da morte do homem, Levi mandou os repórteres saírem da região, afinal, o que ele se via prestes a fazer em seguida não era adequado para programas de televisão e podia acarretar críticas. O tenente entrou no consulado geral, encontrando-se com os enviados das vinte e oito nações, que chegaram lá para as negociações diplomáticas. Depois que Levi foi direto ao ponto e falou com voz firme: — De acordo com as práticas internacionais, vocês terão que pagar um resgate por cada prisioneiro de guerra. Os valores estariam acordados pelas normas internacionais, como bem sabem. No entanto, como vocês mataram nosso comandante em chefe, aumentaremos o valor em dez vezes. Solicitamos que vocês paguem agora mesmo. Caso contrário, os cativos serão executados neste instante. — Levi revelou suas demandas, enquanto, enfurecidos, os enviados se levantaram.