Alguns anos depois..."Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida".Todos cantavam em volta de uma mesa, onde havia um pequeno bolo de aniversário. O aniversariante era um lindo e esguio rapaz, que estava completando vinte e um anos. Noah Caetano parecia a cópia de Oliver, quando mais jovem.— Obrigado a todos pela surpresa, eu não esperava por isso. — Dizia agradecido.Ele havia acabado de chegar do trabalho no escritório de engenharia, e encontrou todos seus familiares em casa, prontos para lhe felicitar.— Meu amor, achou mesmo que deixaríamos esse dia tão especial passar em branco? — Aurora abraçava o filho, o enchendo de beijos.— Obrigado mãe. — Ele a beijou. — Todos aqui, muito obrigado mesmo.Também estavam na casa, além dos irmãos gêmeos, Alice e o namorado, Saulo, Denise e as filhas, Elisa e Eloá.— Acha que a surpresa acaba aqui? — Oliver se aproximou do filho, passando o braço em volta do ombro dele.— Não precisa de mais nada, só por t

Ao entrar em seu quarto, Oliver encontrou a esposa se vestindo para dormir. Ela o observou entrar em silêncio.— Hoje foi um dia tão maravilhoso, amor, que nem tenho palavras para descrevê-lo.— Que bom que gostou, eu também achei que tudo foi perfeito.— Achei que o Noah e a Elisa iriam demorar na rua, mas voltaram tão cedo… aqueles dois formam um casal tão lindo.— Eu também achei muto estranho a volta deles tão cedo. — Respondeu sério. — Me pergunto se aconteceu algo no caminho.— Como assim? — Ela perguntou preocupada.— O Noah chegou diferente, não sei se você conseguiu perceber.— Não, eu não notei. Por acaso você foi conversar com ele?— Sim, eu vim do quarto dele agora.— Ele disse algo estranho, que te deixou preocupado? — Ele me perguntou sobre as festa da vila, e sobre eu ter feito alguma comemoração quando descobrir que ele chegaria.Aurora ficou em silêncio por um tempo, assimilando o que acabou de ouvir.— E o que você disse?— Eu disse que comemorei. Então ele me pergu

O rapaz respirava ofegante, como se acabasse de correr por quilômetros de distância.— Noah, se acalma, vamos conversar lá dentro com calma. — Oliver respondeu ao filho com paciência.— Como pôde me esconder todo esse tempo algo tão importante como isso? — Eu não escondi de você, só estava esperando o momento certo para contar toda a verdade.— E quando seria esse momento? — Perguntou indignado. — Quando? — Gritou.Oliver olhou para a esposa que estava paralisada, vendo os dois conversando.— Vamos entrar e lá dentro conversamos sobre tudo isso, tudo bem? Me espera no escritório que já estou indo. — Disse para o filho, indo em direção à esposa. — Vem, você também precisa se acalmar. — Falou a Aurora, a acompanhando para dentro da casa.Noah entrou na casa, indo direto para o escritório, enquanto Oliver levou a esposa até a cozinha e a serviu um copo de água.— Eu te disse que ele veria esses papéis. — Aurora falava, enquanto bebia um gole de água. — Você percebeu que ele me ignorou q

O rapaz se despediu da moça, saindo dali com o coração triste, mas sabendo que em breve estaria de volta. Ele se sentiu mais leve em colocar para fora as suas futuras intenções. Voltando para a casa de praia, onde seus pais não estavam mais, pegou a sua pequena mala, que havia trazido para passar a semana na capital, colocou no porta-malas do carro e saiu dali, com um destino em seu GPS.A cidade para o qual se dirigia se chamava, Ponta dos Milagres, localizada há mais de dois mil quilômetros da fazenda. A cidade era pequena, com menos de 15 mil habitantes, então achou que seria fácil e rápido descobrir quem conhecia alguém da família de Liana. Por mais que pudesse pegar um avião para pousar numa cidade mais próxima, ele resolveu fazer o trajeto de carro. Mesmo que fosse uma viagem longa, de muitas horas, a ideia de estar na estrada lhe empolgava, ele amava apreciar a vista e conhecer lugares diferentes, então essa viagem de última hora faria muito bem para a sua mente. A estrada era

Deixando o homem na recepção, Noah foi para o seu quarto, onde pegou o celular para ligar para o pai, que não parava de ligar e mandar mensagens, desde que ele saiu de casa.— Oi, pai. — Que bom que me ligou filho, eu já estava começando a ficar preocupado.— Mandei mensagem dizendo para não se preocuparem, eu sei me cuidar.— Sei que sabe, nunca duvidei disso, estou apenas preocupado porque você está num lugar desconhecido e esse seu carro pode chamar a atenção de pessoas com más intenções. — Sei. Realmente ele chama muito a atenção, mas estou atento.— A sua mãe está sentindo muito a sua falta, eu pedi que você conversasse com ela aquele dia, para que não ficasse nenhum mal-entendido entre vocês, por que não conversaram?— Vou conversar com ela não se preocupe, só preciso de um tempo para mim. O senhor me entende um pouco?— Quero entender… — A última coisa que queria era arrumar confusão com o filho. — Como estão as coisas por aí? Mesmo que não quisesse saber nada, sobre assunto