Elliot Garden  Sinceramente eu não sabia o que dizer, sério. Primeiramente minha vontade era de rir, cara, ela sempre tão afiada tinha medo de ir em um circo?  As contas não batiam.  Mas quando eu vi o rosto dela eu acreditei, ela não estava com medo, estava apavorada!  Então segurei a risada, e lembrei que as pessoas até adoeciam de medo.  Medo não se discutia, cada qual tem o seu, eu por exemplo não tenho medo, eu tenho pavor daquele ser tóxico, que sobrevive à bomba nuclear  chamado barata, me arrepiava só de pensar, mas nunca contaria a ela meu medo, seria zoado até a eternidade.  Então fiquei preocupado, um pouco de nada, mas fiquei.  Então resolvi colocar ela no carro e agora estamos rodando a cidade sem rumo. — Você está bem? — devagar, alternando meus olhos entre ela e as ruas da cidade. — Eu pareço bem? —ela fala baixo, mas sua voz transborda de raiva. Contenho a risada.  — Não, com certeza não — olho para ela que está me encarando com o olhar afiado — Mas quis ser
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