Narrado por Eva Solis: Acordei antes do alarme, como de costume, e me levantei da cama com uma sensação de ansiedade no peito. As novas regras e o peso do casamento ainda estavam frescos em minha mente. Havia algo de desolador na grandeza silenciosa da mansão Dasílis. A casa parecia uma espécie de labirinto de luxo e solidão, e eu me sentia uma intrusa, lutando para encontrar meu lugar. Depois de me vestir, comecei a arrumar o cômodo, tentando me distrair e manter alguma sensação de controle. Cada movimento era automático, quase como um ritual. Enquanto organizava as almofadas e endireitava os cortinados, me sentia um pouco mais no controle de minhas emoções, mas a inquietação não desaparecia. Desci as escadas e, ao me aproximar da sala de jantar, notei a mesa posta com pratos, xícaras e um pequeno buffet de alimentos. No entanto, ao chegar mais perto, percebi que tudo estava vazio, a refeição tinha sido servida e depois removida. A sensação de vazio que a mesa refletia parecia uma

Narrado por Eva Solis: O reencontro com Aquiles Ramão havia sido como uma facada em um momento de vulnerabilidade. A lembrança de seu olhar de surpresa e desdém ainda martelava em minha mente. Ele era o pai da minha filha, mas, para mim, também representava um capítulo de um passado que eu preferiria esquecer. Caminhei pela mansão, tentando manter uma fachada de normalidade, mas a inquietação estava constantemente à espreita. O espaço que deveria ser um lar agora parecia uma prisão. Eu sabia que precisava sair e encontrar Fátima e Isabela para tentar pensar em uma solução para tirar as duas da mansão Dasílis e começar a planejar nossos próximos passos. Enquanto andava, sentindo a brisa fria da tarde, fui abruptamente cercada por Aquiles Ramão. Seus olhos tinham uma expressão de frieza e determinação, e eu sabia imediatamente que a situação não era boa. Aquiles com uma voz firme e autoritária — Ezra, eu não estou aqui para brincadeiras. Entre no carro. Eu me senti congelada no lug

Narrado por Eva Sollis:A mesa de jantar estava iluminada apenas pela luz suave dos candelabros que pendiam sobre nós, lançando sombras dançantes nas paredes da sala. O ambiente era formal e impessoal, um contraste marcante com o tumulto de pensamentos que eu carregava. O aroma dos pratos requintados que estavam à minha frente parecia estar em desacordo com a sensação de inquietude que eu sentia.Mason estava sentado à minha frente, a sua presença era tão imponente quanto desconcertante. Ele era um homem de feições severas e expressão austera, e cada movimento que fazia parecia calculado e deliberado. Sua aparência e o fato de ele ser meu novo marido me faziam sentir um desconforto profundo. Eu não conseguia deixar de pensar em como Ezra havia me colocado nessa situação absurda.A maneira como ele me observou com Isabela nos braços hoje a tarde, será que notou algo? Não. Ele não parece ser um homem que deixa as coisas para depois. A cada garfada que eu dava, tentava imaginar um modo

Narrado por Eva Sollis:Após o momento tão íntimo, eu finalmente consegui encontrar algum alívio no banho quente que tomei. A água morna deslizava pela minha pele, lavando não apenas a sujeira física, mas também um pouco do caos emocional que me consume. No entanto, a sensação de desconforto e vergonha não desaparecia facilmente.A madrugada foi marcada por um misto de sentimentos confusos e desorientadores. Mason e eu havíamos passado algum tempo juntos no jantar, mas a tensão entre nós era palpável. Cada palavra e gesto parecia carregado de uma intenção que eu mal conseguia decifrar. Havia uma estranha mistura de desdém e desejo nas suas palavras, e a ideia de ser manipulada em um casamento forçado deixava uma marca indelével em minha mente.Mas a culpa veio, eu me senti a pior das mulheres por ter gostado, por ter aceitado estar com ele, por senti o meu corpo responder aos instintos de prazer daquela maneira. Adormeci com dificuldade, o sono vindo em pequenos fragmentos perturbados

Narrado por Eva Solis:Eu julgava que seria incapaz de haver um pouco de tranquilidade na mansão Dasílis, e eu me dediquei a preparar o almoço com as funcionárias da casa. A cozinha estava quente e acolhedora, e o aroma dos alimentos parecia oferecer um breve alívio para a dor e a ansiedade que me atormentavam. Enquanto mexia nas panelas e preparava cada prato com cuidado, fui envolvida por uma sensação de nostalgia que me transportava para tempos mais simples e felizes.Lembrei-me da minha infância, das férias em Nova Iorque com minha avó, e como ela me acolheu com amor e compreensão, mesmo quando eu estava grávida. A lembrança de seu apoio incondicional contrastava fortemente com a indiferença de meu pai, que me virou as costas quando eu mais precisei. Enquanto cozinhava, permiti-me um momento de tranquilidade, um espaço temporário onde eu poderia esquecer, mesmo que por um breve instante, os problemas que me cercavam.Após o almoço, que preparei com tanto carinho, sentei-me com as f