Por quê?                           PRÓLOGO. Madrugada. 02h23mO Som dos saltos extremamente altos ecoavam pelo piso do escuro estacionamento. O sexto ou sétimo cigarro aceso daquela noite entre os dedos delicados eram levados aos lábios pintados de vermelho Sangue. Naquela noite de quinta feira, como já era de praxe, Mabel Fontana passou de todos os seus limites.Ela cambaleou quase tropeçando sobre seus saltos e rindo sozinha. Por um instante quase deixou a bituca do cigarro cair, está que já no fim, estava prestes a queimar os seus dedos. Uma última tragada e a fumaça enfeitou o breu da noite numa mistura de preto e branco.— Mabel...Ela paralisou, não podia acreditar que

                           The back Nervoso, esfregou as mãos entre os fios ruivos pela sétima ou oitava vez desde que chegou a empresa. Sobre a mesa de seu escritório papéis com gráficos e documentos completamente espalhados. Oliver havia assumido seu lugar de direito na indústria farmacêutica da família e a cada dia que se passava ele percebia o quanto odiava aquele cargo. Ele havia se tornado o Diretor executivo de Produção, Responsável não só por acompanhar e avaliar os resultados da produção e seus lucros, Como também por planejar, organizar e controlar as atividades de fabricação dos produtos da empresa, formulando e recomendando políticas e programas de produção. Era cansativo e ridiculamente estressante.Mas o que poderia fazer afinal? Havia escolhido isso para si. Se sentia frustrado, ficar enfurnado dentro de uma sala atrás de u

               Unexpected visit– Senhor Santiago? Sua caixa de entrada está demasiado cheia, permita-me que exclua alguns dos seu e-mails – Disse Valéria, a secretária de Oliver, já se inclinando para que pudesse ver quais email-s lhe eram descartáveis.No primeiro momento Oliver não lhe deu nenhuma atenção, concentrado nos inúmeros e costumeiros papéis espalhados pela mesa, tentando Salvar o patrimônio que lhe é tanto querido. A que ponto chegaram, precisar de ajuda do governo e prefeituras para que pudessem vender o material de Farma, tendo que produzir e vender, além de transportar, medicamentos de qualidades sublimes por um preço muito abaixo do mercado.Optando por empresas de pequeno porte para, a pontapés, manter a indústria de pé. Mas Oliver não desistiria,havia perd

A chave do carro que rodopiava no dedo indicador do homem, parou a sua rotação de 360° graus. A força com a qual Robert interrompeu o movimento e parou o objeto de imediato, foi o primeiro indício claro de que ele não tinha gostado nem um pouco daquela surpresa. A porta grande se fechou em um barulho suave atrás dele, mas o torpor e a confusão de sentimentos que tinham em sua cabeça, claramente eram muito mais altos do que aquela pequena tranca encostando no batente.Talvez seus olhos de tom verde escuro tenham focado rápido demais em uma das figuras acomodadas em seu sofá, fazendo assim com que os outros dois homens desaparecessem por um instante de suas vistas.Ele demorou a se recuperar do baque, mas assim que o fez, ele os cumpriment

Mabel desliza a escova pelos seus cabelos castanhos, enquanto gotas de água escorrem pelas pontas. Robert, concentrado no notebook, revisa documentos cruciais para a construção do hospital, os olhos fixos na tela, absorvendo cada detalhe. O silêncio é preenchido apenas pelo suave som da escova encontrando os fios molhados e pelo leve clique dos dedos de Robert no teclado.Até que Mabel decide quebrar esse silêncio, fazendo a pergunta que perpetuava seus pensamentos desde o encontro com os homens Santiago.— Afinal, o que eles queriam ?Seus olhos refletem uma mistura de curiosidade e preocupação enquanto ela espera a resposta de Robert, que pausa seus afazeres no notebook para encontrar o olhar dela.Robert suspirou, desviando o olhar por um momento antes de revelar a verdade. — Parece que os Santiago estão enfrentando dificuldades financeiras. Eles pediram minha ajuda para salvar a empresa da falência. — Ele pausa, avaliando a expressão de Mabel.Os olhos de Mabel se arregalaram li