Capítulo 1

Eva Mendez

Eu me lembro quando eu comecei aqui na HVB a maior perfumaria de Guadalajara, eu era tão rebelde, e por rebeldia eu quase perco a casa em que eu vivia com a minha abuela.

Sabe os ditos populares, me diga com quem andas e eu direi quem és! Quem anda com porcos farelos comem.

Eu me encaixa nisso tudo aí, no ato da minha máxima rebeldia eu quebrei uma vidraça, não qualquer vidraça, era a filial da HVB. O juiz não levou em conta que eu era de menor, mas já faltava um mês para fazer dezoito.

Eu iria ser presa e minha abuela perderia a casa, então ele surgiu, Alejandro o mais prejudicado e que viu aí um jeito de me mudar fez que a minha pena virasse trabalho.

Então eu comecei a trabalhar servindo café, depois arrumando arquivos, até que a Dulce se aposentou, eu estava estudando para ser secretária. Ele me deu essa chance eu virei secretária direta do próprio Alejandro!

Sempre suspirei por ele, sabe quando você vê uma pessoa e já toca uma música imaginaria, ou então parece que tem um estádio em dia de jogo no seu estômago. Não pelos barulhos mas as reviravoltas que dá.

Mas Alejandro sempre foi apaixonado, obcecado é a palavra para definir a relação dele por sua esposa. Paola Vilas boa, a mesma parece que nunca o valorizou completamente maluca.

Oras quem sou eu para julgar, Paola ama o primo de Alejandro, Juan Carlos Herrera Gutiérrez, só o nome desse homem me faz tremer não de um jeito bom.

Nunca gostei dele, ele é ou era diretor de marca na HVB, depois de tudo acho que ele não volta mais eles não voltam na verdade.

—Evita marque um jantar para dois na Lá-Paz para hoje e encomende flores – volto a mim com a voz que me faz arrepiar não importa quantas vezes eu a ouça.

—Claro chefe —ele sorri e revira os olhos não gosta do modo profissional que eu o trato. Se ele soubesse que eu quero tratá-lo de um jeito bem íntimo. Com um nó na garganta eu faço o que me pede, não sabe o quanto me dói.

Não pelas mulheres, não elas são agora meros objetos descartáveis para ele, até porquê ele ainda ama ela. Aproveito que ele deixou a porta aberta e me dedico a minha melhor visão de todos os dias.

—Eva o que há com você? —me assusto —estou lhe chamando a uns belos minutos, algo com dona Estefânia?

—Não Alejandro, não é nada disso só estou um pouco cansada —minto, ele pode ser um verdadeiro cafajeste mas tem uma preocupação nata comigo e com a minha vó, minha abuela anda doente e Alejandro paga a maioria dos remédios.

—Se quiser aquelas férias —e ficar longe dele, não iria conseguir, nem pensar além do mais aqui não cansa de fato!

—Deixe para quando abuela estiver melhor – ele dá de ombros

—Certo, então aquela visita a produção está marcada para quando?

—Bem é hoje no último horário —Ele faz uma cara de desgosto, ele só fica ainda mais lindo, se concentra Eva!

—Certo.. Certo, você me acompanhará Eva – decreta, eu já contava com isso ele e impossível, se não ele não seria Alejandro Herrera vilas boa.

—Como sempre —visitas a linha de produção era obrigação a cada uma vez no mês, ele tinha que ver de perto os procedimentos da perfumaria, adorava ver aquilo eu sabia, não julgava eu também adorava aquele lugar e o cheiro bom que tinha ali.

—Vou me trancar na sala de vídeo conferência peça a Bel do café para me trazer um em meia hora —engoli a minha raiva, cretino eu sabia bem o que ele fazia com a Bel, assanhada do cafezinho. Meia hora o tempo exato para ele falar com um dos fornecedores e dar tempo para ele da uma foda rápida com aquela oferecida.

—Certo, o senhor que manda —ele sorri lindamente me mostrando aquela fileira perfeita, se vai me deixa curtindo a minha raiva.

Dou o tempo que ele pediu, a mas que pena que a Bel não poderá levar o café dele, não hoje a Bel está ocupada, e é assim que permanecerá

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