CAPÍTULO 6

VICTOR BLADE

Eu esperava ter irmãos mais confidentes e menos falantes. Já basta a irritação que sinto por causa do efeito que ela causa em mim e para piorar ela nunca se transformou, isso não se defere de um adulto estar apaixonado por uma criança. Criança que nem a puberdade chegou, minha vida tá uma merda.

— Mãe você sabia que o Victor achou sua companheira

— Meu filho, que bom. Quando vai trazer ela pra cá?

— Assim que eu conseguir ficar dois segundos com ela sem que ela passe mal. — resmunguei.

— Mãe você deveria ter visto, eu nunca achei que ia viver para conhecer uma loba não assumida.

— Quer dizer que ela só reconhecerá o Victor como seu companheiro depois da sua primeira transformação — Concluiu meu pai.

— Quem são os pais dela? — Pergunta minha mãe. 

— Ela é sobrinha  do seu beta pai.

— Ela só pode ser a filha do Jiraya.

— Mãe você devia ter visto ela quando a garçonete falou Alfa para o Vitor ela disse que essa cidade é de dementes. 

— E quando o ele perguntou o que ela queria para comer ela disse que queria ele carbonizado e Jack internado.

Meu pai e minha mãe caíram na gargalhada, minha mãe chamou Maria a governanta da casa para contar a boa nova. Não suportando essa situação me levantei da mesa e saí. Não que eu esteja chateado com eles, só que é cansativo. A ideia de sair da minha zona de repouso para conquistar um coração indomável e ainda correr riscos de ser rejeitado me assusta. Subi no telhado do meu quarto e fico encarando as estrelas.

— Victor. — Não respondo, simplesmente continuo olhando as estrelas, como se estivesse mesmo interessado. Eu só estou tentando não pensar. — Não leve a mal seus irmãos!

— Não estou chateado com eles. De um modo ou de outro vocês saberiam. — Respiro fundo, meu pai acende um maço de cigarro e se senta do meu lado. — Ser Alfa é uma grande responsabilidade para mim, tudo que faço e deixo de fazer se refletirá na forma que governaram esse país. A ideia de não conseguir alcançar suas expectativas ou ser rejeitado me assusta e perturba. E se eu não for bom o suficiente para...

— Não a glória sem riscos. Você não pode desejar que tudo venha de bandeja. A vida só tem graça se acrescentamos nela desafios e metas. Então não tema, encare isso de frente e lembre, você sempre terá sua família de seu lado.

NICOLLE ANTAKE

Eu gostaria de ter dormido como acordei. Tive sonhos estranhos envolvendo lobos e para piorar a queimação no meu peito. E no momento que ele me tocou, senti como se algo pudesse rasgar minha pele e se curvar. Algo dentro de mim queima e chora por liberdade e atenção. Eu não gosto disso, não gosto de me sentir submissa. Seja qual demônio que esteja no meu corpo, sai nesse instante que esse corpo não te pertence. Tomo um banho para acordar visto uma calça jeans e uma camisa branca, calço meu tênis e desço para o café

Depois do café da manhã, Jack se responsabilizou para me acompanhar à faculdade já que estamos na mesma universidade. Quando entrei na minha sala reparei que muitos olhavam para mim de uma forma que não consegui compreender, eu simplesmente ignorei e fui me sentar na penúltima carteira. Depois de alguns minutos o Docente chegou e deu aulas de história ele começou a falar sobre alcatéias, lobos, Alfa Supremo e sobre esse país antes que ele aprofundar a história eu levantei a mão e perguntei. 

— Por que estão falando sobre lendas. Todo mundo sabe que lobisomens não existem. — disse e toda turma me olhou incrédula. — vejo que não és daqui a verdade é que você tem muito a descobrir sobre si ainda. As tuas dúvidas serão esclarecidas ao decorrer do tempo... continuando com a aula

Ele voltou a falar sobre o país e ele perguntou quem conhece o nome do Supremo. Uma menina de olhos azuis e pele clara respondeu 

— Chama-se Ricardo Blade 

— e o Alfa — Falei em um sussurro para zombar com eles eu é não sou doida para acreditar em lendas vou fazer melhor pedir transferência 

— Victor Blade — Respondeu a menina olhando para mim, tenho a sensação que todos ouviram o que eu disse. 

— Desculpa, mas não vai dar, eu vim me formar em Arqueologia não em fantasia. — Disse me levantando e saindo da sala. Fui ficar lá fora no caminho vi uma menina de cabelos violetas ela estava implicando com uma garota.

— Você não passa de uma novata aqui e Luísa. — diz a menina de cabelos violetas.

— Isso não é problema seu. — Responde a  garota

— Sendo ou não Você me deve respeito. E não quero ver você falando com o Victor. — Fala a de cabelos violetas.

— Não devo nada a Você é eu falo com quem eu quiser Mia. — Brada Eluisa.

— Isso é o que veremos. — diz a tal Mia quando levanta a mão para a dar um tapa e eu corro e seguro seu braço.

— Que coisa feia Miazinha bater nos outros só por que não te respeitam olha que eu também não respeitaria uma vadia como você. — Digo é naquele momento toca o sinal   fazendo com que encha nos corredores e que as pessoas reparei na nossa briga.

— Como ousa me insultar sua puta.

— Se eu estivesse no seu lugar retiraria o que disse agora. — Brado já ficando irritada não gosto que me insultem.

— E se eu disser não. — Fala Mia eu aperto seu braço e dou-lhe o soco no rosto. — Sua estúpida. — Essa menina não aprende mesmo ela tenta me dar um tapa e seguro a sua mãe vejo os olhos dela mudarem de cor e suas unhas crescerem. — Agora você vai ver. — ela se solta de mim sobe para cima de mim.

— Não tenho medo de aberração não minha filha. — Digo chutado seu estômago para ela se afastar depois vou para cima dela e dou três socos levanto ela pelo cabelo e a faço olhar pra mim. — Escuta aqui Você nunca mais vai se meter comigo ou a Eluisa se não eu tiro seu cabelo escutou barbie.

— Vai se ferrar. — Diz Mia tentado se levantar para me dar um tapa eu esquivo seu tapa e dou dois seguidos até que alguém vem por trás e me segura pela cintura me fazendo soltar a Mia e ela se levanta para me bater quando Jack a segura. Seja quem for que está me segurando, está fazendo meu corpo arder como se estivesse para entrar em combustão.

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