Foi nesse momento, que interrompi Sara, pois precisava entender o que estava ouvindo.
Essa invasão de privacidade, o espaço em um momento íntimo invadido me deixava em dúvida se o que ocorria é um excesso de zelo ou realmente de controle.
Fosse qualquer um dos dois motivos, o incômodo logo se tornava visível.
- Carla, você por acaso esté me escutando? - Ela disse impaciente. - Eu tinha dezenove anos e isso não parou até meus vinte e oito.
O humor da Detenta 682, começou a mudar sutilmente.
Recordar tais situações lhe causavam irritabilidade e eu não podia arriscar que ela se negasse a falar mais sobre o cotidiano que tinha com a mãe.
- Qual era o nome da sua mãe? - Perguntei.
- Regina. - Arfou cansada.
...
"Não adiantava pedir. Eu chegava do trabalho sempre as dezenove horas, implorando por um