- Você ainda não dormiu. - Sua voz soava um pouco rouca, mas ainda assim magnética.
Ela hesitou, cerrando os dentes.
- Quem disse que eu não dormi? Eu estava dormindo.
Ele ficou em silêncio por um momento, e então falou suavemente:
- Sua luz ainda está acesa.
Alicia se levantou abruptamente e foi até a janela. Ela viu um carro preto estacionado do lado de fora.
Lá está ele, de postura ereta e esguia, vestindo um sobretudo cinza-marrom. A luz da rua refletia nele, revelando um ar de solidão.
Alicia esfregou as têmporas, sentindo uma leve dor de cabeça.
- Rodrigo, você precisa de algo?
- Não. - Ele levantou o olhar para a janela. - Só estava passando por aqui.
Alicia sorriu.
- Sua casa fica longe daqui, por que estaria passando por aqui? Sr. Rodrigo, essa desculpa é muito forçada.
- O Duque de Riggs mandou alguém procurar você.
Rodrigo tirou um maço de cigarros do bolso e acendeu um.
Alicia estreitou os olhos.
- Como você sabe?
Ele segurou o cigarro nas mãos, mas não o coloca na boca.
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