Júlio Mendonça
Quando eu ouvi aquele choro começar, a minha vontade foi sacar a arma e matar esses dois desgraçados, a casa obviamente não era apropriada para receber uma criança, tinha cocaína na mesa de centro, copos vermelhos - de restos das festa - pelo chão, televisão no futebol, típica casa de viciados, mas mandei tudo isso para o inferno quando corri até as escadas.
Só ouvi barulho de armas sendo destravadas e por Deus! Eu espero que tenham sido a minha família.
Paro em frente a porta de onde vem o choro, respiro por alguns segundos antes de abrir a porta com o pé, o quarto está vazio, a não ser pela princesinha, Lia está deitada de costas para a porta, em posição fetal, o único movimento que ela faz é quando tenta controlar o choro mas não consegue, ando até ela, me sentando no chão