Meus sentimentos difíceis

Capítulo 4

Marina

Depois desses olhares da minha mãe me senti ainda pior pelo que estou sentindo por Henrique...

Terminei de jantar o pouco que coloquei no prato, e fui pra cozinha lavar a louça, logo senti alguns passos atrás de mim me virei achando ser minha mãe e era Henrique.

-Nina, posso falar com você?

-Claro, fala o que quer?

-Porque está assim tão grosseira comigo?

-Não, eu estou normal, o que precisa fale...

Ele respira fundo pelo que conheço sei que esta irritado.

-Bom só vim te falar, que a Letícia vai pro acampamento e espero que esteja tudo bem pra você.

-Como se você se importasse.

Falei baixo mas ele ouviu.

-De onde você tirou que eu não me importo com você?

Sinto minhas maçãs do rosto queimar, e quando não me viro para ele, ele me puxa pelo braço perco o equilíbrio, ele me segura pela cintura e fico tão próxima dele que me falta o ar, nesse momento tive uma certeza eu preciso ir embora daqui.

Seu cheiro estava fazendo cócegas nas minhas narinas.

Me puxo dele quando volto a mim por um segundo, e bato contra a pia, nesse instante minha mãe entra.

-O que está acontecendo aqui?

-Nada Henrique veio me avisar que a Letícia vai no acampamento mesmo sabendo que ninguém gosta dela.

-Hummm entendi, mas está tudo bem?

-Esta sim, o Henrique vai terminar a louça combinei de ligar pro meu pai estou atrasada já!

Saio e deixo os dois ali, minha mãe me conhece bem demais ela está vendo que tem algo errado, espero que não entenda o que é...

Ligo umas cinco vezes e meu pai não atende, então envio uma mensagem.

"Pai preciso falar com você urgente me ligue assim que puder"

Ligo a tv assisto algo aleatório, nem presto atenção no que está passando, então vou arrumar as coisas pra levar pro acampamento.

Arrumo duas mochilas com roupas e coisas necessárias, barraca e sacos de dormir arrumo amanhã estão na garagem, separo dois maiôs é suficiente, roupa quente para a noite repelente emfim arrumei tudo...

Sento na cama e começo a dedilhar meu violão e tocar uma música brasileira que gosto muito!

"Que eu posso tentar te esquecer,

Mas você sempre será

A onda que me arrasta

Que me leva pro teu mar

Me perco nos teus olhos

E mergulho sem pensar

Se voltarei

Posso tentar te esquecer

Mas você sempre será

A onda que me arrasta

Que me leva pro teu mar..."

E da Marjorie Estiano sou apaixonada por ela.

Olho na porta e minha mãe estava ali me olhando.

-Você canta tão bem filha...

-Não é nada demais mamãe, só um hobby.

-Você tem a voz de um anjo.

Sorrio pra ela, esperando que ela me fale algo mas ela não fala, só apenas me olha por um tempo...

-Mãe você está bem?

-Sim, tudo bem, falou com seu pai?

-Ele não atendeu devia estar ocupado...

-É devia mesmo filha.

-Eu vou a farmácia você quer algo para amanhã?

-Não, mãe, tenho repelente e também tenho protetor...

-Algum remédio ou outra coisa?

-Não mãe obrigada.

-Está bem então, o Felipe está indo comigo e com o Robert, o Henrique ta no quarto, qualquer coisa me liga se lembrar de algo.

-Ta bom mamãe eu vou tomar um banho e deitar já.

-Esta bem filha.

Ela beija minha testa e sorri e sai do quarto, pego meu pijama a toalha e vou tomar banho tomo meu banho cantarolando as musicas que gosto e cria uma névoa com o vapor do banjo quente, me seco me enrolo na toalha e ligo o secador abri um pouco a porta para o vapor sair e continuo secando meu cabelo, estava quase finalizando quando a porta se abriu e me assustei.

-Desculpa vi a porta aberta achei que a cantora já tinha saído.

-Cala a boca Henrique e sai daqui.

Ele sai dando risada, sempre me provoca com essa história de cantora, tranco a porta e respiro fundo porque tudo tem que ser tão difícil assim...

As vezes me arrependo de ter juntado minha mãe e o Robert, e ai me sinto péssima, pois antes minha mãe nunca tinha sido tão feliz como é hoje, e me sinto uma péssima filha, esses dilemas morais acabam com minha sanidade.

Me visto e vou pro meu quarto a porta do quarto dele estava aberto ele estava deitado sem camiseta, passo rapidamente pro meu quarto não tenho mais cabeça pra isso hoje.

Tomo meus remédios pra ansiedade e me jogo na cama esperando que o sono venha logo e assim aconteceu...

Acordo assustada de mais um dos meus pesadelos e o sol já se fazia presente no meu quarto, me sento deixo a alma voltar para o meu corpo, me espreguiço e levanto, pego minha roupa de corrida me troco vou ao banheiro escovo meus dentes amarro meu cabelo e vou tomar meu pré treino.

-Bom dia filha.

-Bom dia tio, só você acordado?

-Sim sua mãe tá com bastante sono, mandei ela descansar mais, eu vou trabalhar de casa hoje, os meninos ainda não desceram.

-Entendi, bom Tio vou correr volto logo.

Engulo o copo que preparei enquanto falava com o Robert, coloquei meus fones e sai caminhando e logo estava correndo fazendo meu caminho de todos os dias.

Ao som de Felipe Dylon, Broz, Marjorie Estiano, Ana Carolina, super eclética e todos brasileiros, internacional mesmo minha paixão é Avril Lavigne....

Assim que faço meu trajeto repetidamente volto pra casa suada vou pela porta de trás na área da piscina e tomo banho no banheiro da piscina, e já fico por ali mesmo tomando um sol não queria entrar me deparar com Henrique hoje não estou com cabeça pois já sei que vai ser um final de semana daqueles...

-Caiu da cama?

-Oi Lipe eu acordo cedo todo dia, diferente de você!

-Aiii magoei.

Ele coloca a mão sentido no coração fazendo charme.

-Viu vamos separar as coisas não quero sair muito tarde daqui, no maximo umas quatro da tarde.

-Pega no meu guarda roupa na parte dos biquínis uma saida de piscina cumprida que eu te ajudo seu mala.

Ele sobe até meu quarto e trás vamos pra garagem e começamos a mexer nas caixas para achar tudo que íamos precisar, fogareiro, barracas, saco de dormir entre outras coisas...

Já era hora do almoço quando carregamos a caminhonete.

-Venham comer a Valéria mandou chamar.

-Você estava aqui o tempo todo e não veio ajudar Hique?

-Vocês não me chamaram não quis atrapalhar...

Felipe ameaça correr atrás dele ele sorri e meu Deus que sorriso, reviro os olhos da palhaçada dos dois e sigo eles para dentro almoçamos, e o resto da tarde foi ajeitando tudo, perto das quatro a nojinho chegou, não olhei na cara dela, e logo Celina chegou, vi os olhos do Lipe brilharem ao ver ela eu queria que os dois se entendessem antes de eu ir embora ia ficar feliz com um cuidando do outro.

Nos despedimos do Robert e da minha mãe ao som da buzina de Tomás.

-Estou ansiosa para ficarmos juntinhos gatinho!

A nojinho fala baixo, mas alto suficiente para que eu ouvisse atrás, Deus me ajude a aguentar esse fim de semana...

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