Cidade Y, Mansão da família Moreira. Enrico recebeu a ligação de Duarte, e o nervosismo tomou conta dele. Enrico perguntou: — Você não disse que essa questão seria resolvida quando você voltasse? Duarte respondeu friamente: — Eu quero que a Lorena fique mais tranquila. Já que precisamos fazer o aborto de Naiara, por que não hoje? Já mandei o médico particular para buscar a Naiara. Se lembre, você deve acompanhar tudo e garantir que ela entre na sala de cirurgia. A voz de Duarte não deixava espaço para discussões, e isso deixou Enrico profundamente desapontado. Mal havia terminado a ligação com Duarte, o médico particular chegou, dizendo que estava ali por ordem de Duarte para levar Naiara ao hospital. Enrico não teve escolha, teve que manter a calma e disse ao médico: — Eu sei, podem esperar lá fora. Vou tentar conversar com ela. Com isso, Enrico se apressou em direção ao quarto de Naiara. Assim que entrou, falou: — Naiara, precisamos ir agora! Vou te levar. O c
Então, o médico particular mais uma vez insistiu:— Srta. Naiara, se a senhora não colaborar um pouco, seremos obrigados a levá-la à força para o hospital.Nesse momento, o olhar de Enrico se tornou ameaçador.No segundo seguinte, com o som de um tiro, o médico particular caiu no chão, com a bala cravada no meio da testa.Naiara, assustada com a cena à sua frente, logo depois, sorriu alegremente:— Enrico, eu sabia que não tinha me enganado ao te seguir! Vamos, vamos entregar à polícia as provas que você tem sobre os crimes de Duarte, e enviar tudo por carta anônima! Assim, ele estará acabado! E a família Moreira será toda nossa!...Enquanto isso, Lorena já havia sido resgatada por Ademir e Joaquim.Sentada no carro, não muito distante da entrada da Mansão da família Moreira, Lorena claramente havia ouvido o som do tiro.Lorena sabia que, depois daquele disparo, Enrico não teria mais volta.A razão pela qual não havia ido embora na noite anterior era porque, se tivesse ido, Enrico ime
Nesse momento, Natacha entrou na sala, falando com frieza: — O Sr. Teodoro está falando a verdade. Irmão, admita a sua culpa! Duarte de repente pareceu entender o que estava acontecendo, olhando para Natacha, e depois voltou os olhos para Domingos. Ele pensou sobre o fato de Ademir ser o médico responsável de Domingos, mas nunca ter aparecido quando Domingos estava em estado crítico, o que lhe pareceu extremamente estranho. Duarte olhou para Natacha, seu olhar vermelho de raiva: — Foi uma armadilha de vocês... Natacha, eu sou seu irmão, eu sou seu irmão de sangue! Ao final, Duarte gritou com força! Natacha sentiu os olhos arderem, quase não conseguindo segurar as lágrimas, mas resistiu. Ela disse: — Irmão, o Domingos ainda está aqui. Não queremos que a criança veja você tão desesperado, não é? O olhar de Duarte se voltou lentamente para Domingos. O garoto já estava sentado na cama, com os olhos claros e calmos. Era como se Domingos já soubesse qual seria o fim de se
Finalmente, o carro parou à beira-mar. Quando Duarte arrastou Domingos para fora, perguntou em voz baixa: — Você não tem medo de morrer? Porque, ao longo de todo o caminho, Domingos manteve uma calma impressionante, nem ao menos chorou, algo completamente incomum para uma criança. Domingos ainda estava sendo mantido sob a mira da arma de seu pai, mas respondeu: — Eu acredito que o papai não vai me machucar. O coração de Duarte estremeceu naquele instante, e até sua mão que segurava a arma tremeu junto. Duarte sabia que ao redor havia policiais de elite, e sabia também que inúmeras armas estavam apontadas para ele. Natacha desceu do carro de polícia e, ao ver que Duarte já havia se retirado para a praia, gritou, chorando: — Irmão, você vai levar o Domingos para a morte também? Ele tem apenas sete anos! Duarte olhou furioso para Natacha, e com a voz exaltada respondeu: — Quando ele me ajudou a me enganar, não parecia ter sete anos! Natacha, em total desespero, gri
Natacha estava um pouco surpresa, mas logo a luz em seus olhos se apagou:— Tantas balas disparadas contra o mar, tanta sangue, meu irmão não deve ter chance de estar vivo.Ademir disse:— A polícia ainda está procurando por ele, Natacha, não seja tão pessimista.Na verdade, eles não queriam que Duarte morresse. Eles apenas acreditavam que, se Duarte fosse para a prisão, ele finalmente deixaria Lorena em paz. Mas não tinham realmente a esperança de que Duarte morresse. Mesmo assim, Ademir achava que, se contasse isso a Natacha, ela pensaria que eles eram falsos.Nesse momento, Teodoro também apareceu.Teodoro se dirigiu a Natacha:— Não se preocupe, nossa equipe ainda está em busca dele. Enquanto houver uma mínima chance, não vamos desistir. Pelo menos, encontrá-lo e saber que ele ainda está vivo é melhor do que não encontrar nada, certo?Natacha acenou com a cabeça e, de forma desanimada, disse:— Então, agradeço a vocês.Em seguida, Teodoro se voltou para Ademir e disse:— Você
- Sra. Camargo, parece que o Sr. Joaquim não vai voltar esta noite. Que tal você ir dormir primeiro? – Sugeriu Dora, com gentileza, olhando para a luz ainda acesa no quarto.Um traço de decepção cruzou os olhos de Natacha Gonçalves.Naquele momento, o som do motor do carro ecoou no quintal.Natacha, sem sequer colocar os chinelos, correu para a janela para dar uma olhada.Era realmente o carro esportivo prateado de Joaquim Camargo que entrava na garagem.Ela respirou fundo e olhou para o seu conjunto de lingerie sexy, seu coração batendo de forma descontrolada como um tambor.Dois anos de casamento, ele sempre dormia no quarto de hóspedes e nunca tocou ela.Natacha sabia que o casamento deles foi arranjado pelo avô Paulo e não era a vontade de Joaquim.Mas já se passaram dois anos, eles não podiam continuar assim para sempre, certo?Será que Joaquim achava que ela era apenas uma universitária sem diploma, que não sabia de nada?Será que ele achava que ela era muito passiva?Com esses p
Joaquim já havia perdido completamente a razão.Não se sabia se foi a comida ou a bebida que estava batizada na festa naquele dia.Naquele momento, ele era impulsionado pelo desejo, incapaz de controlar seus sentimentos.Ao tocar a mulher macia e perfumada na cama.Seu desejo explodiu num instante como uma flecha disparada.A inocência e o choro impotente dela simplesmente enlouqueceram ele!Uma hora inteira se passou.O homem finalmente estava satisfeito e adormeceu.Natacha se sentiu como se todo o seu corpo tivesse sido esmagado até os ossos.Ela se levantou com dor, se vestiu às pressas e saiu do quarto às pressas.Entrou apressadamente no elevador e acabou esbarrando em uma jovem mulher.- Desculpe. – Murmurou Natacha.Ela estava pálida, entrou rapidamente no elevador e apertou o botão de fechar a porta.Rafaela Costa saiu do elevador e imediatamente olhou para trás.Ela não podia acreditar que estava vendo Natacha pela fresta do elevador.Aquela não era a esposa de Joaquim? A mul
Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer: - Você precisa me ouvir, ontem eu... - Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo: - Então, você quer dizer que... O divórcio?Joaquim concordou com calma: - Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que