— Morreu com noventa anos? Meu Deus! Tudo nesse caso é estranho. — Disse Marina, largando os braços no colo, em rendição.
— Vocês saberão a verdade e, por ter visto sua entrevista é que resolvi quebrar o sigilo. A decisão de fazer algo só no centenário da morte dos Corvecchio caberá a você, Alberto. Particularmente, acho que deve continuar seu projeto e acabar logo com isso. Todos os envolvidos merecem descansar em paz.
— Você a trouxe? Posso ver?
— Sim. — Disse abrindo uma pasta de couro marrom e retirando um envelope grosso, pardo e envelhecido. Minhas mãos tremiam ao segurar o envelope. Nelas havia um segredo guardado há tanto tempo, que mudou a vida de todos os envolvidos, inclusive a minha.
— Espero que saiba dar valor a essas páginas, Alberto.
— Você as leu? Sabe o que tem aqui?