Capítulo 7

Luiza Ramos 

Ele me beijou! Como assim ele me beijou? Por que isso está me afetando?

Respirei fundo antes de sair do elevador. Assim que saio dou de cara com atendente que me dá um sorrisinho meio debochada, sai do prédio as presas, não porque estava atrasada, mas porque não sabia o que fazer, fui até a cafeteria onde iria fazer a entrevista de emprego, pedi um café expresso e fiquei esperando o horário me sentei próximo a algumas garotas começaram a falar entre si em voz alta:

- É ela - uma das meninas, ela era loira mais nova que eu pouca coisa.

- É ELA SIM - a outra gritou. Olhei para trás. Será que tinha alguma celebridade aqui e foi nesse exato minuto que as três garotas pararam na minha frente.

- Você é a nova queridinha, eu vi a sua foto no fogo no parquinho - a menina loira falou toda eufórica

- Acho que vocês estão me confundindo com outra pessoa -falei me levantando. 

- É você sim, você é a namorada do Leon Sangrend é verdade que você está grávida ele é realmente fofo como ele é nas entrevistas? - a menina ruiva me perguntou. Eu olhei para saída e vejo um relógio em cima da porta e confirmando que falta poucos minutos para mim entrevista eu não posso simplesmente fugir. Respirei fundo não sei quantas vezes, mas eu tinha que responder alguma coisa não podia simplesmente sair fugindo. - Vocês não deveriam acreditar em tudo que lê na internet principalmente nesses sites de fofocas - falei tentando sair de perto delas, mas parecia que tinham aparecido mais a cada segundo, outra garota se aproximou.

- Então você é mesmo nova queridinha - ela falou gritando e neste momento o gerente apareceu.

-LUIZA RAMOS - o gerente me chamou e tentei sai do meio delas com dificuldade até chega próximo a dele.

Ele me deixou entra na sala dele, onde ele leu o meu currículo e perguntou se eu poderia fazer um teste e claro que aceitei, mas quando voltei para o salão ele estava cheio de fotógrafos.

Edgar um dos fotógrafos pergunta meu nome tirando fotos, estava meio sem entender, o que eu podia fazer? para onde ir? como sair daqui? o gerente me ajudou me levando até o fundo e claro não consegui o emprego.

Corri o máximo que pode, alguns fotógrafos me seguiram então cheguei no ponto de ônibus peguei um ônibus, mas claro que não peguei o ônibus certo, subi no primeiro que eu vi alguns fotógrafos me seguiram então eu fiquei desviando o caminho até conseguir chegar em casa.

Estou frustrada, com raiva, então fui direto para o banho, precisava relaxar tentar esquecer de tudo que passou naquele dia, naquele momento, e com toda certeza do mundo eu não saberia viver com uma vida dessa.

Peguei meu celular depois que tomei um banho e vi que tinha várias mensagens, alguns e-mails um dos e-mails me chamou bastante atenção, já tem alguns meses que eu venho tentando um trabalho na Mendel, e nem acreditei quando lê quem eles iriam faz entrevista de emprego em dois dias, trabalha lá seria um sonho pelo menos alguma coisa boa nessa tempestade, olhei as mensagens que tinha no meu celular algumas eram da dona Maria e várias da Gabi

Mensagens dona Maria

"Oi Lu sei que não está fácil, mas você sabe que não está sozinha " 

"Você quer que eu faça uma sopinha?" 

"Lu por favor não se tranque para o mundo seu pai não ia gostar disso"

Dona Maria sempre foi uma fofa eu até achava que ela ia acabar namorando com meu pai sabe, mas eles sempre foram amigos. Resolvi mandar uma mensagem rápida.

"Não se preocupe e obrigada, mas vou fazer uma comidinha rápida eu preciso desse tempo"

 Mensagens da Gabi

"E aí amiga como foi a entrevista?" 

"Já arrumei as suas caixas eu sei que você tá meio sem tempo" 

"Luiza que história é essa de você ser a nova queridinha?" 

" Sério por que você não falou nada?" 

" É verdade que você tá namorando aquele gato que foi para o velório do seu pai?" 

" POR QUE VOCÊ NÃO ME FALOU QUE ESTÁ NAMORANDO????????" 

" Luiza Ramos que tipo de amiga você se tornou"

Eu olhei para aquelas mensagens por um tempo sem saber o que responder, eu não podia nem desmentir r nem confirmar, eu não sei, facilitaria muito a minha vida aceita está proposta, eu não tenho nada a perder, mas ao mesmo tempo não sei se é o certo a fazer, fiquei por um tempo olhando o celular e resolvi responder.

"A entrevista foi horrível, tradução continuo desempregada, muito obrigada eu realmente estou precisando das minhas coisas principalmente das minhas roupas e sobre essa história a gente pode conversar pessoalmente eu não queria falar por telefone é muita coisa para falar e você nem sabe a minha vida está de cabeça para baixo, em tão pouco tempo eu não tive como te falar nada. "

Me levanto do sofá parei até a cozinha preparar o jantar, e tentar me esquecer dessa história de nova queridinha do bilionário, eu preciso de um tempo para mim mesma.

Nesse exato momento a campainha tocou é assim que abre a porta a porta, dou de cara com León parado na minha frente com um sorriso de lado e sinceramente queria fechar a porta na cara dele, mas não faço.

-Eu vim em missão de paz trouxe um bom vinho e uma pizza - ele falou e da passagem para ele entrar. - Eu soube do que aconteceu, vou pedi para marcar uma coletiva amanhã para falar toda a verdade - ele começou a falar, mas o interrompe porque isso me fez lembrar de uma coisa eu quero saber a verdade.

- Léon me fala a verdade, por que você precisa que eu seja a sua noiva de aluguel? -  Perguntei, mas ele não me respondeu, só foi entrando, colocou a pizza na mesa de centro e sentou no tapete.

- Senta aqui se não a pizza vai esfriar - ele falou, respire fundo e fui até a cozinha peguei duas taças de vinho e um saca-rolha sabia que está conversar e a ser longa sentei ao seu lado e ele colocou um pouquinho de vinho para mim e para ele. - Só te peço que não conte isso para ninguém, eu sei que posso confiar em você - ele falou olhando nos meus olhos e sorriu para mim.

-Certo eu não vou falar nada - ele continua olhando nos meus olhos e pareceu respirar fundo.

- já tem um bom tempo que o meu pai vem com essa história de casamento e sempre consegui  desviar o assunto, d  ele deixava passar, mas dessa vez foi diferente ele deixou bem claro que se eu não me casar em apenas três meses  ele vai me deserdar, eu até condigo vive sem herança eu tenho o meu emprego e mesmo se não eu tenho força para trabalhar,  não me importo de perder meus carros minha casa só que se eu perder tudo, eu também vou perder o Miguel. Meu pai me deu duas opções de esposa, você e a Bela Peralta, ela é filha de um dos amigos dele e eu não gosto dela e sei que ela só está interessada no dinheiro, mas se eu me casar com ela eu também vou perder o Miguel...

- Miguel - falei me lembrando que o médico falou este nome - você estava lá no hospital por conta dele quando nos conhecemos quem é ele? -  Eu pergunto e vejo seus olhos brilharem e ele sorri antes de começar a falar.

- Ele é um anjo que entrou na minha vida, ele é filho de um dos meus melhores amigos de infância, infelizmente o meu amigo faleceu a uns meses e me deixou como guardião do Miguel, ele é um guerreiro ele tem apenas cinco anos, mas é muito inteligente ele ama desenhar ele sabe todos os desenhos de cor - ele sorria e seus olhos se iluminavam quando ele falava do filho, porque mesmo não falando com essas palavras era isso que o Miguel era filho dele. - Ele tá com câncer na medula óssea, eu não sou compatível e mesmo tendo tanto dinheiro não posso salvar quem eu amo, mas também sei que sem dinheiro é que eu não vou conseguir mesmo salvar, o meu pequeno, por isso Luiza que eu preciso da sua ajuda por isso que eu não posso perder meu dinheiro não é porque eu sou um Playboy mimado que não sabe viver de emprego é porque a vida do Miguel está em jogo e a guarda dele também - me senti levando uma facada no estômago.

- Mas por que o seu pai quer tanto que você se case? - perguntei tomando um pouco do vinho.

- Você se lembra que me chamou de gay hoje? - Ele falou e acento tentando não ficar vermelha de vergonha.

- Meu pai acha a mesma coisa, só que não me diz com palavras, e o maior medo dele é suja a reputação da família, ele é muito preconceituoso.  Ele quer controlar cada passo da minha vida, mesmo sendo ausente nela. A única coisa que tenho certeza é que não quero ser como ele, quero ser presente na vida do Miguel e da Amy, como era o seu pai? - ele me perguntou bebendo um pouco de vinho. -Desculpa Luíza eu só...

- Tudo bem León, meu pai era incrível  ele me criou praticamente sozinho, mas sempre estava lá, nos concertos de piano, de balé, nas apresentações das escolas, nos bailes, nos dias difíceis, aniversários, ele sempre esteve comigo, meu pai era superprotetor me lembro que foi assistir a tutorial  na internet para me ensinar a usar absorvente, o que era menstruação ele me ensinou sobre essas coisas, era um pouco estranho, mas ele sempre fez  o melhor que ele podia, eu me lembro de quando eu era criança tinha uns 4 ou 5 anos por aí veio um coleguinha para dormir na minha casa estava brincando no Jardim quando  ele colocou o pinto para fora eu fiquei horrorizada nunca tinha visto aquilo na minha vida e perguntei para o meu pai que ele está fazendo xixi com aquilo ele olhou para mim com uma cara  assustada, mas respirou fundo antes de me explicar que  meninas tinham borboleta e meninos tinham um pintinho e que os pintinhos não podia entrar na borboleta por que doía muito e sangrava, ele não estava errado, mas eu poderia viver mais uns anos sem saber disso - tomei mais um  pouco de vinho e ele seco uma lágrima teimosa que insistia em cair.

- O que foi? - Perguntei depois de engolir um pedaço de pizza

- Nada só estou pensando- ele falou revirando os olhos

- Pensando no quê?

- Que você é muito curiosa - eu revirei meus olhos e ele sorriu

- Só estou pensando no Miguel e ainda bem que ele não é menina imagina tem que ensinar as coisas de menstruação cólicas sexo eu não vejo filha minha fazendo isso, a Amy com certeza será freira - ele me olhou sério e comecei a rir da cara dele

- Coitada dessa criança tem até pena você não vai deixar nem ela ter amigos se duvidar - falei revirando os olhos.

- Você acabou de me dar uma boa razão para ela não ter amigos, e o que que tem nas meninas tem tantas ela não pode ter só amigas, olha se estou assim só de pensar na minha sobrinha imagina na minha filha - ele falou e eu não acreditava no que estava ouvindo.

- Se um dia você tiver uma filha você vai ficar careca em 3 dias de tanta preocupação, só de pensar na hipótese você já tá assim todo nervoso.

- Pior que é verdade, mas e a sua mãe? - Ele falou segurando a minha mão que logo tirei para pegar a taça e tomei um pouco mais

- Minha mãe morreu quando eu tinha 8 anos de câncer, ela era um doce e sempre me contava histórias para dormir, penteava meus cabelos ela era maravilhosa eu sinto falta dela - só aí notei que uma lágrima teimosa queria cair e ele limpou com calma e olhou para a estante na nossa frente.

- Seus pais se amavam? - Ele perguntou, pegando um porta retrato com a nossa foto minha mãe estava tão diferente naquela foto.

-Muito meu pai nunca mais voltou a namorar depois da morte da mamãe, ele sempre falava que nunca iria amar uma mulher como a amou - eu falo me lembrando dos dois de como eu amava ter os meus pais de poder está em seus braços. - Eu sinto muita falta deles - falei e não consegui segurar as lágrimas e sinto os braços do León em minha volta ele me puxou para o seu peito e com uma mão ele fazia cafuné.

- Desculpa por falar deles - ele falou e não falei nada eu só queria ter ele ali comigo por um tempo e esquecer de tudo. 

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