Após o jantar, mesmo com o clima de celebração e as conversas descontraídas ao redor da mesa, Carol parecia mais reclusa. Ela estava concentrada no celular, o brilho da tela iluminando seu rosto pensativo.
Eu me aproximo, sentindo que algo não estava bem.
— Está tudo bem, Carol? — pergunto, me sentando ao lado dela. — Aconteceu alguma coisa em Minas, com o Pedro ou o Fernando?
Ela ergue os olhos para mim, sua expressão suavizando ao perceber minha preocupação.
— Não, querida. Está tudo bem com eles. É só um problema com um pedido de tecido para o ateliê de BH. A Ana acabou de me informar — ela diz, soltando um suspiro enquanto bloqueia o celular e o coloca na mesa. — Nós estávamos contando com esses tecidos para iniciar a nova coleção.
Faço um gesto solidário com a cabeça, compreendendo o peso de sua responsabilidade.
— Podemos fazer alguma coisa? — ofereço, inclinando-me levemente em sua direção, mas Carol já balança a cabeça, indicando que não.
— Infelizmente, não. Vou ter qu